Vivendo na plenitude do Espírito (Efésios 5.18-19)

E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais. (Ef 5.18-19)

 

Em certos momentos da vida, como o nascimento de um novo filho ou uma mudança de país, muita coisa parece acontecer de uma só vez. O início de uma nova vida em Cristo é talvez o maior exemplo. Quando cremos em Jesus, uma série de mudanças ocorrem simultaneamente: somos justificados pela fé, somos adotados na família de Deus, recebemos um novo status como seus filhos e filhas e, como este versículo destaca, somos habitados pelo Espírito Santo.

Quando alguém crê em Jesus, o Espírito Santo começa a residir nessa pessoa, proporcionando-lhe o desejo e o poder de fazer o que Deus deseja. Essa plenitude do Espírito é fundamental para a realidade da experiência cristã. É o direito de nascença de todos os que passaram a confiar em Cristo. E, no entanto, a verdade é que, mesmo como crentes, nem sempre vivemos na plenitude do Espírito de Deus. Ainda é possível entristecermos o Espírito que vive em nós, por nossa desobediência (Ef 4.30). Ainda é possível sermos mais influenciados por algo diferente dele — e é por isso que, aqui, Paulo enfatiza que não podemos estar sob a influência tanto do álcool quanto do Espírito.

Precisamos entender que, se somos filhos de Deus, nunca podemos nos afastar da paternidade de Deus; no entanto, viver em desobediência pode nos tirar o senso de sua bênção paterna, presença e prazer em nós. Uma criança que desobedece à sua mãe e seu pai ainda pode sentar-se à mesa do café da manhã, sabendo que eles ainda são seus pais e ela ainda é filha deles, mas o prazer do relacionamento será diminuído. Assim é conosco: não podemos viver em desobediência — não podemos permitir que alguma outra consideração, prioridade ou substância nos guie — e, simultaneamente, viver na plenitude do Espírito.

Este não é um problema que possamos resolver sozinhos. Não nos enchemos a nós mesmos do Espírito Santo. Não recebemos apenas a plenitude do Espírito de Deus; nosso próprio prazer de sua plenitude é por causa de Deus. Não podemos nos preencher, mas podemos e devemos nos abrir para sermos preenchidos. A expectativa para toda vida cristã é que essa evidência de estar cheio — o que Paulo chama de “fruto do Espírito” (Gl 5.22) — se torne gradualmente mais e mais aparente.

A grande necessidade de sua vida e de toda igreja reunida é ser cheia do Espírito — ser dirigida por ele e não por qualquer outra coisa. Isso é o que traz a verdadeira transformação, alegria, paz e amor. Isso é o que transborda em canções que louvam a Cristo em nosso coração, bem como com nossos lábios quando nos reunimos. Então, ore para que ele encha você de novo:

Espírito de Deus, desce sobre o meu coração;

Desmama-o da terra; move-o através de todos os seus batimentos;

Inclina-te para a minha fraqueza, poderoso que és tu,

E faze-me amar a ti como devo amar.[1]

 

 

[1] George Croly, “Spirit of God, Descend upon My Heart” (1854).


Tenha uma experiência ainda mais enriquecedora em sua vida adquirindo este devocional em formato de livro  — CLIQUE AQUI e adquira já o seu!