Dado livremente (Filipenses 4.14–15)

 

Fizestes bem, associando-vos na minha tribulação. E sabeis também vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros. (Filipenses 4.14-15)

 

Ser cristão é ser receptor e doador.

Muitos de nós fomos educados sobre a importância de ter uma conta de aposentadoria para a qual fazemos contribuições constantes. No entanto, embora seja errado para nós descartarmos completamente a questão de tomar decisões financeiras sólidas, como crentes também devemos considerar o que damos e investimos à luz da eternidade.

Em sua carta à igreja em Filipos, o apóstolo Paulo elogiou seus irmãos e irmãs em Cristo por sua disposição de “[se associarem] na [sua] tribulação” — uma parceria que incluía compartilhar e dar presentes materiais. A generosidade dos filipenses era notável, pois contrastava diretamente com a ausência de tal apoio a Paulo por outras igrejas. Embora sua igreja fosse uma congregação incipiente, os crentes filipenses haviam determinado desde o princípio que apoiariam o apóstolo em sua obra do Evangelho.

O apoio deles a Paulo não era apenas proeminente, mas também duradouro. A doação dos filipenses não era esporádica. Pelo contrário, era marcada pela consistência e continuidade, à medida que procuravam ajudá-lo com suas necessidades vez após vez. Embora uma década tivesse se passado desde que Paulo pregara o Evangelho pela primeira vez a eles, esses homens e mulheres ainda estavam comprometidos.

Sua doação não foi o resultado de uma onda emocional única, nem o produto de manipulação externa. Não; essa igreja primitiva dava segundo a consciência de que tudo o que possuíam havia sido dado gratuitamente a eles. De fato, ao enviar os discípulos, Jesus os lembrou de que, porque “de graça [receberam]”, deveriam “[dar] de graça” (Mt 10.8). Em outras palavras, o fundamento da parceria sacrificial, generosa e cheia de recursos é a graça de Deus. Esse fundamento é estabelecido quando entendemos que tudo o que somos e tudo o que temos — todos os nossos recursos, nossos dons e nossos talentos — vem de Deus.

Nem todos temos os mesmos dons ou capacidade para dar — e a doação monetária certamente não é o único caminho para a benevolência! No entanto, uma vez que somos todos receptores do que Deus nos deu, todos seremos aqueles que procuram dar aos outros. Deus propositalmente reuniu seu povo de tal maneira que cada um de nós deve dar “segundo a graça que nos foi dada” (Rm 12.6). Não devemos dar simplesmente porque fomos manipulados ou porque ouvimos uma música emocionante que nos levou ao ponto de chorar, nem devemos dar porque colocaremos nosso nome em um prédio ou em um banco. Não: devemos dar por uma razão, e uma razão apenas: porque Deus tão livremente e tão generosamente nos deu.

 


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