Maturidade cristã (Filipenses 3.12, 14-15)

 

Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. […] prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá. (Fp 3.12, 14-15)

 

Há poucas coisas tão cativantes quanto os jovens que embarcam em grandes fantasias e fazem afirmações irrealistas, seja sobre seus pais — “Meu pai pode fazer isso” ou “Minha mãe é ótima nisso” — ou sobre si mesmos. Não é tão cativante quando vem de alguém com 25 ou 50 anos! Nesse momento, alguém precisa dizer: “Aja de acordo com a sua idade, pelo amor de Deus!”

Assim como esperamos ver maturidade naqueles que são vividos, e assim como sabemos haver certas marcas de maturidade nos reinos físico, emocional e mental, devemos esperar ver maturidade dentro do reino da vida espiritual. E, se estamos de fato crescendo em maturidade, explica Paulo, certas características marcarão nossa vida e nossa caminhada com Deus.

A maior parte da nossa sociedade está constantemente nos pedindo para estarmos cientes do que somos, do que alcançamos ou de quão longe chegamos. Em contraste, a maturidade cristã tem como início uma consciência do que não somos. Onde a imaturidade nos leva a pensar em nós mesmos mais do que deveríamos (veja Rm 12.3), a maturidade rejeita afirmações exageradas. Em vez disso, é marcada por uma estimativa sensata do nosso progresso espiritual. Não é exemplificada por uma conversa elevada, mas por uma vida de consistência humilde e estável.

Na velha fábula “A Tartaruga e a Lebre”, a lebre voa no início da corrida enquanto a tartaruga simplesmente caminha. A lebre está tão convencida de que venceu a corrida, que decide sentar-se e descansar, relaxar e adormecer. E, quando o sujeito que teve um começo tão dramático adormece, a pequena tartaruga faz algum progresso — no mesmo ritmo, devagar, devagar, devagar — até que finalmente ela é a vencedora e a lebre desaparece.

Pode ser um grande desafio estar cercado por lebres espirituais, sempre pulando e pulando, anunciando suas grandes aspirações e dizendo para onde estão indo, o que estão fazendo e o que estão alcançando. Quão desanimador eu acho isso enquanto simplesmente tento continuar na vida cristã!

Como um pastor sábio, Paulo não tenta ser a lebre. Em vez disso, ele nos encoraja dizendo: Quero que saibam que sou um peregrino. Quero que vocês saibam que ainda estou em processo, ainda na jornada — que ainda tenho muito que fazer. Paulo está avançando em direção à linha de chegada e está nos exortando a fazer o mesmo. Em vez de se vangloriar de um começo chamativo ou de um ritmo impressionante, suas palavras são um chamado a um compromisso resoluto e repetido com o básico.

Humildade e consistência: estas duas são marcas da vida cristã madura, que sabe que pela graça chegou até aqui, e pela graça seguirá em frente para chegar em casa. Como elas crescerão como marcas de maturidade em sua vida?


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