Um blog do Ministério Fiel
4 dicas para o louvor de sua igreja não ser um show
Em seu artigo 18 Dicas para Ajudar Sua Igreja a Cantar Melhor, Jonathan Leeman dá 4 dicas para que o louvor de sua igreja não se transforme em um show:
4. Escolham cantos “congregacionais” em vez de cantos “performáticos”. Aqui vai um princípio geral (não absoluto): quanto mais um cântico depender de acompanhamento musical e não puder ser cantado por duas crianças no carro, no caminho para casa, mais performática e menos congregacional ela provavelmente é. Cânticos congregacionais tendem a ter melodias fáceis de cantar e memorizar. Apenas porque um artista cristão criou algo belo, não significa que seja apropriado para a congregação. A melodia pode não ser muito melódica. Pode ser aguda demais, grave demais ou com uma extensão ampla demais. Pode ser ritmada demais, talvez sincopada de um modo que dificulte o canto para cantores não treinados. Pode ser complexa demais, com suas pontes, refrãos ou mudanças de tom. Tal canção pode soar linda com o acompanhamento na gravação. Talvez o grupo de louvor possa executá-la perfeitamente. Porém, quanto mais uma congregação precisar dos músicos à frente para terminar um cântico, mais você pode esperar que eles apenas balbuciem as palavras enquanto assistem à banda fazer sua aparição.
5. Por favor, oh, por favor, acendam as luzes. Deixar as luzes da plataforma acesas e, ao mesmo tempo, reduzir as luzes entre o povo transforma o povo em uma “audiência” e todos os que estão sobre a plataforma, em artistas. Isso faz com que todo o evento se torne uma imitação de um teatro ou casa de shows. Manter todo o salão acesso, por outro lado, sugere que todos são chamados a participar na “apresentação” que é feita perante a “audiência” de um só – Deus.
6. Por favor, oh, por favor, diminuam o acompanhamento musical. Vocês não querem que suas guitarras, seu órgão, sua bateria ou os microfones do seu coral abafem o som da congregação cantando. Nós poderíamos até mesmo dizer que o som mais alto no salão deveria ser o da congregação. Os cantores regentes podem cantar alto o primeiro verso da canção, mas então recuar um pouco nos versos seguintes. O bom acompanhamento acompanha. Facilita. Encoraja. Não chama a atenção nem se sobrepõe. Se um pequeno grupo ou coral está liderando, eles deveriam ser um microcosmo auricular da congregação. Que o volume deles seja natural e sem muita amplificação. Se eles prepararam o hino no ensaio, eles irão “liderar” com o seu som.
7. Considerem os perigos dos ensaios performáticos, da música “com excelência”, e do instrumental excessivo. Há um lugar para ensaios musicais. Mas por que vocês estão ensaiando? Com que fim? Ensaios musicais, com frequência, envolvem a inserção de elementos criativos que funcionam em apresentações, mas não no canto congregacional. Músicos e cantores deveriam usar todo o seu tempo de ensaio para perguntar a si mesmos como facilitar ao máximo o canto congregacional, não como impressionar. A ênfase costumeira em “excelência” e “qualidade” pode, ironicamente, distrair os músicos de buscarem servir a congregação, porque “excelência” é irrefletidamente definida em termos de boa apresentação. Que grande diferença faria almejar facilitar com excelência, e não apresentar-se com excelência. Pela mesma razão, um instrumental elaborado pode, às vezes, esmagar o canto congregacional. Um instrumental simples e acústico tende a favorecer o canto.