Exaltado apropriadamente (Filipenses 2.9)

 

Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira. (Filipenses 2.9)

 

Filipenses 2.5-8 é uma bela declaração sobre a humanidade, divindade, ministério e humilhação de Cristo. Tendo mapeado a humildade do Filho de Deus encarnado até a sua morte na cruz, para onde vai a sua mente a seguir? Naturalmente, pensamos na ressurreição. Mas Paulo não. Ele nos leva à exaltação de Cristo.

Há, diz Paulo, uma conexão lógica entre a humilhação de Jesus e sua exaltação: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira” (v. 9, itálico acrescentado). O que é essa exaltação? É que o Pai deu a seu Filho o trono e ordenou este mundo para que, um dia, “ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (vv. 10-11).

Mas por que sua exaltação é apropriada? A Escritura nos dá várias respostas. Primeiro, a exaltação de Cristo é apropriada porque cumpre a profecia do Antigo Testamento e demonstra que Deus cumpre a sua palavra. O reconhecimento mundial de Jesus como Senhor ocorrerá porque Deus prometeu que ocorreria. Seiscentos anos antes de Jesus chegar ao palco da história humana, Isaías registrou estas palavras de Deus: “Eis que o meu Servo procederá com prudência; será exaltado e elevado e será mui sublime” (Is 52.13). E assim Cristo veio para suportar a dor e o pecado do mundo, cumprindo o papel de Servo Sofredor, erguido em uma cruz e depois erguido para ser exaltado em seu trono. Como Paulo escreveu em outro lugar: “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim” (2Co 1.20).

Em segundo lugar, a exaltação de Cristo é apropriada porque ele é Deus. A Bíblia nos ensina que o Filho é um com o Pai. Por causa de sua divindade, a exaltação é uma necessidade; não há outro lugar para Deus se assentar! Nenhum outro assento é adequado para o Filho, exceto à destra de seu Pai.

Finalmente, a exaltação de Cristo é apropriada porque ele é o querido Filho de seu Pai. Deus Pai observou o Filho obedientemente ir para a cruz para cumprir a aliança da Redenção e o ouviu gritar de dor: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). O Pai sabia que o Filho sofreu essa agonia por amor ao Pai e por amor ao seu povo. O Pai não deixaria seu Filho perfeito nessa condição terrível. Como o amor do Pai poderia fazer outra coisa senão exaltar o Filho de seu estado humilde?

A humilhação de Cristo por nós e a exaltação acima de nós são certamente suficientes para nos levar ao ponto em que nos curvamos em alegre submissão a ele. Elas nos mostram que há alguém que tem o status de exigir nossa obediência e o caráter para merecer nossa adoração. Elas nos lembram que a melhor coisa sobre o céu será a pessoa mais gloriosa no céu:

Não olharei para a glória, mas para o meu Rei da graça;

Não para a coroa que ele dá, mas para sua mão perfurada;

O Cordeiro é toda a glória da terra de Emanuel.[1]

 

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[1] Anne R. Cousin, “The Sands of Time Are Sinking” (1857).