A vontade do Pai (Hebreus 10.7)

 

Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade. (Hb 10.7)

Quando pais e avós acalentam um membro recém-nascido de sua família, muitas vezes compartilham esperanças e planos para o que essa garotinha realizará ou para quem esse garotinho pode se tornar. Seria bastante notável, no entanto, se as crianças pequenas declarassem suas próprias intenções e propósitos na vida. No entanto, esta é mais uma maneira pela qual Cristo é único: ele de fato entrou no mundo declarando: “Eu vim para fazer a tua vontade, ó Deus”.

Quando Jesus tinha 12 anos, seus pais o encontraram conversando no templo com os líderes religiosos e mestres. Maria e José estavam procurando por ele havia três dias, sem pensar em olhar lá, e ficaram perplexos; mas ele respondeu: “Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?” (Lc 2.49). Ele entendeu seu propósito expresso desde os primeiros dias.

Qual foi a vontade do Pai que Cristo veio realizar? A Bíblia nos diz que, ao enviar Jesus, Deus deu ao seu povo aquele que satisfaria todas as exigências da Lei por meio da plena submissão e que sofreria a penalidade do pecado para libertar homens e mulheres de sua escravidão. A vinda do Salvador foi planejada desde toda a eternidade e prometida por todo o Antigo Testamento, o “rolo do livro”. Jesus — que entrou no mundo como um bebê em uma manjedoura — é o próprio cumprimento de nossa salvação.

A cada momento de sua vida, quer estivesse sendo tentado por Satanás ou passando por agonia no Jardim do Getsêmani, Jesus conhecia e se lembrava de seu propósito. Ele entendeu que estava lá de acordo com a vontade do Pai. Embora implorasse para que seu cálice de sofrimento passasse, ele se submeteu ao Pai em perfeita obediência. Como qualquer humano teria sido, ele foi tentado a recuar da vontade do Pai, mas ainda assim orou: “Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mt 26.39-46).

Jesus não foi vago sobre o motivo de sua chegada — e, visto que ele viveu de acordo com a vontade do Pai, nós nos uniremos a ele na eternidade, regozijando-nos em tudo o que ele realizou em nosso favor.

Nem o trabalho de minhas mãos

Pode cumprir as exigências de tua lei;

Não poderia o meu zelo conhecer descanso,

Poderiam minhas lágrimas fluir para sempre,

Tudo pelo pecado não poderia expiar;

Tu deves salvar e tu somente.(1)

Hoje, você e eu podemos viver para fazer a vontade de Deus, não com medo de punição se não obedecermos, mas com a fé de que já somos abençoados em Cristo. Como ele sempre obedeceu, somos perdoados por nossos fracassos em fazer o mesmo e libertos alegremente para seguir a vontade de nosso Pai — não porque precisamos, mas porque desejamos.

 

(1) Augustus Toplady, “Rock of Ages” (1776).


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