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O que Deus requer no nono e no décimo mandamentos? – Catecismo Nova Cidade (12/52)
Pergunta 12: O que Deus requer no nono e no décimo mandamentos?
No nono, que não mintamos ou enganemos, mas falemos a verdade com amor. No décimo, que sejamos felizes, não invejemos ninguém nem nos ressintamos pelo que Deus tem dado a eles ou a nós.
TIAGO 2.8
Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
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JOHN BRADFORD
Não dirás falso testemunho contra teu próximo. Agora tu, mui gracioso Senhor, me instruis nesse mandamento, sobre como devo usar minha língua em relação a meu próximo, e me comportar quanto ao seu nome, proibindo-me de dar falso testemunho; assim como me proíbes de cometer toda espécie de calúnia, mentira, hipocrisia e inverdade. Por quê? Porque, como somos “membros do mesmo corpo”, tu queres que “falemos a verdade com amor”, e sejamos cuidadosos para cobrir as fragilidades dos outros e, com nossa língua, defender o nome do próximo, assim como desejamos que os outros nos defendam: pois, nesse mandamento, como tu me proíbes toda fala má e perigosa, caluniosa e mentirosa, também ordenas que eu use de toda conversa piedosa, honesta e verdadeira… Ó, como isso é grande e boa coisa para mim! Se considerarmos a dor que vem pela falta da verdade e por palavras pelas quais muitos são enganados, veríamos facilmente teu maravilhoso benefício e cuidado por nós nesse mandamento.
Não cobiçarás… Aqui, Senhor mui gracioso, tu me dás o ultimo mandamento de tua lei, que, depois de ter ensinado os atos externos que tenho de evitar, para não ofender ou arruinar meu próximo, como matar, cometer adultério, roubar e dar falso testemunho, agora me ensinas uma regra para meu coração, ordenando, a partir da abundância de onde procedem todas as nossas obras e palavras, que eu não cobice nada que seja do meu próximo. Com isso, sei que, se ele possuir uma casa mais bonita que a minha, não posso desejá-la para mim; se ele tiver uma esposa mais bela do que eu tenho, não posso cobiçá-la… Não posso desejar tirar dele seu boi, nem seu jumento ou seu cachorro, não, nem a posse que seja mais insignificante, tampouco praticar injustiça. Assim como fizeste nos outros mandamentos, proibindo-me de fazer mal e praticar injustiça contra meu próximo, agora me ordenas que eu cuide para não pensar qualquer mal contra ele… Disse bem o apóstolo ao ensinar: “Lançando sobre Deus todas as vossas preocupações, porque ele cuida de vós”. É verdade, sim, descubro que é verdade: assim como tu “cuidas de nós”, queres que “cuidemos uns dos outros”.
THABITI ANYABWILE
A língua é um mal incontido. Incendeia a pessoa toda, diz Tiago 3. Assim, o nono mandamento visa, em parte, refrear a língua. Visa segurar a língua com a verdade, ensinando-nos a tirar toda falsidade e deixar toda mentira. Em nossa cultura, acusar alguém de mentir é um insulto muito sério, de modo que muitas pessoas hesitam em usar esse termo. Creio que essa hesitação revela o coração do homem que evita esse mandamento — como também a sua necessidade desse mandamento.
O que significa quando consideramos o mandamento “não mentirás” ou a palavra mentira algo deselegante? Provavelmente isso indica que, de algum modo, já estamos sombreando a verdade. Já estamos recuando de dar plena expressão ao que é bom, ao que é certo e verdadeiro. Esse nono mandamento nos convence disso. Ressalta nossa condição decaída quanto ao uso da língua e a destruição que a língua representa.
Do mesmo modo, o décimo mandamento, “Não cobiçarás”. Se você consegue imaginar o coração com mãos, cobiçar é como se o coração estivesse agarrando as coisas, desejando-as e apropriando-se de objetos que não lhe pertencem propriamente. O mais surpreendente e lindo em relação a esse mandamento — de fato, sobre toda a Escritura — é que, mesmo que o mandamento trate de algo interior (aquele agarramento interior do coração), também ressalta as implicações sociais desse tomar para si interior. Temos, então, que “não cobiçarás nada que seja do teu próximo”. Nem o cônjuge do teu próximo, nem seu gado, nem coisa alguma que pertença a ele”.
O décimo mandamento nos remete para um limite que nos protege contra o modo como a cobiça atravessa as linhas. Somos tentados a cruzar a linha dos desejos, de almejar as coisas que não nos pertencem. Atravessamos a linha da propriedade, tentando agarrar coisas que pertencem a outras pessoas (o boi do vizinho, a esposa do vizinho). Assim, nossa cobiça causa mal, socialmente, a nosso próximo. Nisso, há também outra linha que cruzamos. Quando cobiçamos, estamos dizendo que Deus não tratou sua criação com propriedade porque não nos deu tudo que desejamos. Assim, o coração, com seu modo caído, pecaminoso, busca coisas que não lhe pertencem e se agarra coisas que, na verdade, pertencem a outro lado da propriedade — ao próximo ou a Deus.
Tais mandamentos nos incitam, nos conclamam a dizer a verdade. Não apenas a dizer a verdade, mas a verdade dita com amor. Conclamam a refrear, a restringir, a canalizar o desejo por coisas que sejam justas e boas. Eles nos chamam para as coisas que Deus nos deu legitimamente para nosso prazer, para estarmos contentes com o modo que Deus usou para distribuir sua bênção, como ele governa sua criação. Chamam-nos para não sair do contentamento ao tomar coisas, pois, se o fizermos, destruiremos a sociedade, a cultura e nosso próximo. Isso é verdadeiro mesmo quando o ato de tomar aquilo que não nos pertence seja apenas uma tomada pelo coração.
ORAÇÃO
Senhor de Toda Verdade, ajuda-nos a refletir tua bondade em palavra e atos. Tu sabes todas as coisas. Nada fica escondido de ti. Tu nos dás boas dádivas e não recusas nenhum bem a teus filhos. Que tua verdade esteja em nossos lábios e o contentamento esteja em nossos corações! Amém.
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