Deus vinga o seu povo (Romanos 12.18–19, 21)

 

Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. […] Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem. (Romanos 12.18-19, 21)

 

Imagine uma criança que chega em casa, da escola, profundamente chateada por algo que outra criança disse ou fez. À beira das lágrimas por uma dor que parece maior do que uma montanha, seria fácil para ela pensar em nunca mais falar com a pessoa que lhe fez mal, ou planejar como dará o troco um dia.

No entanto, imagine que os pais dela lhe sugerissem escrever um simples bilhete, estendendo tanto perdão quanto amizade, e no dia seguinte, tendo feito isso, ela é capaz de relatar alegremente: “Eu consegui! Eu levei o bilhete para a escola e funcionou. Nós nos abraçamos e somos amigos. Foi fantástico!”

É isso que significa obedecer ao chamado de Paulo, aqui, para viver pacificamente “quanto depender de vós”. Às vezes, a paz será ilusória; mas nunca permita que isso seja por causa de alguma falta da sua parte. E que nunca seja porque estamos buscando ou planejando vingança. A vingança é um prato que deve ser servido apenas por Deus e nunca pelo seu povo.

Para ser bem franco, a maioria das nossas disputas são na verdade apenas versões adultas do que acontece na infância. Nossa resposta diante da injustiça diz muito sobre aquilo em que verdadeiramente cremos. Iremos “[pagar] mal por mal” (1Pe 3.9), que é o caminho do mundo, ou iremos responder de acordo com a mente de Cristo?

Todos os nossos conflitos e mágoas empalidecem em comparação com o que Jesus enfrentou e sentiu. Ainda assim, quando Jesus foi insultado, ele não devolveu o insulto. Quando sofreu, não amaldiçoou ou ameaçou. Não podemos cometer o grande erro de aceitar a salvação de Jesus e, ao mesmo tempo, ignorar seu exemplo, enquanto passamos nossa vida tentando limpar nosso nome, defender nossos motivos e nos explicar, buscando reparação a cada erro e vingança a cada desprezo. Isso é o que vem naturalmente a nós; e o que nos liberta desse caminho é nos lembrarmos de que podemos confiar em Deus para vingar o seu povo no devido tempo. A justiça será feita, e não será por nós. Então, há alguém com quem você precise fazer as pazes? Há alguém que você está permitindo experimentar a sua ira ao invés do seu amor de alguma maneira? Amado, deixe a vingança com Deus e supere o mal com o bem. Faça-o hoje.

 

 

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