O caminho da incredulidade (João 18.5)

 

Judas, o traidor, estava também com eles. (Jo 18.5)

 

No Jardim do Getsêmani, quando os soldados se aproximaram para prender o homem que os líderes judeus haviam decidido que agora deveria morrer, a figura central era, é claro, o Senhor Jesus. Mas Judas desempenhou um papel fundamental — e nos ensina uma lição difícil.

A traição de Judas contra Cristo revela uma hipocrisia profunda enraizada em uma negação ainda mais profunda. Sua traição serve como um alerta de como um coração, embora aparentemente perto de Deus, endurece à medida que percorre o caminho da incredulidade — um caminho marcado pela confiança traída e pela companhia corrupta.

O Jardim do Getsêmani não era um jardim qualquer. Os discípulos pareciam conhecê-lo bem. Para Jesus e os 12, era um lugar de comunhão, de relaxamento e, sem dúvida, de muitas lembranças felizes. E, no entanto, foi nesse belo lugar que Judas traiu a Cristo. É bastante surpreendente que ele tenha escolhido um lugar de tanta intimidade para realizar um ato de tanta infâmia, como um adúltero que rompe o vínculo do casamento em seu próprio leito matrimonial.

Imagine Judas andando ao longo do caminho e liderando um grupo de soldados e oficiais judeus (Jo 18.3). Aquele que estava tão terrivelmente perdido em seu espírito tornou-se um guia: o cego guiando os cegos. O caminho da incredulidade é um lugar solitário que muitas vezes implora pelo consolo falso do companheirismo sem esperança.

O jardim era um lugar bonito e tranquilo, mas, ainda assim, testemunhou um evento hediondo. Quando pensamos nos lugares onde fomos tentados a trair a Cristo — em férias adoráveis, no conforto de nossa casa, mesmo em lugares onde Cristo já se encontrou conosco, nos abençoou, nos cortejou e nos conquistou —, vemos claramente a perversidade de nosso coração em nossa disposição de nos juntarmos a Judas em sua traição.

Que o exemplo de Judas nos lembre que todos devemos estar em guarda. Não há espaço para complacência na vida cristã, não importa o que você tenha feito e visto, e não importa qual seja sua posição em sua igreja. Afinal, Judas viveu com Jesus por três anos, viu seus milagres e ouviu seu ensino. Contudo, ele ainda o traiu. “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1Co 10.12).

Como permanecemos seguidores e evitamos o caminho trágico tomado por Judas? Conforme a Palavra de Deus implora vez após vez, devemos tomar cuidado com uma dureza de coração que cresce lentamente e que nos leva a trilhar o caminho da incredulidade. Em vez disso, precisamos ouvir o Espírito Santo enquanto ele nos guia. Precisamos orar para encontrarmos uma ternura em nosso coração, uma abertura em nossa mente e um estímulo em nosso espírito, o qual nos diz: “Agora, vá em frente e abrace este Cristo!”

A dura lição de Judas é que somente pela graça de Deus podemos permanecer de pé. Portanto, ore para que você nunca seja encontrado entre os traidores: Salva-me, Senhor, das verdadeiras tentações de duvidar de ti e de negar-te. Mostra-me a maravilha de tua proteção e provisão, e renova a minha certeza de que tu não perderás nenhum daqueles que o Pai te deu.

 

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