Restaurando o templo (João 2.15, 17)

 

Tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas […]. Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá. (João 2.15, 17)

 

Um pai poderia compreensivelmente se arder com uma ira justa se visse drogas causarem destruição na vida de seu filho. Não esperaríamos que ele levianamente ignorasse tal devastação. Antes, esperaríamos que ele fizesse todo o necessário para expulsar aquele mal, substituindo-o por restauração.

Quando Jesus, o Filho de Deus, entrou na casa de seu Pai na terra — o templo em Jerusalém — e deu uma olhada na cena, aquilo foi-lhe doloroso. Um lugar projetado para a adoração de Deus havia se tornado um lugar entregue à adoração ao dinheiro. Um lugar projetado para atrair o mundo para se encontrar com o Deus vivo havia se tornado um local que mantinha as nações afastadas. Ele achou intolerável que o nome de Deus, a glória de Deus, estivesse sendo sujo e manchado. Não há razão para darmos um passo atrás e suavizarmos as ações de Jesus. A ira santa de Cristo ardia com zelo e pureza. Não era o momento para uma conversa educada.

Jesus sabia exatamente por que o templo estava lá. Era o local de encontro com Deus. Era para ser a alegria de toda a terra. O que ele encontrou no lugar disso era o completo oposto do propósito do templo — e, em suas palavras e ações, ele o deixou abundantemente claro.

É interessante que, quando os fariseus confrontaram Jesus após isso, eles não contestaram as suas ações; eles contestaram a sua autoridade. Jesus respondeu a essa contestação com uma afirmação intrigante: “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei” (Jo 2.19). O templo ao qual ele se referia, João explica, era ele próprio (v. 21). Um dia, Jesus iria a Jerusalém não para visitar o complexo do templo, mas para entregar seu próprio corpo e sangue, como o sacrifício pleno e final pelos nossos pecados, e então ressuscitar para nova vida e reinar para sempre. Era nessa autoridade que ele estava deixando clara a diferença entre a intenção de Deus para o templo e o que haviam feito dele.

Aqui, então, somos confrontados por um Jesus que é radical — que responde, com zelo e proteção, à questão da glória de Deus. Este Jesus não é manso e suave, sempre afirmativo e nunca contestador. Ele é o Grande Sumo Sacerdote, que não veio apenas para limpar o recinto do templo, mas também para limpar nosso coração e lidar com a nossa alienação. Nele, o verdadeiro templo, Deus edificou uma “Casa de Oração para todos os povos” (Is 56.7).

Então, olhe outra vez para Jesus, que não tolerou nenhum tipo de desvio na busca da glória de Deus, possibilitando que as nações o adorem corretamente. Olhe novamente para Jesus, que usou sua autoridade e perfeições voluntariamente para tomar nosso lugar e levar nosso castigo em seu corpo, a fim de que pudéssemos ser restaurados. Olhe de novo para Jesus, de cuja incrível graça você é um beneficiário. E que o zelo dele pela glória de Deus também seja seu.

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