Seu poder em nossa fraqueza (Juízes 7.2-3)

Disse o Senhor a Gideão: É demais o povo que está contigo, para eu entregar os midianitas nas suas mãos; Israel poderia se gloriar contra mim, dizendo: A minha própria mão me livrou. Apregoa, pois, aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for tímido e medroso, volte e retire-se da região montanhosa de Gileade. Então, voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram. (Jz 7.2-3)

 

O propósito de Deus para seu povo em todas as épocas é que possamos depender inteiramente dele. Quando Deus o chamou para salvar os israelitas, Gideão encarou uma tarefa esmagadora: seu exército teve de enfrentar os midianitas. Dizia-se que seu exército era tão avassalador quanto os gafanhotos, e “seus camelos [eram uma] multidão inumerável como a areia que há na praia do mar” (Jz 7.12). O exército de 32 mil homens de Gideão empalideceu em comparação.

E então o Senhor lhe disse: “É demais o povo que está contigo, para eu entregar os midianitas nas suas mãos”. E assim 22 mil deixaram o exército. Sem dúvida, Gideão estava fazendo as contas e perguntando-se como ele poderia equiparar estrategicamente força com força com ainda menos soldados. O que ele não sabia era que estava prestes a aprender a necessidade da fraqueza.

Deus está sempre trabalhando em nossas circunstâncias para nos levar a uma maior dependência dele e a um louvor mais profundo por seu resgate. Na vida de Gideão, como em nossa própria vida hoje, Deus não deixou dúvidas de que só ele é Deus. Sua glória não será compartilhada ou roubada por mais ninguém. Simplificando, Deus é totalmente justo; nós não somos. Tanto naquela época quanto agora, ele nos ajuda a ver a necessidade de reconhecer humildemente nossa fraqueza para magnificar a sua grandeza. A verdade é que nosso orgulho é mais feio quando emerge como orgulho espiritual — quando começamos a nos vangloriar de nossas experiências com Deus ou de nossos sucessos para Deus. Essa era a tendência dos “superapóstolos” a quem Paulo se referiu em 2 Coríntios 12.11 (A21); eles pareciam tão poderosos, cheios de histórias para contar sobre como estavam cheios do poder do Espírito. Paulo, porém, simplesmente respondeu: “Mas, mesmo que quisesse gloriar-me, eu não seria louco, porque estaria dizendo a verdade. No entanto, abstenho-me de fazê-lo, para que ninguém pense de mim além do que em mim vê ou de mim ouve” (v. 6 A21). Ele entendeu que humildade, fraqueza e inadequação são fundamentais para a utilidade no Reino de Deus.

É por isso que Deus reduziu ainda mais o exército de Gideão a meros 300 (Jz 7.7). Ele iria realizar seu plano com tão poucas pessoas, que, quando a vitória chegasse, todos saberiam a fonte da vitória. E, na bondade de Deus, ele ainda faz isso por nós hoje. Ele nos lembra que aqueles que são mais úteis ao seu plano e propósito são aqueles que, aos olhos do mundo, não estão à altura da tarefa — porque então fica claro que é obra dele, e não dos outros. Esta é uma má notícia para você, se quiser manter seu orgulho e autodependência. É uma má notícia para você, se gostaria de receber elogios. É, no entanto, uma notícia incrível para você, caso saiba que é inadequado para as tarefas que Deus coloca diante de você. Você se sente totalmente mal equipado para lidar com qual das coisas que está enfrentando? Dependa dele, siga em frente em obediência, e você descobrirá que o poder de Deus é exibido em sua fraqueza (2Co 12.9-10) — e você o louvará ainda mais.


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