Adorando através de provações e fadigas (Gênesis 39.3)

Tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em suas mãos. (Gn 39.3)

 

Se tudo o que José tivesse fosse sua famosa túnica de cores vivas, ele teria sido arruinado quando seus irmãos a tiraram dele e o venderam como escravo. Mas havia caráter dentro do homem que usava aquela túnica — e, quando José a perdeu, ele não perdeu o caráter. Em vez disso, continuou a ser formado e estruturado como escravo na casa de Potifar. Neste cadinho de aflição, Deus derramou bênção e favor sobre a vida de José.

Teria sido compreensível se, sendo escravo em uma casa egípcia, José tivesse se retirado para um casulo de isolamento, recusando-se a se envolver no mundo ao seu redor, protestando contra o paganismo do Egito e ressentindo-se da autoridade de Potifar. Essa abordagem, no entanto, não lhe daria oportunidade de testemunhar. Em vez de se fechar, José aparentemente determinou que ele seria o melhor servo que Potifar já teve, pois sabia que, em última análise, ele servia a Deus.

Enquanto José prosperava por causa da bondade de Deus, ele permaneceu um escravo. Sua vida cotidiana estava cheia de trabalho penoso — algo com que a maioria de nós pode se identificar! Porém, se você e eu queremos nos desenvolver nas piores ou mais mundanas circunstâncias, devemos aprender a aproveitar as experiências rotineiras da vida e ver a mão de Deus abençoando-as, sejam elas quais forem.

Como José foi capaz de confiar em Deus através de suas provações, Potifar, nos é dito, viu que o Senhor estava com José e causou todo o seu sucesso. José não precisava dizer a Potifar que havia um favor especial em sua vida. Quando a bênção de Deus está em uma vida, ela será aparente — e às vezes, como vemos com Potifar, até mesmo os incrédulos não podem deixar de notar.

Precisamos aprender a viver com a consciência de que cada assunto com o qual lidamos, cada momento que passamos e cada movimento que fazemos é uma oportunidade de trazer glória e louvor a Deus. Onde quer que estivermos, podemos (como Paulo escreveu àqueles que eram, como José, tanto o povo de Deus quanto escravizados) “[trabalhar] de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que [receberemos] do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que [estamos] servindo” (Cl 3.23-24). Somente quando entendemos que fomos criados para a glória de Deus, podemos transformar as provações e fadigas da vida em atos de adoração. Nossas responsabilidades, diz a Bíblia, são oportunidades para revelar nossa dependência de Deus e evidências de sua bênção. Quer sejamos diretores executivos de empresas ou varredores de rua, quer acabemos negociando ações, construindo casas ou trocando fraldas, seremos humildes e elevados conforme oramos:

Ensina-me, meu Deus e Rei,

A te ver em todas as coisas,

E o que eu fizer em qualquer coisa,

A fazê-lo como se fosse para ti.[1]

[1] George Herbert, “The Elixir”, The English Poems of George Herbert, ed. Helen Wilcox (Cambridge University Press, 2007), p. 640.


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