Palavras que ajudam (Tiago 3.10-12)

 

De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce. (Tiago 3.10-12)

 

No curso de nossa vida, somos confrontados pela injustiça, pela indelicadeza, pelas circunstâncias desagradáveis e, muitas vezes, por pessoas desagradáveis. Antes de oferecer uma resposta verbal nessas situações, faríamos bem em lembrar desta verdade aprendida de nosso Senhor: nossas palavras refletem nosso coração (Mt 12.34). Se nossas palavras não são semelhantes a Cristo, devemos olhar primeiro não para a nossa boca, mas para o nosso coração. Da mesma forma, é uma indicação da obra de nosso Senhor dentro de nós quando respondemos a conflitos e desafios com palavras que ajudam ao invés daquelas que machucam.

Nossa língua contém imenso poder, e podemos aproveitá-la para ajudar, encorajar, afirmar, enriquecer, reconciliar, perdoar, unir, suavizar e abençoar. Não é por acaso que muitos dos provérbios do Antigo Testamento abordam as palavras que falamos. De acordo com Salomão, “A boca do justo é manancial de vida” (Pv 10.11). Ele compara esse uso de palavras a brincos adoráveis que adornam a beleza do usuário e a belos ornamentos que realçam a beleza de uma casa (25.12). Talvez sua declaração mais clássica sobre o poder da fala seja sua observação de que, “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo” (v. 11).

O que faz com que uma linguagem seja tão vivificante? Como nossa boca pode trazer bênçãos aos outros? Palavras de bênção são marcadas por honestidade, por “falar a verdade em amor” (Ef 4.15, NVT). Elas são atenciosas, ditas por alguém que “medita o que há de responder” (Pv 15.28). Costumam ser poucas e marcadas pela razão: “Quem retém as palavras possui o conhecimento, e o sereno de espírito é homem de inteligência” (17.27).

E, claro, palavras úteis serão palavras gentis. Embora possa ser difícil lembrar no meio de circunstâncias difíceis, permanece verdade que “A resposta branda desvia o furor” (Pv 15.1). De fato, uma resposta gentil brota da força moral; é preciso muito mais autocontrole para responder com gentileza do que dar lugar à paixão e à raiva desenfreadas.

O que marcará suas palavras? Você se comprometerá a usar sua língua — aquele membro pequeno, mas imensamente poderoso, de seu corpo — para abençoar ao invés de amaldiçoar, para dar vida ao invés de destruí-la, e para ajudar ao invés de machucar?

Decida hoje usar suas palavras para o bem daqueles com quem interage, honrando a Cristo em seu coração e deixando o doce aroma dele encher seu discurso. Em seguida, reconheça humildemente que você não pode fazer isso sozinho (Tg 3.8) e peça a ele que o encha com seu Espírito — o Espírito que planta a paz, a gentileza e o autocontrole em seu coração e em sua fala (Gl 5.22-23).

 

 

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