Um blog do Ministério Fiel
Ai daquele que diz à madeira: Acorda! E à pedra muda: Desperta! Pode o ídolo ensinar? Eis que está coberto de ouro e de prata, mas, no seu interior, não há fôlego nenhum. O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra. (Hc 2.19-20)
O mundo ao redor de Habacuque encontrava-se num estado de turbulência e parecia ter passado do ponto de recuperação. Seu próprio coração estava profundamente inquieto, levando-o a perguntar a Deus por que ele permitia tudo o que estava acontecendo (Hc 1.2-3). O profeta ansiava por algo a ser feito. Ele ansiava por respostas. Ansiava por mudanças. E disse Deus a Habacuque: Lembre-se de que ainda reino. Lembre-se de quem eu sou e quem você é. Deus ainda estava presente “no seu santo templo”, governando soberanamente sobre toda a terra. Ele já havia ordenado os meios pelos quais sua vontade seria alcançada. Reconhecer isso foi um chamado à humildade e ao silêncio para Habacuque. Embora ele tivesse suas perguntas e reclamações, e embora tivesse permissão para suscitá-las com Deus, acima de tudo ele precisava escolher ouvir o que Deus disse e pensar sobre as palavras dele.
Vemos esse chamado ao silêncio em toda a Escritura. Deus diz por meio do salmista: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Sl 46.10). No Novo Testamento, quando Jesus estava diante de Pedro, Tiago e João no Monte da Transfiguração, em sua glória celestial, e Pedro, em seu medo, disse a primeira coisa que veio à mente, este foi o chamado divino que os discípulos ouviram: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (Mt 17.5, ênfase acrescentada).
Quando os tempos são difíceis, alguns de nós, pelo seu caráter, respondem como ativistas: o problema precisa ser superado e, portanto, nos dedicamos a trabalhar por uma solução. Outros de nós respondem como pessimistas: o problema não pode ser superado, então simplesmente nos prendemos a ele ou perdemos tempo em atividades para escapar dele. Em ambos os casos, nossa resposta é motivada pela ausência de estarmos quietos diante de Deus para ouvir e pensar em suas palavras. Vivemos em um mundo de barulho constante: palavras, palavras, palavras — o balbucio dos especialistas, professores e políticos. Todavia, se não dermos ouvidos a Deus, acabaremos confiando em um ídolo que não pode falar (Hc 2.18-19). Os ídolos não podem realmente falar sobre nossa vida ou as circunstâncias em nosso mundo.
Quando os dias de dificuldade estão sobre nós, Habacuque nos lembra: “Cale-se diante dele toda a terra”. Não temos todas as respostas, nem os especialistas. Não é errado fazer perguntas ou buscar soluções, mas é errado se isso vem à custa de simplesmente ficar quieto e ouvir a Palavra de Deus para ouvir a voz de Deus. O que quer que esteja acontecendo ao nosso redor, o que mais precisamos é lembrar que o Senhor está em seu santo templo, dirigindo a história de seu trono para o bem do seu povo. Essa é a base sobre a qual podemos construir uma estrutura para entender o que Deus está fazendo no mundo ao nosso redor.
Você sente como se as nações estivessem furiosas e os reinos se abalando? As montanhas estão se movendo e as ondas subindo (Sl 46.2-3, 6)? Fique quieto, saiba que Deus é Deus e ouça-o.
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