Um chamado a ações de graças (Salmos 100.1, 4)

 

Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras. […] Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor. (Sl 100.1, 4)

 

O centésimo salmo, com seu chamado à adoração, é um dos mais conhecidos no Saltério. No entanto, essa familiaridade pode dificultar o impacto em nosso coração. De muitas maneiras, é mais fácil estudar passagens que são menos familiares, porque não somos complacentes em nosso estudo. Não presumimos que já as conhecemos.

Nunca deveríamos nos sentir tão confortáveis com o convite para ações de graças a ponto de passarmos por cima dele, como se fosse apenas retórica. Este salmo nos exorta à ação! Como povo de Deus, somos chamados à adoração alegre e ao louvor agradecido.

“Celebrai com júbilo ao Senhor” é um convite à adoração exuberante e vocal. Tal louvor não deve ser tratado como uma obrigação forçada, como se tivéssemos engolido algo distintamente intragável. Em vez disso, deve ser uma resposta à atividade de Deus em nossa vida, o que nos leva, tomando emprestada uma frase de C. S. Lewis, a sermos “surpreendidos pela alegria”. A oportunidade de adoração eleva o espírito do crente genuíno — e ninguém fica de fora da exortação. Deus fez “todas as terras” para o louvor de sua gloriosa graça.

Ele também nos convida a “[entrar] […] em seus átrios, com hinos de louvor”. Considere a experiência do plebeu do lado de fora do Palácio de Buckingham, em Londres, onde o melhor que você pode fazer é enfiar o nariz pelas grades e esperar por um vislumbre fugaz da realeza de longe. O portão é propositalmente fechado para proteger o soberano. Mas essa não é a nossa experiência com o Pai. A morte de Jesus rasgou a cortina do templo em duas (Mt 27.51) e abriu uma nova maneira de viver para nós. Por meio de Jesus, obtivemos acesso ao Pai, e os portões estão escancarados em boas-vindas.

Nossas expressões de gratidão na adoração alegre e louvor agradecido não devem estar ligadas às nossas circunstâncias ou sentimentos. O verdadeiro fundamento para a ação de graças é saber que o Senhor é Deus e que ele nos convidou para seus átrios, para cercar seu trono como seus súditos, mas também como seus filhos. Reconhecer isso é ter um terreno firme sob os pés, para que cada um de nós possa dizer com o salmista:

Tirou-me de um poço de perdição,

de um tremedal de lama;

colocou-me os pés sobre uma rocha

e me firmou os passos.

E me pôs nos lábios um novo cântico,

um hino de louvor ao nosso Deus. (Sl 40.2-3)

Um dia você estará lá, nos átrios dele. Até lá, todos os domingos você pode ficar com outras pessoas em sua igreja local — uma embaixada daquela sala do trono celestial — e antecipar esse dia futuro cantando com alegria ao Senhor.


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