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Existe como escapar do castigo e ser trazido de volta ao favor de Deus? – Catecismo Nova Cidade (19/52)
Pergunta 19: Existe como escapar do castigo e ser trazido de volta ao favor de Deus?
Sim, para satisfazer à sua justiça, o próprio Deus, por sua misericórdia, nos reconcilia com ele e nos livra do pecado e do castigo pelo pecado, por meio de um Redentor.
ISAÍAS 53.10–11
Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si.
COMENTÁRIOS
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JONATHAN EDWARDS
Mas haveria algo que os cristãos possam encontrar no céu ou na terra tão digno de ser objeto de sua admiração e amor, de seus desejos sinceros e ansiosos, de sua esperança e sua alegria, de seu zelo fervoroso, quanto essas coisas que nos são apresentadas no evangelho de Jesus Cristo?
Todas as virtudes do Cordeiro de Deus – sua humildade, paciência, mansidão, submissão, obediência, seu amor e sua compaixão – são exibidas à nossa vista de modo a mover os afetos de quaisquer que possam ser imaginados, pois tiveram sua maior provação, seu mais alto exercício e sua mais alta manifestação quando ele esteve sob as mais duras circunstâncias, ou seja, em seus últimos sofrimentos, inefáveis e sem paralelo, que suportou por seu terno amor e pena de nós. Ali também a natureza odiosa de nossos pecados está manifesta da forma que mais afeta; como vemos, os terríveis efeitos recaem sobre nosso Redentor, que assumiu responder por nós, sofrendo por eles. Ali temos a mais forte manifestação do ódio de Deus ao pecado, e sua ira e justiça ao puni-lo; vemos sua justiça na rigidez e na inflexibilidade dele, e sua ira em seu horror, ao castigar, de modo tão terrível, nossos pecados, naquele que era infinitamente amado por ele e que nos ama com infinito amor. Assim, Deus dispôs as coisas em nossa redenção e em suas gloriosas dispensações, a nós reveladas no evangelho, como se tudo fosse feito de maneira a ter mais alto acesso a nossos corações, em sua natureza mais terna, movendo nossos afetos com maior sensibilidade e força. Que grande razão temos, portanto, para nos humilhar até o pó por não sermos mais afetados por isso!
MIKA EDMONDSON
A experiência das salas de cinema simplesmente não é a mesma se as luzes não estiverem apagadas. Aprendi isso em primeira mão quando os primeiros trinta segundos de Guerra nas estrelas: a força acorda foram projetados, acidentalmente, em um teatro iluminado, e três rapazes irritados saíram enfurecidos, exigindo que a equipe apagasse as luzes. Um fundo escuro em contraste com uma imagem clara adiciona escala e dramaticidade à experiência como um todo.
Podemos dizer que, com o catecismo, também se passa desse modo. O juízo de Deus, justo e certo, contra nosso pecado oferece o pano de fundo escuro contra o qual a glória do evangelho reluz. Depois de entendermos a profundidade de nossa calamidade, apreciamos melhor a verdadeira magnitude do plano de Deus no sentido de nos resgatar.
O catecismo nos diz que Deus atendeu, livre e misericordiosamente, às exigências de sua justiça em nosso favor. De acordo com Isaías 53, Deus fez a vida reta de seu servo (Jesus Cristo) ser uma oferta substitutiva pelos injustos. Em obediência à vontade de Deus, Jesus Cristo teve a vida que deveríamos ter tido e, assim, cumpriu os justos requisitos da lei de Deus em nosso favor. Ele ainda teve a morte que nós deveríamos ter tido. A linguagem gráfica de Isaías do servo sendo “esmagado” e “moído” (Is 53.10) nos faz lembrar o pesado preço de nosso pecado. Sobre a cruz, Jesus suportou todo o peso da maldição de Deus contra o pecado e satisfez plenamente as exigências da justa condenação de Deus contra o pecado. Temos uma vida reta que satisfaz a justiça de Deus por nós, e sua morte de expiação que satisfaz a justiça de Deus por nós. Essa grande troca é o cerne do próprio evangelho.
Talvez o aspecto mais surpreendente da linguagem de Isaías seja que “agradou” ao Senhor fazer essa troca. De algum modo, agradou ao Senhor entregar seu Filho inocente para ser objeto de escárnio, brutalizado e crucificado. É quase impossível entender essa verdade, a não ser que compreendamos por que Deus se agradou. Com certeza, Deus não tinha prazer no pecado de Judas, que traiu Jesus, nos líderes religiosos que o odiavam, em Pilatos, que o sentenciou injustamente, ou na multidão insensata que o rejeitou. Mas Deus se agradou da obediência ativa e passiva (do sofrimento) de seu Filho, que continuou confiando em Deus e amando seu povo, apesar de todo o custo. Agradou-se de colocar sobre o Filho seu juízo, a fim de salvar seu povo pecador. Deus se agradou porque, por meio da cruz, o Filho de Deus seria glorificado, o povo de Deus seria salvo, a justiça de Deus seria satisfeita e o amor de Deus seria revelado. A cruz não foi um trágico acidente. Era a vontade de Deus, era seu plano, salvar seu povo mediante a obra do Redentor e revelar as riquezas imensuráveis de sua gloriosa graça.
Finalmente, Deus, livre e misericordiosamente, fez essa permuta. O catecismo é cuidadoso em ressaltar que a causa de Deus castigar Jesus a fim de nos resgatar foi “pura misericórdia”. Essa expressão “pura misericórdia” significa só pela graça, graça sem qualquer outra consideração. Como, celebremente, escreveu o grande pregador C. H. Spurgeon: a salvação é “toda pela graça”. No entanto, embora essa graça nos prepare para evitar a impiedade, de modo algum depende de nossa obediência. Ao considerarmos os pecados que nos perturbam e as fraquezas constantes de nossas vidas, temos de nos agarrar ao aspecto de “mera graça” do evangelho. Deus não entregou seu Filho amado em vista do que obteria com as nossas vidas, mas meramente porque ele nos ama. Ora, isso é realmente uma boa-nova!
ORAÇÃO
Ó, aquele que nos reconcilia, somos gratos por nos abrir um caminho. Tu tens sido perfeito, tanto em justiça como em misericórdia. Aceitamos a salvação que não merecemos. Chegamos perante ti em nome de Jesus Cristo, teu Filho amado, confiantes em seus merecimentos, e não em nossos próprios. Amém.
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