Corpo e alma (Salmos 32.3-4)

 

Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. (Sl 32.3-4)

 

Aqueles que trabalham nos campos da psicologia, psiquiatria e serviços sociais são frequentemente confrontados com uma forte correlação entre o que está acontecendo no coração e na mente de uma pessoa e o que está sendo exibido no corpo dessa pessoa. A Palavra de Deus fala sobre essa conexão e então vai mais fundo, pois nos diz que há uma conexão entre o estado do nosso corpo e o estado da nossa alma.

No Salmo 32, Davi fala muito pessoalmente com Deus, reconhecendo o peso que experimentou quando se escondeu nas sombras e se recusou a confessar seu pecado contra Bate-Seba e o assassinato de seu marido, Urias (veja 2Sm 11). E, através de Davi, o Espírito nos ensina que há uma ligação entre uma consciência torturada com falta de arrependimento e nosso bem-estar físico. Aqueles que estavam na companhia imediata de Davi poderiam não estar cientes do que estava acontecendo dentro dele espiritualmente, mas não poderiam ter evitado as indicações do que estava acontecendo com ele fisicamente.

A descrição que ele fornece acrescenta ao relato que ele dá em outro lugar: “Bate-me excitado o coração, faltam-me as forças, e a luz dos meus olhos, essa mesma já não está comigo. Os meus amigos e companheiros afastam-se da minha praga, e os meus parentes ficam de longe” (Sl 38.10-11). É uma imagem bastante devastadora.

Davi reconheceu sua condição pelo que era: um castigo. A Bíblia deixa claro que há um resultado natural para a luxúria, o excesso e o desrespeito aos mandamentos de Deus (veja Rm 1.24-25) — e Davi era culpado de tudo isso. A fragilidade, a perda de peso, a insônia, a sensação de rejeição, a melancolia, a ansiedade e o desespero muitas vezes assombram os indivíduos que procuram esconder seu pecado de Deus e negá-lo a si mesmos.

O que restaurou Davi não foi uma mudança completa de hábitos cotidianos ou ir para a cama mais cedo, mas sim lidar com a causa-raiz — seu pecado: “Confessei-te o meu pecado […] e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado” (Sl 32.5). Deus manteve sua mão pesada sobre Davi até que este colocou seu pecado nas mãos de Deus e lhe pediu que lidasse com isso. É uma bênção para nós quando Deus não nos permite esquecer nosso pecado — quando sentimos peso físico por causa de nossa doença espiritual. É o seu meio de nos levar a fazer o que mais precisamos: confessá-lo e pedir perdão por isso.

Você está abrigando o pecado? Não o esconda; confesse. Davi experimentou alívio libertador de sua dor e angústia quando buscou o perdão de Deus. Você também pode conhecer essa alegria, pois a promessa da Palavra de Deus é que, “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1.9).


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