Um retrato do céu (Apocalipse 7.9-10)

Vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação. (Ap 7.9-10)

 

Muitas de nossas ideias e canções sobre o céu têm mais a ver com o cristianismo da era vitoriana e visões do universo baseadas no ensino do filósofo grego Platão do que com uma consideração rigorosa e pensativa do que Deus revelou em sua Palavra. Não passaremos nossa eternidade apenas sentados nas nuvens e tocando harpas, como o céu é frequentemente retratado na arte. Faremos algo muito melhor. A Escritura nos mostra que cantaremos os louvores de Deus e adoraremos o Cordeiro.

O livro do Apocalipse nos chama a notar os círculos de louvor em constante expansão que cercam o Cordeiro. No primeiro círculo, vemos quatro criaturas viventes e 24 anciãos oferecendo incenso e cantando um novo cântico de louvor (Ap 5.8-9). O segundo círculo, nos versículos 11-13, consiste em dezenas de milhares de anjos dando honra a ele, acompanhados por todas as criaturas em toda a Criação. Em seguida, Apocalipse destaca aqueles que foram redimidos pelo sangue do Cordeiro (7.4, 9). Eles são descritos como 144 mil em número e como uma companhia incontável. Eles são retratados tanto como as 12 tribos de Israel quanto como pessoas de todas as nações e línguas. Essas descrições podem parecer mutuamente contraditórias, mas isso faz todo o sentido da perspectiva de Deus. O número exato representa perfeição e conclusão; porém, do ponto de vista humano, a multidão é tão vasta que você não consegue contá-la quando a vê diante de si. Aos olhos de Deus, o povo que é redimido são seus filhos e filhas escolhidos, representantes de todas as tribos. Ele conhece cada indivíduo. No entanto, seu povo é formado de todos os povos. Aqui está uma imagem do triunfo absoluto e total de Deus — e do povo de Deus exaltando-o e exultando por seu triunfo.

Assim, embora esta cena comece com as quatro criaturas e os 24 anciãos, ela progride para esses milhares e milhares, refletindo a declaração de Paulo de que, no fim, “ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra” (Fp 2.10, ênfase acrescentada). Nosso louvor se juntará ao das incontáveis multidões, e todos nós declararemos que Cristo é o Cordeiro que foi morto, que por seu sangue nossos pecados foram purificados, que com sua justiça estamos vestidos e que em sua companhia viveremos por toda a eternidade.

Um dia, nos juntaremos ao círculo de louvor em constante expansão em torno de Cristo, que dará um passo à frente como o Leão conquistador e o Cordeiro humilde, nosso amado Noivo. Mas não precisamos esperar até lá, pois podemos, agora mesmo, participar do cântico de adoração com os olhos fixos nele. Um dia você estará diante dele e o verá! E, dia após dia, você caminha em direção a esse dia.


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