Amor fraternal (Romanos 12.10)

 

Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. (Rm 12.10)

 

Os irmãos mais novos tendem a cotovelar e cutucar uns aos outros e a reclamar uns dos outros. Se formos honestos, às vezes nossa ideia de “amor fraternal” na igreja é marcada mais por esse tipo de pensamento e conduta do que por amor e gratidão. Quando olhamos uns para os outros, em vez de cantar que estamos felizes por fazermos parte da família de Deus”,[1] muitas vezes podemos pensar no fundo: “Estou surpreso que você faça parte da família de Deus”.

Paulo nos chama para um caminho melhor.

Neste versículo, o amor é descrito usando palavras de família. Philostorgoi, traduzido aqui como “amor”, vem da palavra grega storge, que se refere ao amor dedicado dos pais aos filhos. Philadelphia, traduzida aqui como “com amor fraternal”, é a palavra usada para o amor entre irmãos (como no nome da cidade de Filadélfia, a “Cidade do Amor Fraterno”). Em Romanos 8, Paulo já lembrou seus leitores de que eles estão juntos como membros de uma família pela graça de Deus (Rm 8.12-17). Agora, porque cada um deles foi trazido para a família sobre o mesmo fundamento — a saber, Jesus —, eles têm todos os motivos para se dedicarem uns aos outros.

Esse tipo de amor requer não apenas afeição genuína, mas também humildade. A NIV[2] traduz a segunda frase deste versículo como “Honrem uns aos outros mais do que a si mesmos”. Isso se assemelha ao que vemos em Filipenses 2, onde Paulo escreve: “por humildade, [considere] cada um os outros superiores a si mesmo” (Fp 2.3). A Escritura nos chama a colocar os outros em primeiro lugar. Devemos aprender a tocar o segundo violino sem reclamar (ou procurar perversamente sermos elogiados por isso). O único elemento competitivo entre uma família da igreja deve ser o de ver quem pode se levantar e fazer mais bem aos outros.

Pensar nesse tipo de afeto fraternal amoroso nos traz de volta a Jesus, que gosta de nos chamar de seus irmãos e irmãs (Hb 2.11-15). Pois Jesus, “subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo” (Fp 2.6-7). É Jesus quem mostra o que é a verdadeira afeição fraternal; é Jesus quem ama sua família perfeitamente dessa maneira, superando todos os outros em demonstrar honra; é a Jesus que somos chamados a ser semelhantes e a quem estamos vivendo em semelhança, cada vez que escolhemos amar com amor fraternal, igual a Cristo. Hoje, então, ame como ele.


Tenha uma experiência ainda mais enriquecedora em sua vida adquirindo este devocional em formato de livro  — CLIQUE AQUI e adquira já o seu!

 


[1] Gloria Gaither e William J. Gaither, “The Family of God” (1970).

[2] N.T.: New International Version (Nova Versão Internacional, em inglês).