Adoração alegre (Salmos 100.3)

 

Sabei que o Senhor é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio. (Salmos 100.3)

 

O livro de Salmos já foi descrito como um armário de medicamentos para nossa alma. Nele podemos encontrar lamentos para os oprimidos, clamores a Deus em tempos difíceis e ofertas de louvor e ação de graça. O que quer que o aflija, você encontrará bálsamo no Saltério.

Todos os salmos de louvor em particular são permeados por esta verdade fundacional: o Senhor é Deus, e nós somos dele. A nossa própria existência como povo de Deus é um indicador de quem ele é. Outrora não éramos um povo, mas agora somos. Outrora não tínhamos recebido misericórdia, mas agora a recebemos diariamente (1Pe 2.10).

A verdade é que não somos de nós mesmos. Nunca fomos. Somos criaturas feitas à imagem de Deus, formadas por um Criador. Ele é o Oleiro que nos modelou, e “nós somos dele”. Além disso, somos pecadores redimidos, “comprados por preço” por um Salvador amoroso (1Co 6.20). Ele é o Pastor que deu a vida por nós e agora cuida de nós (Jo 10.11-15), e “nós somos dele”. Fomos comprados duas vezes: na Criação e na Redenção, somos dele.

Portanto, o que agora é nosso no Senhor Jesus Cristo não é ocasião para o orgulho, mas para louvor. Saber que o Senhor é Deus e que somos dele deve nos impulsionar a louvá-lo e a agradecer-lhe (Sl 100.3).

Louvor é o reconhecimento espontâneo do que é valioso. As pessoas naturalmente louvam o que elas valorizam. Deus é o nosso Criador e nosso Redentor e, portanto, tem direito ao nosso louvor e é digno dele. Ninguém nem nada merece o seu louvor mais do que ele.

Até mesmo em circunstâncias não ideais, ainda assim temos razão para louvar a Deus simplesmente por ele ser quem é. Quando nos despedimos de um ente querido ou perdemos um emprego que provê nossos confortos terrenos, ainda assim podemos escolher louvá-lo. Quando nossa voz é sufocada pelas lágrimas, quando nosso coração falha conosco, quando nossas circunstâncias nos frustram, quando a vida parece nos decepcionar — ainda assim podemos encontrar, na “misericórdia” de Deus, que “dura para sempre” (Sl 100.5), razão interminável para adoração cheia de alegria e louvor agradecido. Ele nunca é menos do que o seu poderoso Criador e amoroso Salvador.

Um coração grato é uma marca distintiva da experiência cristã. Que você seja marcado por isso hoje.

 

 

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