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Qual a importância de se entender a Criação? – Mauro Meister (CFL)
Acontecerá no dia 27 de Junho o 2º módulo do Curso Fiel de Liderança: Teologia Sistemática. As vagas presenciais se esgotaram antes de começar o curso, para nosso espanto e alegria, mas você ainda tem duas opções: (1) assistir online gratuitamente no dia (e só no dia) ou (2) inscrever-se como aluno online, tendo acesso a todos os vídeos, a alguns e-books e ao diploma (veja aqui).
Em sua palestra no 1º módulo do CFL: Teologia Sistemática, o Dr. Mauro Meister falou sobre “Pressupostos na interpretação de Gênesis” e confesso que foi bem chocante quando ele mostrou que “sem forma e vazia” não significa caos e que interpretamos assim por causa dos nossos pressupostos culturais (não deixe de ler o artigo dele na Fides Reformata). Ele diz:
Como foi visto acima, a exegese é altamente influenciada pelos pressupostos e certamente pela teologia que alguém esposa, uma realidade da qual ninguém pode escapar. Porém, compreender quais sejam os pressupostos auxilia grandemente no esforço exegético. Olhando para as interpretações modernas de Gênesis 1.1 e 2, pode-se observar a ampla gama de influências nelas contidas. Veja-se, por exemplo, a própria Septuaginta. Os tradutores usaram a palavra aoratos para traduzir o hebraico tohu (“sem forma”). Ora, aoratos significa “invisível,” algo que ainda não se vê. Esta idéia está fortemente presente na cosmogonia platônica, na qual o ideal é criado na mente e depois executado. Filo explica dessa forma Gênesis 1.2. A palavra bohu (“vazia”) é traduzida comoakataskeuastos e significa “não formado.” Esse invisível não formado é interpretado como “caos,” algo imperfeito. Essa idéia de “caos primitivo” é ainda o pensamento dominante em muitas leituras, antigas e contemporâneas, dos primeiros versos da Bíblia.
Veja-se, por exemplo, a leitura feita pelos reformadores. Encontramos nos escritos de Lutero e Calvino,que inquestionavelmente foram grandes exegetas da língua hebraica, a clara idéia de que o “caos” estava presente na criação. Creio que isso se deu por causa da cosmovisão grega que receberam na leitura do texto de Gênesis 1. Ainda hoje, quando se lêem os termos “sem forma e vazia” o que vem à mente são imagens do caos primitivo.
É por esse e outros motivos que precisamos compreender corretamente o relato da Criação em Gênesis. É sobre isso que o Dr. Meister fala no vídeo abaixo:
- A Majestade de Deus na Criação e a Ecologia (Hermisten Maia)
- Deus, o Criador (Stephen Wellum)
- A Importância Teológica da Historicidade de Adão (Bruce Ware)
- O Homem e o Pecado (John Piper)
- A Justificação ainda é Importante (Michael Horton)
- Vivendo já com vistas ao ainda não (Heber Campos)
- Milênio – Breves considerações Hermenêuticas (Gilson Santos)
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