Um blog do Ministério Fiel
Abraçando as interferências (Marcos 11.27-28)
Andando ele pelo templo, vieram ao seu encontro os principais sacerdotes, os escribas e os anciãos e lhe perguntaram: Com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te deu tal autoridade para as fazeres? (Mc 11.27-28)
Nenhum de nós gosta de alguém interferindo na nossa vida.
Quando alguém insiste em nossa atenção ou exige nossa obediência, instintivamente respondemos de maneira negativa. De um modo geral, não queremos que as pessoas nos digam o que fazer, muito menos em assuntos espirituais. É sempre tentador concordar com a noção, particularmente popular em nossos dias, de que nossa espiritualidade não é da conta de mais ninguém — um assunto pessoal a ser conhecido apenas por nós.
Ao ler os Evangelhos, então, podemos ficar bem inquietos à medida que fica claro que Jesus interfere em nossa vida. Sim, é para o nosso bem — mas, ainda assim, ele interfere. De fato, em sua autobiografia, C. S. Lewis se refere a Jesus como o “Interferente transcendental”.
Desde o início do ministério de Jesus, as pessoas reconheceram que ele falava com autoridade (veja Mc 1.22, 27). Ele disse coisas de tal forma que não podiam ser contornadas ou simplesmente descartadas. Mas elas poderiam ser resistidas e rejeitadas. Seu ensino cheio de autoridade tornou-se um incômodo para os mestres religiosos, e eles começaram a se opor a Jesus, logo conspirando para matá-lo, para não terem de abrir sua vida espiritual para ele (3.6).
Como os líderes religiosos, muitas vezes preferimos uma espiritualidade pessoal moldada por nossa agenda e estilo de vida: “É nisso que eu acredito. Isso é o que eu defendo. Isso é o que sempre fizemos. Esta é a nossa bela tradição.” Jesus vem e colide contra essas ideias, virando tudo de ponta cabeça, tomando valores inventados pelo homem e derrubando-os. Na verdade, no final do ministério terreno de Jesus, ele declarou que toda a autoridade lhe havia sido dada (Mt 28.18-19). Ele não compartilha essa autoridade com ninguém. Nossa vida espiritual é, de fato, da conta dele. Nós nos curvamos diante de sua autoridade e o abraçamos como Senhor e Salvador agora, ou um dia nos curvaremos diante dele e o encontraremos apenas como nosso Juiz.
Adicionar Jesus a um pequeno canto de nossa existência é fácil e não intrusivo; outra coisa inteiramente diferente é permitir que o “Interferente transcendental” assuma todos os aspectos da nossa vida e nos ordene obediência completa. Sua autoridade perfeita é uma questão que devemos considerar em todas as decisões que tomamos. Portanto, somos confrontados com a questão inquietante: Estou vivendo de acordo com meus desejos naturais e as regras que criei? Ou estou buscando me submeter alegremente ao meu Salvador em todos os dias e em todos os sentidos? É somente quando escolhemos nos curvar diante da autoridade de Jesus, reconhecendo seu senhorio sobre nosso tempo, nossos talentos, nosso dinheiro — nosso tudo —, que podemos realmente começar a abraçá-lo como Senhor e Salvador e desfrutar de conhecê-lo como amigo e guia. Você o está mantendo à distância de alguma forma? Esse é precisamente o lugar onde ele chama você para deixá-lo interferir; é o lugar onde você tem a oportunidade de realmente tratá-lo como aquele que tem toda a autoridade. Ele certamente perturbará sua vida — mas só ele tem o direito e só ele pode libertá-lo.
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