Nenhum outro nome (Atos 4.12)

 

Não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. (Atos 4.12)

 

Perto do campus da Universidade Northwestern no subúrbio de Chicago, há um templo amplo erigido pelo bahaísmo. É uma estrutura magnífica, com nove pórticos — um para cada uma das nove grandes religiões mundiais —, todos apontados para um auditório central. A arquitetura tem como propósito representar os muitos caminhos para a “verdade”, a qual os bahaístas creem que não pode ser encontrada em nenhum único dogma, pessoa ou entidade.

Essa mentalidade não é muito diferente do ambiente cultural no qual o apóstolo Paulo viveu. O Império Romano era bastante aberto, bastante disposto a pensar expansivamente e bastante preparado para absorver todo tipo de religião. De fato, Roma abrigava uma vasta coleção de ídolos e deuses em seu panteão, prestando homenagem à sua crença de múltiplas vias para a verdade.

Como, então, podia um lugar tão pluralista, aberto, de cultura politeísta, também jogar cristãos aos leões no Coliseu? Por que o Imperador Nero escolheu os crentes, indo tão longe a ponto de usar seus corpos como tochas humanas para iluminar suas festas?

A resposta repousa em um simples fato: a cultura romana não podia e não iria tolerar o cristianismo, porque os cristãos não estavam preparados para simplesmente adicionar Cristo ao panteão imaginado. Em vez disso, eles se agarraram à verdade de que, como Pedro e João corajosamente contaram à mesma corte judaica que sentenciou o Senhor Jesus à morte, não há salvação em nenhum outro nome, senão o de Jesus. Na cultura de Roma no primeiro século, assim que o povo professava essa crença, eles eram desprezados, zombados e por vezes até mesmo sentenciados à morte.

O pluralismo não pode tolerar aqueles — de fato, com frequência, ele é impiedosamente intolerante em relação a estes — que rejeitam sua visão de que todos os caminhos são igualmente válidos. Por volta de dois mil anos depois, precisamos reconhecer que vivemos num ambiente comparável ao Império Romano, embora seja, felizmente, menos brutal em sua perseguição. O cristianismo bíblico, com um Cristo que virá novamente em glória, uma Bíblia inerrante e um Deus triúno, é uma ofensa para o mundo pluralista.

Contudo, a despeito do que o mundo ao nosso redor possa crer, Jesus não pertence a um pedestal ao lado de falsos deuses ou figuras religiosas. Ele é muito mais do que apenas mais um pórtico que aponta para a verdade. Como o deus filisteu, Dagom, caiu e se quebrou diante da arca do Senhor (1Sm 5.1-4), assim também será revelado que todos os outros não são nada comparados a Cristo. Essa mensagem não é popular, mas permanece verdadeira — e isso é maravilhoso; pois, se não houvesse um Salvador crucificado, não haveria caminho algum para a vida eterna, visto que todos os outros caminhos levam apenas para a morte. Um dia, Buda, Maomé e todos os outros falsos profetas irão se prostrar aos pés de Jesus e declarar que ele é o Senhor, para a glória de Deus Pai. Até que esse dia venha, agarre-se firme à verdade e busque mostrar às pessoas o único que é o caminho, a verdade e a vida de que todos precisamos (Jo 14.6). Foram os cristãos seguindo o exemplo de João e de Pedro de se recusarem a desistir ou a permanecer em silêncio que mudaram o Império Romano; logo, pela graça de Deus, possamos nós também transformar de igual modo o mundo hoje ao seguirmos os seus passos.

 

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