Um sacrifício aceitável e aprazível (Filipenses 4.18)

 

Estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus. (Filipenses 4.18)

 

Aqui está uma noção incrível quando você tira um momento para considerá-la: você é capaz de dar prazer a Deus.

É um pensamento surpreendente: o nosso Criador pode se alegrar com as nossas ações. No entanto, a Escritura nos encoraja a ver que isso é uma realidade. Como cristãos, nos esforçamos para viver sob o sorriso de nosso Pai celestial. Um dos grandes motivadores bíblicos para obedecer a Deus é que a maneira como vivemos pode “agradar a Deus […] cada vez mais” (1Ts 4.1) — e uma das maneiras como podemos fazer isso é através de nossa generosa oferta, que é “um sacrifício aceitável e aprazível a Deus”.

Paulo descreveu a oferta da igreja em Filipos em terminologia que refletia a prática veterotestamentária de sacrifício animal. Quando o povo de Deus no Antigo Testamento levava suas ofertas queimadas, esses sacrifícios eram acompanhados pelo acender de incensos. Portanto, o sacrifício produzia um aroma atrativo. De certa forma, isso representava a aceitabilidade e doçura da oferta aos olhos de Deus. Da mesma maneira, Deus diz ao seu povo, no primeiro século e no século XXI: Quando sua oferta vem de um coração que está alinhado ao meu, ela produz um belo aroma, e o seu sacrifício me traz prazer.

Ao considerar esse tipo de oferta, não devemos ignorar a palavra “sacrifício” tão rapidamente. A oferta sacrificial não é necessariamente a mesma coisa que uma oferta generosa. É bem possível sermos generosos — como, na verdade, muitos crentes são — sem sentirmos um impacto em nossa vida ou circunstâncias.

Ao articular esse mesmo argumento para seus discípulos, Jesus chamou a atenção deles para uma pobre viúva que estava depositando seu dízimo na caixa de ofertas do templo. Conforme ele observava essa mulher depositar duas pequenas moedas, que valiam quase nada, e as comparou com as ofertas dos ricos perto dela, ele disse: “Esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque todos estes deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento” (Lc 21.2-4). Os ricos eram generosos; a viúva era sacrificial. Ela abriu mão de tudo para que pudesse ofertar. E o Senhor notou e se agradou do que viu.

Não somos ofertantes sacrificiais por natureza. Mas a totalidade da jornada cristã — em receber e em dar, em cuidar e em compartilhar — é cheia de graça do início ao fim. Quando ofertamos sacrificialmente de um coração que deseja agradar a Deus, ele promete que, “segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Fp 4.19). Isso está refletido em tudo que Deus já deu, está dando e irá dar, o que abre nosso coração e nos permite dar tanto sacrificialmente quanto alegremente. E, quando fazemos assim, damos prazer a Deus.

As ações dos filipenses e seus extratos bancários mostravam que eles realmente acreditavam nisso. Até que ponto as suas ações mostram isso?

 

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