Riqueza verdadeira (Marcos 10.25)

É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. (Mc 10.25)

 

É geralmente verdade que as coisas são mais fáceis para os ricos. O dinheiro abre portas. Na maioria das áreas da vida — educação, saúde, viagens e lazer —, descobrimos que os mecanismos são lubrificados pelo acesso a uma grande quantia de dinheiro. Não é de admirar que o dinheiro seja frequentemente considerado como o passaporte universal!

Mas há uma porta importante que a riqueza não abrirá automaticamente. O jovem rico descobriu que, ao buscar a vida eterna, sua riqueza provou não ser um benefício, mas uma barreira para sua entrada no Reino de Deus. Seu caminho para a salvação foi bloqueado pela relutância em entregar suas posses e seguir a Jesus, então ele terminou sua conversa com o Messias triste, com sua riqueza intacta, mas sua alma em perigo (Mc 10.22).

A tristeza desse homem era mais do que correspondida pela tristeza de Jesus. Ele reconheceu como era fácil confiar em posses e perder de vista o que realmente importava. E a maneira como Jesus via o jovem rico era consistente com seus ensinamentos em outras partes dos Evangelhos. Em uma ocasião, por exemplo, ele contou a história de um fazendeiro que derrubou seus celeiros para construir outros maiores (Lc 12.13-21). Esta foi uma escolha legítima, mas o homem confiou tolamente em sua riqueza para determinar sua condição espiritual, dizendo: “Alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te” (v. 19) — e Jesus disse que ele era, portanto, um tolo, pois não estava pronto para a morte e não podia comprá-la (v. 20). Afinal, “que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mt 16.26).

Muitas vezes, nós também somos culpados de encontrar nossa segurança em “coisas”. Podemos fazê-lo através da aquisição de ativos para nós mesmos ou até mesmo por meio de doações filantrópicas para o bem de nossa reputação. De qualquer forma, porém, em nossas buscas, tão facilmente (parafraseando a música “Mr. Businessman”) valorizamos as inúteis, desconsiderando o que é realmente inestimável.[1]

Nada que você ou eu tenhamos ou façamos é suficiente para pagar nosso caminho por meio da morte e para a vida eterna. “Para os homens é impossível”, disse o Senhor Jesus a seus seguidores depois que o homem rico partiu; “contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível” (Mc 10.27). O perigo da riqueza é que ela nos torna orgulhosos e autoconfiantes, e esquecemos que Deus, e somente Deus, é quem salva.

Você estaria disposto a desistir de sua riqueza (qualquer que seja o nível que você desfrute) se Jesus lhe pedisse para fazê-lo por ele? Ou você se conteria porque a demanda seria muito grande e o custo muito alto? Arrependa-se de qualquer maneira pela qual você tenha confiado em suas posses e regozije-se na salvação que vem por causa da misericórdia de Deus. Não é segredo o que Deus pode fazer. Quem quer que venha a ele, ele nunca mandará embora.

 

 

[1] Ray Stevens, “Mr. Businessman” (1968).


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