Amor cristão sem hipocrisia (Romanos 12.9)

 

O amor seja sem hipocrisia. (Rm 12.9)

 

Um filme pode captar magnificamente a dissonância que pode ocorrer entre o que um personagem diz e o que realmente está acontecendo dentro de sua mente. Geralmente é visto em um close nos olhos: “Ora, que maravilhoso vê-lo novamente, Sr. Jenkins!”, diz a boca dela, e ainda assim, pela expressão, o público percebe que não é isso que ela quer dizer. O que ela realmente quer dizer é: “Eu teria evitado esbarrar em você se pudesse, Sr. Jenkins, mas agora estou presa aqui com você”.

O que a boca diz não é necessariamente a verdade. Muitos corações foram partidos e vidas arruinadas por alguém que disse “Eu te amo” sem realmente amar. O verdadeiro amor cristão, de acordo com a Escritura, é sempre sem hipocrisia. Paulo confronta o perigo da superficialidade e do engano encorajando o crente a amar com sinceridade — isto é, com um coração que corresponda às nossas palavras. Somos libertos da tirania de agir como se gostássemos de todos ou pensássemos que temos de ser apreciados por todos; e em Cristo também somos sobrenaturalmente capacitados a amar mesmo aqueles que antes não gostaríamos de ter por perto.

De fato, o amor cristão, diz W. E. Vine, “nem sempre corre com as inclinações naturais, nem se gasta apenas com aqueles por quem alguma afinidade é descoberta”.[1] Em outras palavras, não é natural. O que é natural é amar apenas aqueles que consideramos amáveis — aqueles que são como nós, que se encaixam em nossa estrutura e atendem às nossas expectativas. Mas o amor sem hipocrisia não é convencional. Transcende os limites de raça, intelecto e status social. Transcende todos os limites estabelecidos pelo homem.

Este é o amor de Romanos 5.8: “Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. O amor sincero só pode vir como um produto da graça de Deus. É um reflexo do sacrifício de Jesus por nós. Quando o amor de Deus molda a vida de um crente, nossas palavras e ações transbordam desse amor.

A esperança de Paulo era que, quando as pessoas vissem a igreja primitiva em Roma, dissessem: “Há algo diferente na maneira como essas pessoas se amam”. O chamado de Deus para você em seus relacionamentos com outros cristãos hoje é o mesmo. Não se contente com um amor superficial, fraco ou falso. Não deixe seu coração esfriar mesmo quando você estiver dizendo todas as coisas certas. Que o seu amor seja sem hipocrisia — olhando para aquele que o amou até a morte, mesmo você sendo o pecador que é. Que sua oração seja por um amor diferente e mais profundo, para que você possa apontar para aquele de quem flui todo o amor verdadeiro.


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[1] Vine’s Expository Dictionary of Old and New Testament Words (Thomas Nelson, 1997), s.v. “love”.