Um blog do Ministério Fiel
Guarde seus lábios (Provérbios 13.3)
O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína. (Pv 13.3)
O puritano Thomas Brooks escreveu certa vez: “Conhecemos os metais pelo tilintar e os homens pela fala”.[1]
Palavras raramente são neutras. Deus ouve cada palavra que falamos — nossa vida está exposta diante dele, e a Bíblia tem a incrível capacidade de sondar os recessos até mesmo daquilo que procuramos esconder de nós mesmos e dos outros.
Cada um de nós é marcado por lembranças de palavras que nos são ditas. Talvez reflitamos sobre a alegria das primeiras palavras de uma criança ou ainda sintamos a amargura das palavras dolorosas de um amigo. Desde os nossos primeiros dias, aprendemos a usar as palavras tanto para causar danos quanto para trazer alegria. O Rei Salomão estava certo: “A morte e a vida estão no poder da língua” (Pv 18.21).
Somos todos caídos. Portanto, palavras ofensivas fluem facilmente de nossa boca. Ela pode ser imprudente, como o balanço descuidado de uma espada, e desprotegida durante os momentos em que respondemos antes de ouvir. Às vezes, simplesmente falamos demais; inevitavelmente, dizemos coisas que deveríamos ter guardado para nós mesmos. As palavras podem destruir o próximo, esmagar os sentimentos de um amigo e incendiar nossos relacionamentos com os outros. Uma palavra errada pode estragar o caráter de uma pessoa, manchar uma reputação ou prejudicar a utilidade da vida de outra pessoa por muito tempo. Sabemos de tudo isso, mas como achamos difícil guardar a própria boca! Quantas vezes fechamos a boca tarde demais, só depois de a termos aberto e causado danos a nós mesmos ou aos outros.
Se fôssemos verdadeiramente honestos sobre as falhas de nossa língua, daríamos muito mais folga uns aos outros. E seríamos muito mais sérios na busca, pela capacitação de Deus, de guardar nossa própria boca e banir palavras ruinosas. Que bela demonstração de graça seria para nossos amigos, familiares e próximos! Jesus é o único homem perfeito; ele nunca pecou com suas palavras (Tg 3.2). Se procurarmos ser como ele dessa maneira, talvez encontremos mais pessoas maravilhadas com as palavras compassivas, ternas e gentis que saíram dos próprios lábios de Cristo (Lc 4.22).
Embora suas palavras e suas obras em si mesmas não alcancem nada para você diante da porta do céu, elas são evidências de que sua profissão de fé no Senhor Jesus Cristo é verdadeira. Como será para você levar a sério estas palavras: “Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se” (Tg 1.19 NVI)?
[1] “The Unsearchable Riches of Christ,” em The Complete Works of Thomas Brooks, ed. Alexander Balloch Grozart (James Nichol, 1866), Vol. 3, p. 178.
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