Deus não nos prometeu uma vida sem sofrimento

Transcrição

Não nos alegramos por ter uma dor de cabeça. Não nos alegramos por ter um câncer nos consumindo. O que nos alegra é a presença de Deus no meio de nossa dor. O que precisamos entender, para que não fiquemos totalmente arruinados e surpreendidos sempre que a aflição nos atinge, é que nós devemos esperá-la! É parte de nosso chamado como cristãos. Deus nos chamou para um mundo caído, para ministrar em um mundo que é um rio de lágrimas. E é um lugar de dor. E não devemos achar que conseguiremos escaparmos dele.

Suponha que sou afligido com sofrimento. Por quê? Por que sou afligido? Podem ser diversas razões.

Pode ser porque Deus precisa me corrigir, e é parte de sua ira corretiva me adoecer ou abater. Ele faz isso! Há diversos exemplos nas Escrituras. Como Miriã contraiu lepra? Deus a infligiu com lepra, para trazê-la ao arrependimento. O que Jesus estava dizendo aqui? A menos que se arrependam, todos igualmente perecerão.

Às vezes, o sofrimento que temos nesse mundo é porque Deus está nos corrigindo ou nos disciplinando. Mas não podemos saltar para a conclusão de que todas as vezes que ficamos doentes, ou todas as vezes que sofremos, há uma correlação direta entre nossa desobediência e a dor que estamos experimentando. Jó é uma prova que refuta esse argumento. Jó era mais justo do que qualquer um, e, ainda assim, sofreu mais do que qualquer um; e seria um terrível engano assumir que havia uma relação de proporção direta entre o grau de sua culpa e o grau de sua dor. Não devemos fazer isso.

Então nem sempre conhecemos o motivo! E não precisamos conhecer. O que precisamos conhecer é a Deus. Pois Jó quando exigiu uma resposta para sua dor e pediu que Deus falasse com ele e lhe explicasse, e Deus finalmente apareceu a Jó e interrogou a Jó por diversos capítulos, que resposta Jó conseguiu de Deus? Não conseguiu nenhuma. Deus não disse a Jó: “Você está sofrendo está dor por isso, isso e isso.” A única resposta que Jó recebeu para sua aflição em última análise foi o próprio Deus. A presença de Deus. E de fato, o que Deus estava dizendo era: “Jó, estou; estou com você; confie em mim”. Quando as pessoas dizem “confie em mim”, é hora de correr. Mas quando Deus diz “confie em mim”, é hora de confiar.

Deixe-me terminar lembrando-os que nosso Deus nunca prometeu a nenhum de nós que jamais iríamos ao vale da sombra da morte. O que ele nos prometeu foi que ele iria conosco. “Quando eu andar pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo. A tua vara e teu cajado me consolam.” Nós temos o Bom Pastor. Temos sua presença, seu consolo, o que não significa que somos removidos da arena da dor, mas que somos sustentados na arena da dor.