Sofrimento injusto (1 Pedro 4.12-13)

 

Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. (1Pe 4.12-13)

 

Qualquer verdadeiro crente acabará por enfrentar um sofrimento injusto. Se estivermos genuinamente seguindo a Cristo, haverá épocas em que nos encontraremos no lado sofredor da acusação, calúnia ou difamação. Pode acontecer em nossa casa, local de trabalho ou escola; pode até mesmo acontecer dentro de uma igreja.

Essas provações são um verdadeiro desafio. Quando expomos objetivamente os fatos diante de nós, pensamos: “Quer saber? Ele não tinha o direito de dizer isso! Ela não tinha o direito de pensar isso! Eles não tinham o direito de fazer isso! Ainda assim, aqui estou eu. Isso não é justo!”

Quando confrontados com o sofrimento, nossa grande tentação é considerá-lo como um infortúnio estranho — como totalmente fora de sintonia com o que quer que signifique seguir a Jesus. No fundo, é fácil pensar que tudo deve ser fácil quando estamos seguindo a Jesus. Por um tempo, em algumas áreas do mundo (incluindo grande parte do Ocidente hoje), podemos concordar alegremente com essa suposição. Mas então enfrentamos uma “prova de fogo” e, de repente, nossa experiência de vida prova que ser cristão não é, de fato, fácil.

Pastoreando a igreja em seus dias, Pedro os encorajou a não se surpreenderem com provações difíceis. Como um pai sentado para conversar com uma criança antes que ela faça seu caminho no mundo, Pedro exortou os crentes a esperar o sofrimento. Não no sentido de que, em algum momento, eles agiriam erroneamente e, portanto, receberiam justiça legítima. Não, era que eles sofreriam simplesmente por causa de seu compromisso com Jesus Cristo. Pedro lhes disse que isso fazia parte da vida do cristão. Não deve ser uma surpresa, mas uma expectativa.

Afinal, como o próprio Jesus disse a seus discípulos na noite antes que ódio do mundo o pregasse na cruz: “não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros” (Jo 15.20). Considere a maneira como Jesus foi tratado no salão de Pilatos. Durante o interrogatório, Pilatos disse de Jesus — pela primeira de três vezes! — “Eu não acho nele crime algum” (18.38; 19.4, 6). Ele estava convencido de que os oponentes de Jesus estavam tentando manipular as circunstâncias, e estava confiante de que Jesus não era culpado das acusações. Contudo, em vez de soltar Jesus, Pilatos o pegou e o açoitou antes de entregá-lo para ser crucificado. Todas as tristezas e sofrimentos que Jesus experimentou foram injustos. E, quando escolhemos seguir a Cristo, portanto, somos chamados a estar dispostos a sofrer como ele sofreu.

Você está enfrentando uma prova de fogo hoje ou se recuperando de passar por uma? Anime-se! Quando a caminhada cristã é dolorosa, estamos sofrendo pela causa daquele que sofreu muito, muito mais por nós. Estamos nos entregando àquele que se entregou a nós. E podemos esperar pelo dia quando as provações terão passado, quando a justiça será feita e viveremos na glória de nosso Salvador para sempre.


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