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Já que ninguém consegue guardar a lei, qual é o seu propósito? – Catecismo Nova Cidade (15/52)
Pergunta 15: Já que ninguém consegue guardar a lei, qual é o seu propósito?
Que conheçamos a vontade e a natureza santa de Deus, e a natureza pecaminosa e desobediente de nossos corações; e, assim, nossa necessidade de um Salvador. A lei também nos ensina e exorta a viver uma vida digna de nosso Salvador.
ROMANOS 3.20
Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.
COMENTÁRIOS
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CHARLES SIMEON
Esses pobres homens pensam que podem pregar o Evangelho sem pregar a Lei. Eu digo que eles têm de pregar a Lei, a não ser que não pretendam pregar o Evangelho. A Lei entrou para que a ofensa pudesse transparecer: proclamai-a, digo eu, com esse propósito em vossas congregações impiedosas; erguei vossas vozes como trombetas, e dizei ao povo suas transgressões, para que possais glorificar mais ao vosso honrado Mestre, ao proclamar as infinitas riquezas e a plenitude de sua grande salvação. Prega a Lei aos que creem, como sendo terminada, cancelada, estando morta para sua salvação: aponta-lhes Emanuel como quem a segura em sua mão sangrenta, dizendo: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”.
LIGON DUNCAN
A lei de Deus nos ajuda a conhecer a Deus, a nós mesmos, conhecer nossas necessidades e conhecer a vida de paz e bem-aventurança. Ajuda-nos a conhecer a Deus porque revela especificamente seu caráter e seus atributos, sua santa vontade e como ele é.
Paulo nos diz, em Romanos 1, que todos sabem o que é certo ou errado. Mas a lei de Deus nos revela especificamente o caráter de Deus e suas qualidades morais. A moralidade não é arbitrária. Deus não nos manda fazer coisas arbitrárias. Deus não requer de nós que façamos aquilo que ele mesmo não esteja preparado a fazer. Toda a moralidade está arraigada no caráter de Deus. Quando estudamos a lei, vemos uma exibição do caráter de Deus.
A lei de Deus revela a nós mesmos especialmente nossa natureza pecaminosa e nossa desobediência, nossa inclinação ao pecado. Por exemplo, quando Jesus fala com o jovem governante rico, diz: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me” (Mt 19.21). O jovem rico essencialmente diz a Jesus, apesar de triste: “Não posso”. E parte. Ora, o que está acontecendo nessa história? Jesus estaria dizendo que temos de dar tudo que temos? Não. Mas, no caso do jovem soberano, Jesus lhe revela, pela lei de Deus, a natureza específica de seu pecado. Qual é o primeiro mandamento? Não ter outros deuses diante de mim. Ali, Deus encarnado está dizendo ao jovem soberano rico: “O que vais escolher? Teu dinheiro, tuas posses ou a mim, Deus?”. O jovem rico escolheu algo acima de Deus, antes de Deus.
Isso nos leva à terceira característica que a lei nos ajuda a ver. A lei nos ajuda a entendermos nossas necessidades. Quando sabemos quem Deus é, e sabemos que não conseguimos atingir sua moral e seu caráter, quando sabemos quem somos nós, e as inclinações pecaminosas do coração, ela nos pressiona a Jesus, porque sabemos que temos necessidade de um Salvador. Esse Salvador cumpriu a lei. Ele obedeceu a ela perfeitamente, e pagou a pena que era devida. A lei nos compele ao Salvador. Aponta-nos para o Salvador. Conduz-nos ao Salvador.
É claro que a lei também nos mostra a vida de paz e bem-aventurança. Quando pensamos em obediência, muitos de nós pensamos imediatamente: “Será que tenho de fazer isso? Preciso praticar boas obras? Tenho de obedecer?”. Não era essa a atitude questionadora de Jesus quanto aos mandamentos e à vontade de Deus. Na verdade, ele dizia com frequência aos discípulos: “Minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar sua obra” (Jo 4.34). Noutras palavras, dizia que era como lhe oferecer um banquete de sete pratos para que ele pudesse obedecer à lei de Deus, à vontade de Deus. Uma vez que fomos redimidos, uma vez que tenhamos confiado só em Jesus Cristo pela salvação conforme ele ofereceu no evangelho, a lei não é somente algo que nos remete para Cristo; ela também nos mostra como viver a vida de paz e bem-aventurança.
Quando Deus, originalmente, deu seus mandamentos a Adão e Eva no jardim, deu esses mandamentos como bênçãos. Não eram coisas sobre as quais seu amor era contingente. Ele os amou e abençoou no jardim. Sua obediência aos mandamentos era a esfera em que eles gozavam dessa bem-aventurança. Quando somos salvos por Cristo, quando somos unidos a Cristo, somos capacitados a andar de modo digno segundo o evangelho. Devemos viver de maneira semelhante ao Senhor Jesus Cristo. Ele se deleitava em obedecer a Deus. Assim, a lei de Deus nos mostra como é a vida de paz e bem-aventurança. Mostra como é viver uma vida digna do evangelho, uma vez que confiemos em Jesus Cristo.
ORAÇÃO
Doador de toda boa dádiva, tua lei nos revela o que é justo. Embora ela nos condene, por meio dela sabemos quão grande é tua santidade e como é perfeito teu Filho. Embora não consigamos cumpri-la, que sempre possamos dar graças e louvor por tua lei, regozijando-nos de que temos um Salvador. Amém.
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