Alegrai-vos sempre (Filipenses 4.4)

 

Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. (Fp 4.4)

 

Como devemos nos alegrar sempre? É possível conseguir isso? Ou devemos entender a exortação de Paulo de “[nos alegrarmos] sempre no Senhor” como uma espécie de declaração hiperbólica que Paulo nunca pretendeu que realmente experimentássemos em nossa vida cristã?

Não, não devemos! Paulo quis dizer o que disse. Como crentes, devemos de fato nos alegrar sempre. Uma das razões pelas quais experimentamos tanta dificuldade com esse apelo é porque tendemos a pensar na alegria da mesma maneira incorreta como vemos o amor — a saber, como um produto de nossas emoções, em vez de um servo de nossas vontades. Quando vista assim, a alegria é um produto de nossas circunstâncias e nossos sentimentos; e, com essa visão, só é possível nos alegrarmos quando estamos nos sentindo bem, quando o sol está brilhando e quando tudo parece estar indo como queremos.

Mas a Bíblia quer dizer o que diz quando nos orienta a nos alegrarmos sempre, inclusive quando a vida não é o que desejávamos, quando as nuvens estão se acumulando e nos sentimos deprimidos. Portanto, devemos procurar entender a alegria biblicamente.

Em Habacuque 3, lemos que o profeta tremeu no dia da angústia que estava por vir (3.16). Tudo no reino dos sentimentos levava Habacuque ao pânico. Todavia, em vez de sucumbir à ansiedade, ele fez seus sentimentos cederem ao que sabia sobre seu Provedor. Com a força do pensamento correto, Habacuque concluiu: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor” (vv. 17-18, ênfase acrescentada). Ele demonstra que é possível se alegrar sempre — mesmo em meio a profundas provações e dores —, quando nossa alegria não depende de fatores externos, mas somente de Deus.

O propósito de Deus é que nosso pensamento seja inspirado e moldado por sua revelação — o que ele deu a conhecer de si mesmo por meio de sua Palavra e Criação. Tomando emprestadas as palavras de Johannes Kepler, cientista do século XVI, devemos “pensar os pensamentos de Deus segundo ele”. À medida que aprendermos a pensar corretamente, seremos cada vez mais capazes de alinhar nossas emoções com nosso pensamento correto.

Quando sua alegria está enraizada no caráter imutável de Deus, você é liberto de manter a alegria em cativeiro com as suas circunstâncias. Sim, sua alegria pode ser desafiada pelas dificuldades e decepções do seu dia, mas não será derrubada. Hoje, nos momentos em que sua alegria for desafiada, leve estas palavras aos lábios:

É o que eu sei de ti, meu Senhor e Deus,

Que enche minha alma de paz, meus lábios de música:

Tu és minha saúde, minha alegria, meu cajado, minha vara;

Apoiado em ti, na fraqueza eu sou forte.[1]

 

 

[1] Horatius Bonar, “Not What I Am, O Lord, but What Thou Art” (1861).


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