Um novo lugar para habitar (Apocalipse 21.15-16)

 

Aquele que falava comigo tinha por medida uma vara de ouro para medir a cidade, as suas portas e a sua muralha. A cidade é quadrangular, de comprimento e largura iguais. E mediu a cidade com a vara até doze mil estádios. O seu comprimento, largura e altura são iguais. (Apocalipse 21.15-16)

 

No passado, Deus habitou entre seu povo, Israel, no templo em Jerusalém, mas este foi destruído. Depois da destruição do templo pelas mãos do Rei Nabucodonosor da Babilônia, Deus prometeu que iria edificar um novo templo (Ez 40–43). Apesar de um segundo templo ter sido construído em Jerusalém, ele era uma sombra do primeiro e claramente não era um cumprimento dessa promessa (Ag 2.2-3) — uma promessa que seria finalmente cumprida através da vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus (Jo 2.19-22).

No templo, a presença de Deus estava concentrada no Santo dos Santos, um santuário interno que havia sido construído na forma de um cubo perfeito. Permitia-se a entrada de somente um homem, e este, o sumo sacerdote, podia entrar apenas uma vez por ano. Então, séculos depois, e com aquele primeiro templo sendo nada mais que uma memória distante, o apóstolo João recebeu essa visão de uma nova cidade do reino eterno de Deus, retratada como um cubo perfeito — mas agora não era um cubo que caberia em um edifício de uma cidade do Oriente Médio: tinha uma área tão extensa quanto o mundo conhecido no tempo de João.

Na Nova Criação, não haverá nenhum lugar específico onde a presença de Deus estará concentrada. Não haverá um edifício especial para visitarmos se quisermos nos encontrar com Deus, pois não haverá distância entre Deus e nós. João “não [viu] templo algum na cidade” (Ap 21.22 NVI) porque, nessa cidade, Deus estará lá, de maneira completa e espetacular, de uma forma que não podemos ainda compreender; e então tudo será espaço do templo. Essa é uma imagem radical de algo que é completamente novo — uma transformação tão vasta, tão rica e tão ampla nas circunstâncias, que, como o apóstolo Paulo diz, não podemos imaginar “o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1Co 2.9).

Se estamos unidos com Cristo, a presença de Deus é conosco através do Espírito Santo. No entanto, nosso conhecimento de Deus e nossa intimidade com ele ainda são limitados. Nosso estado presente certamente não é tudo pelo qual ansiamos, nem é tudo o que Deus pretende para nós. Isso ainda está por vir — mas com certeza virá.

Você vive na ardente expectativa dessa intimidade inimaginável com Deus? Se você está sinceramente esperando esse lugar de habitação permanente com Deus, isso será aparente pela pureza de sua vida e pela preocupação ardente de ver os amigos, os parentes e o próximo virem a conhecer a Cristo. Sabendo que temos essa grande esperança, seremos purificados, da mesma forma como Cristo é puro (1Jo 3.3) — e não hesitaremos em contar aos outros sobre Jesus, tanto a partir de nossa vida quanto pela nossa boca.

 

 

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