Pode haver esperança no luto (1 Tessalonisses 4.13-14)

 

Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. (1 Tessalonicenses 4.13-14)

 

Mais cedo ou mais tarde, você enfrentará o luto quando alguém que você ama deixar esta vida. A pergunta não é se você enfrentará o luto; mas como.

Alguns dos tessalonicenses estavam confusos a respeito do retorno de Jesus Cristo e da ressurreição dos mortos. Sua falta de entendimento estava causando angústia. Como eles deveriam pensar a respeito de companheiros cristãos que haviam morrido antes do retorno de Jesus? Onde estavam esses cristãos agora, e o que havia sido feito deles?

Paulo começa lembrando os crentes da distinção entre o povo de Deus e o resto da humanidade, “que não têm esperança”. Um dia, já fomos como todo o resto: “lembrem-se de que no passado […] vocês estavam sem Cristo […] não tendo esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2.11-12 NAA). No entanto, agora fomos redimidos e transformados. Fomos levados do desespero à esperança. Essa mudança deve ser de grande encorajamento para nós. É a fé viva e pessoal que nos distingue dos “demais”.

 Ademais, ao se referir “aos que dormem”, Paulo enfatiza a natureza temporária da morte para o crente. Não é uma condição permanente. Contudo, ainda que a metáfora de dormir nos ajude a lidar com o que acontecerá com o nosso corpo no momento da morte, ela não explica a totalidade do que acontece com a alma. Não há a intenção de transmitir a ideia de que a alma fica inconsciente no período entre a morte e a ressurreição. Jesus ensinou claramente que, após a morte, haveria uma consciência instantânea de alegria ou dor (veja, por exemplo, Lc 16.22-24). Está claro na Escritura que a morte leva o crente imediatamente para uma experiência mais próxima, rica e cheia de Jesus (Lc 23.42-43; Fp 1.21-24).

O foco na natureza temporária da morte inspira nosso entendimento do luto cristão. Para um descrente enlutado, a morte traz apenas o choro triste do desespero e um vazio profundo que nenhuma medida de pensamento positivo ou clichês pode preencher. Todavia, para o crente, há uma tristeza genuína e cheia de lágrimas, mas que deve sempre estar acompanhada de um salmo exultante de esperança; pois, quando o Senhor voltar, ele “trará, em sua companhia, os que dormem”. O funeral de um cristão não é um tempo de dizer adeus para sempre, mas sim: “nos vemos em breve”. A ausência de um ente querido é temporária; o reencontro será permanente.

Quando as perguntas mais intrigantes da vida nos tentam ao desespero, podemos encontrar conforto em sabermos que a Palavra de Deus é suficiente para todas as coisas, incluindo o nosso entendimento da morte. Guarde esses versículos em seu coração e imprima-os em sua memória, pois virá o dia quando você precisará se agarrar a eles. E faça disto a sua oração: “Senhor Jesus, me ajuda a me tornar um estudante do Livro, para não mais viver com confusão e inquietação, mas que eu seja preenchido com o teu conhecimento como alguém que reside na tua companhia, para que eu possa viver e enfrentar o luto com esperança”.

 

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