Criado para boas obras (Tito 3.14)

 

Quanto aos nossos, que aprendam também a distinguir-se nas boas obras a favor dos necessitados, para não se tornarem infrutíferos. (Tt 3.14)

 

Você não está aqui por acaso, mas pela escolha de Deus. Você não inventou a si mesmo, nem teve alguma parte em sua própria criação. Você foi intricadamente tecido no ventre (Sl 139.13). A mão de Deus formou você para ser a pessoa que você é; ele criou você no exato momento em que ele desejou, e ele o colocou neste ponto da história para que você, em Cristo, pela graça, através da fé, possa fazer boas obras — boas obras que ele planejou para você fazer (Ef 2.10).

Em outras palavras, você recebeu graça sobre graça para fazer o bem.

Embora o conceito de “fazer o bem” possa não ser nosso primeiro pensamento quando consideramos o impacto da graça transformadora de Deus sobre nós mesmos, isso foi praticamente o número um na lista do apóstolo Paulo. Em sua carta a Tito, ele escreve que Deus, em Jesus, “a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Tt 2.14, ênfase acrescentada). Esse destaque aparece várias vezes ao longo da carta, culminando na exortação final de Paulo: “Quanto aos nossos, que aprendam também a distinguir-se nas boas obras”.

O zelo particular de Paulo pelas boas obras era e é completamente contracultural, tanto em sua época quanto na nossa. Vivemos num mundo cheio de atrativos para buscar uma vida egocêntrica de lazer. Como, então, devemos imitar Paulo e nos distinguir em boas obras?

Primeiro, precisamos deixar claro que nossa busca por boas ações não merece o favor de Deus. Não fazemos o bem para sermos salvos, mas porque somos salvos. Sem a graça como fundamento, o chamado à vida virtuosa é puro ato exterior e nos esgotará ou nos inchará. Em segundo lugar, precisamos lembrar que nossa busca por boas ações traz prazer a Deus; vivemos “não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1Ts 2.4). Portanto, devemos ser marcados pela bondade que honra a Deus e exalta a Cristo como um testemunho vivo de nossa grande salvação.

Nossa capacidade de fazer o bem também é, diz Paulo, um comportamento aprendido. Somos chamados a “aprender a nos distinguir” no bem. Nossas ações não devem ser apenas o resultado de uma onda emocional ou acontecer apenas quando sentirmos vontade. Em vez disso, devemos nos esforçar diariamente para fazer a obra do reino que Deus planejou para cada um de nós, e fazê-lo com intenção e habitualidade. E devemos olhar para aqueles mais maduros em sua fé, que vivem esse tipo de vida, e procurar aprender com eles.

Em Cristo, todos os seus dias e todas as suas ações podem ser bons para alguém e para alguma coisa. Aprenda a começar cada dia pedindo a ajuda dele para fazer o bem aos outros como uma resposta à graça dele para você, confiando que ele graciosamente permitirá que você dê evidências de sua fé através de suas ações.


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