#ConferênciaFiel 2011 – Augustus Nicodemus: Soberania de Deus e a responsabilidade humana na evangelização

Acesso a todos os E-books da Editora Fiel por R$ 9,90.

 

Resumo

Texto base: Romanos 9:1-29

1-5: Paulo era visto por muitos como um falso pregador, pois era perseguido pela grande maioria do povo judeu, os quais rejeitavam sua mensagem. E Paulo sentia profunda dor e angústia por seus parentes segundo a carne ao ponto de como Moisés, desejar, se fosse possível, perder a salvação pelo bem deles. Pode-se notar aqui que embora Paulo cresse na Soberania de Deus, isso não o impedia de sentir compaixão pelo perdido que rejeitava a Cristo. Para Paulo não há nenhuma contradição entre a Soberania de Deus e a compaixão pelo perdido.

6: Toda essa rejeição pelos judeus colocava a mensagem de Paulo em descrédito, e, por isso, Paulo então escreve os capítulos 9, 10 e 11 para mostrar que a Palavra de Deus não falhou e qual era o plano escatológico de Deus para nação israelita.

7-13: O primeiro argumento de Paulo mostrando que a Palavra de Deus não falhou é sobre a filiação espiritual. Paulo mostra que os verdadeiros israelitas não são os filhos da carne (Ismael e Esaú), mas os filhos da promessa (Isaque e Jacó). Logo, a promessa de Deus não falhou, mas se cumpriu nos filhos da promessa, que foram eleitos por Deus. Paulo exemplifica essa eleição nos irmãos gêmeos Esaú e Jacó, afirmando que Deus escolheu Jacó, mas rejeitou Esaú, mesmo antes deles terem nascido ou praticado bem ou mal; e isso para que a eleição estivesse firmada não nas obras, mas em Deus, que chama.

14-18: Paulo a seguir começa a responder possíveis argumentos que ele já prevê que serão feitos. O primeiro argumento é que se Deus escolheu Jacó e rejeitou Esaú sem levar em conta a vida deles isso seria injusto. E a resposta de Paulo é que a misericórdia de Deus é livre e Deus escolhe com quem terá ou não misericórdia. Provando isso Paulo cita o Velho Testamento (lembre-se que a discussão é em relação a judeus) onde Deus diz a Moisés que teria misericórdia de quem quisesse e onde diz que levantou o Faraó para glorificar Seu nome. Quanto ao Faraó há no relato bíblico tanto afirmações de Deus dizendo que o endureceu, quanto do Faraó endurecendo seu próprio coração.

19-24: Paulo prevê um novo contra-argumento: Se Deus endurece quem quer, porque Ele ainda afirma que o homem é responsável? Ou em outras palavras: como Deus pode ser Soberano e o homem responsável? A resposta de Paulo é um “basta”, onde Paulo delimita o perguntar por buscar conhecer a Deus e o perguntar por se rebelar a Deus. A resposta de Paulo é que de uma mesma massa (caída) Deus pode fazer vasos para honra (crentes) e outros para desonra (descrentes). Cabe ressaltar que quando ele fala os vasos preparados para perdição, Paulo não deixa claro quem preparou – de forma oposta, está explícito que os vasos preparados para glória foram preparados por Deus. Pode-se entender disto que tanto o pecador se prepara para perdição, como Deus o prepara e atura para tal fim (em semelhança a Faraó endurecendo seu coração e Deus endurecendo o coração dele).

24-29: Paulo aqui mostra que esta eleição para glória, os vasos de misericórdia, não é restrita aos judeus, mas também inclui os gentios, corroborando isso com versículos do Velho Testamento. Mostra também que a preservação de judeus crentes é baseada na misericórdia divina – o remanescente, aqueles que Deus deixou descendência.

Logo, devemos lembrar que Paulo mesmo crendo na Soberania divina na eleição:

1) Não via nenhuma incoerência em sentir compaixão pelo perdido rejeitado;

2) Não via nenhuma incoerência na necessidade de pregar o Evangelho (pois o mesmo Deus que elege pessoas elegeu que o método pela qual elas seriam salvas fosse a pregação)

Se a sua crença na Soberania de Deus impede você de sentir compaixão pelo perdido e de evangelizar, você deve rever sua crença, pois certamente não impedia Paulo.

Por: Augustus Nicodemus | tempora-mores.blogspot.com

Resumo por: voltemosaoevangelho.com