Em harmonia com o plano de Deus (Jonas 3.10—4.1)

 

Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez. Com isso, desgostou-se Jonas extremamente e ficou irado. (Jn 3.10–4.1)

 

Até mesmo os profetas às vezes têm muito a aprender.

Depois de seu tempo no ventre do peixe, Jonas não era mais desobediente, mas estava perplexo em sua obediência, ainda lutando com a graça soberana de Deus. Embora, tendo inicialmente procurado fugir dos propósitos de Deus para ele, Jonas tivesse ido para onde Deus o mandou e dito o que foi ordenado a dizer, ele não estava de forma alguma em harmonia com o plano gracioso de Deus para Nínive. O avivamento havia irrompido em uma cidade que se endurecera completamente para o Deus de Israel — e o profeta de Deus respondeu com raiva contra seu Deus!

Porém, conquanto Jonas fosse bruto, intolerante e respondesse erroneamente à bondade de Deus, este não o descartou. Ele já havia fornecido um grande peixe para salvar Jonas da desobediência; ele poderia justificadamente ter fornecido um grande leão para comê-lo também! Mas ele não o fez, pois é gracioso e compassivo. Ele tratou Jonas com paciência e bondade para levá-lo à percepção de que o que estava errado, mais do que qualquer outra coisa, era sua atitude.

A reação de Jonas ao arrependimento dos ninivitas foi estranha para um pregador. Poderíamos esperar que ele fosse grato por Deus ter escolhido não rejeitá-lo, mas dar-lhe o privilégio de ser usado em seu serviço. Em vez disso, o arrependimento da cidade “[deu desgosto a] Jonas”. Uma tradução literal deste versículo leva um passo adiante: “Era perverso para Jonas, uma grande perversidade”. A ausência da calamidade que ele esperava — um julgamento que ele pensou e esperava que viesse sobre Nínive — provou ser uma calamidade em seu próprio coração e mente.

Por mais desagradável que pareça, podemos ver nossas atitudes e reações refletidas nas de Jonas. Podemos ir aonde somos enviados, podemos dizer o que nos é ordenado, podemos nos conformar externamente a tudo o que Deus nos chamou para fazer… e, ainda assim, no cerne de nossa vida, podemos não estar realmente em harmonia com a forma como seu plano está se desenrolando. Podemos desejar que o julgamento caia em vez de a misericórdia ser estendida. Podemos nos irritar com Deus quando ele abençoa os outros de maneiras que ele não nos abençoou, ou quando abençoa os outros sem que eles demonstrem o mesmo compromisso com sua missão que achamos ter. Podemos nos encontrar dizendo a Deus como ele deve organizar as coisas em seu mundo.

O que nos alinhará com sua compaixão e nos enviará alegremente em sua missão? Simplesmente isto: entender que não somos melhores do que ninguém — nem menos merecedores de sua ira, nem mais merecedores de sua bondade. Ao demonstrar a misericórdia de Deus, a cruz humilha nosso coração e enche-o com a mesma compaixão e graça que levou seu Filho ao Calvário. Você está lutando para viver com tal compaixão pelos outros? Olhe para a cruz e peça ao Senhor que lhe ensine o que Jonas também precisou aprender.

 


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