Compartilhando em serviço (1 Coríntios 16.12)

Acerca do irmão Apolo, muito lhe tenho recomendado que fosse ter convosco em companhia dos irmãos. (1Co 16.12)

 

O corpo de Cristo não é lugar para bandos de um homem só, pelo menos quando se trata da obra do ministério. A vida cristã é um jogo de equipe, não uma competição. O apóstolo Paulo nos lembra disso repetidas vezes em suas cartas à igreja primitiva.

Mesmo na infância da igreja de Corinto, Paulo sabia que as guerras territoriais eram uma ameaça e que algumas pessoas preferiam o cuidado de Apolo do que o seu (1Co 3.3-7). Se o próprio Paulo estivesse cuidando de seus próprios interesses e reforçando sua própria reputação e a confiança desta igreja nele, ele poderia ter se assegurado de que Apolo nunca mais voltasse a Corinto. Mas lemos que ele não fez isso. Na verdade, muito pelo contrário. Tudo o que ele queria era que o povo de Deus fosse ministrado. Ele sabia que o ministério foi projetado para ser um esforço compartilhado.

Deus escolheu reunir a equipe do ministério da igreja primitiva de maneiras maravilhosas. Veja Timóteo, por exemplo. Paulo disse aos coríntios: “E, se Timóteo for, vede que esteja sem receio entre vós, porque trabalha na obra do Senhor, como também eu; ninguém, pois, o despreze. Mas encaminhai-o em paz, para que venha ter comigo, visto que o espero com os irmãos” (1Co 16.10-11). Para muitos, Timóteo teria parecido inadequado para o serviço: ele era naturalmente tímido (o que é provável, porque Paulo lembrou a igreja de tratá-lo gentilmente), fisicamente frágil (ele era conhecido por tomar um pouco de vinho por causa de seu estômago) e mais jovem do que a maioria (1Tm 4.12; 5.23). Mas Paulo sabia que Deus havia designado uma tarefa a Timóteo, e planejava ajudá-lo a cumpri-la.

Uma série de outros — homens e mulheres como Febe, Prisca, Áquila, Fortunato e Acaico — também se reuniram no ministério com Paulo. Nenhum deles se parecia ou agia da mesma forma. Eles não eram talentosos da mesma maneira. Mas todos ainda eram vitais no trabalho do ministério. O mesmo é verdade para o corpo da igreja hoje: todos nós somos encarregados de tarefas diferentes pelo Senhor. Portanto, é crucial que resistamos ao desejo de servir apenas com aqueles com quem somos mais semelhantes ou com quem estamos mais impressionados. Não devemos dizer: “Bem, eu só gosto da maneira como ele prega”, “Eu só posso ouvir a voz dela” ou “Eu simplesmente não me dou bem com ele”. Em vez disso, devemos ser gratos por todos os servos de Deus.

A maioria de nós viverá a própria vida sem que ninguém saiba sobre nós além do nosso círculo imediato de influência. Mas pode ser o suficiente para estar escrito em nosso epitáfio: “Aqui jaz Fulana de Tal: uma grande ajuda para aqueles que ela conhecia”. Você acredita que “há uma obra para Jesus que só você pode fazer”?[1] Quando Deus coloca a mão em você e atribui uma tarefa, você a leva a sério, embora pareça irrelevante? Devemos servi-lo juntos em comunidade, como uma equipe unida em nome de seu reino. Haverá alegria e satisfação em fazer a sua parte e em encorajar os outros enquanto fazem a deles, hoje.

 

[1] Elsie Duncan Yale, “There’s a Work for Jesus” (1912).


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