Reprise – Conferência Fiel Jovens 2015

Nossa geração exalta o indivíduo que faz e acontece. Nossos heróis são super-homens que sozinhos salvam a humanidade. E assim criamos uma cultura de solidão. Vença na sua própria força ou seja um derrotado.

Mas não estamos sozinhos. Somos um só corpo em Jesus Cristo. Fomos comprados pelo seu sangue. Resgatados das trevas para a luz, não buscamos mais os nossos próprios interesses. Não nos amoldamos ao padrão desse mundo. Temos um novo propósito de vida. Firmes em um só espírito, em um só propósito, buscamos refletir a glória de Deus. Juntos formamos o corpo perfeito. Juntos somos a igreja de Cristo. E as portas do inferno não prevalecerão contra nós.

Esse é o tema da Conferência Fiel Jovens 2015. Não conseguiu assistir ao vivo? Veja as reprises aqui e aprenda mais sobre “A Igreja pela qual Cristo morreu”:

Reprises

Michael Lawrence: a santidade da igreja

Michael Lawrence 1 - A Igreja: onde a maldição é revertida - Efésios 2

Jesus Cristo reverteu a maldição da queda. Ele fez isso vivificando os mortos (v. 1-10), aproximando os excluídos (v. 11-13) e reconciliando os divididos (v. 14-18); e ele fez isso para que Deus pudesse habitar conosco (v. 19-22).

Leia o resumo

A Igreja: onde a maldição é revertida – Efésios 2

Por causa do pecado, nossas vidas estão amaldiçoadas para terminarem em morte. Contudo, a história do Cristianismo é a vida que não acaba em morte, mas em vida.

É isso que Paulo mostra em Efésios 2. Ele passa a explicar a salvação planejada pelo Pai e executada pelo Filho sobre a qual falou em Efésios 1, mostrando que Jesus Cristo reverteu a maldição para que Deus pudesse habitar conosco. Como Jesus reverteu a maldição?

1) Os mortos são vivificados em Cristo (v. 1-10)

Paulo começa mostrando quem éramos: mortos. A morte espiritual é revelada por três aspectos: o mundo, cujos caminhos seguimos; (2) a carne, cujos desejos satisfazemos; (3) o diabo, cujas influências obedecemos. Essa morte é uma total  impotência e inabilidade radical de ter vida.

Contudo, as boas novas são que Cristo nos deu vida quando estávamos mortos em nossos delitos (v.5) e nos fez assentar com ele nos lugares celestiais (v.6).

A demonstração de que estamos vivos é o fato de praticamos as boas obras para as quais Deus nos preparou (v.10). Apesar de nossas obras não nos salvarem (v. 8-9), nem nos vivificarem, elas mostram que fomos, de fato, salvos e vivificados.

2) Os excluídos são aproximados em Cristo (v. 11-13)

Os cristãos gentios (não judeus – a maioria de nós), além de mortos, estavam excluídos da aliança das promessas dadas a Israel. Nós éramos forasteiros. Mas todas as promessas para Israel são cumpridas em Cristo, o verdadeiro Israel. Por estarmos no verdadeiro Israel, nós fomos aproximados e nos tornamos concidadãos dos santos e família de Deus.

3) Os divididos são reconciliados em Cristo (v. 14-18)

A forma pela qual aqueles que estavam distantes foram aproximadas foi a reconciliação que Cristo trouxe tanto para gentios quanto para judeus. Cristo morreu por ambos para que a paz fosse declarada àqueles que estavam perto e àqueles que estavam longe. Os dois, gentios e judeus, são reconciliados em uma nova raça: cristãos.

Mas por que Cristo faz tudo isso? Para que Deus pudesse habitar em nosso meio. A igreja é, em Cristo, o templo de Deus, onde ele habita (v. 19-22). Como os profetas do Antigo Testamento diziam: Deus não habita em um edifício feito por mãos humanas. Ele habita em um templo feito por mãos divinas. Os tijolos que Deus usa são pessoas. Esse templo, que é edificado sobre Cristo e sobre a mensagem apostólica, ainda está sendo construído, ao passo que pessoas de todas os povos e nações se juntam à igreja.

Sendo assim, precisamos parar de pensar na vida cristã como um esporte individual, como o tênis, e sim em algo coletivo, como um time de futebol. Então, pare de ir a igreja como um consumidor, simplesmente querendo receber, e comece a tratar como se fosse seu próprio lar, a casa de Deus, o lugar ao qual você pertence. Envolva-se. Ajude outros irmãos a lerem a Bíblia. Sirva pessoas necessitadas.

Michael Lawrence 2 - A Igreja: onde o plano de Deus é revelado - Efésios 3

Você precisa participar de uma igreja local pois é nela que Deus está mostrando sua sabedoria (Efésios 3.10). Você precisa alinhar a sua vida com o plano de Deus para o mundo, e o plano divino é a igreja. Não estou falando de uma instituição, mas de um corpo de crentes que possuem Cristo em comum.

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A Igreja: onde o plano de Deus é revelado – Efésios 3

A ciência tem revelado muitas coisas sobre o universo, mas não consegue responder perguntas como “se há um plano para a história e qual é?”. Efésios 3 revela que Deus tem um plano para a história. Deus tem um plano, então seja encorajado – tudo está saindo conforme planejado!

1) O plano de Deus é revelado pelo evangelho (2-6)

Paulo afirma que a graça de Deus tem um plano, revelada pelo Espírito aos profetas e apóstolos. Ele chama isso de mistério. Contudo precisamos entender que mistério no Novo Testamento não é uma pergunta, mas uma resposta, algo que estava encoberto, mas que agora foi revelado. O plano revelado por meio do evangelho é que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus. Ou seja, eles participam das bênçãos que foram prometidas para Israel, mas cumpridas em Cristo, o verdadeiro Israel. Podemos fazer vários planos, mas nenhum deles se compara aos de Deus. Os planos de Deus jamais falharão, então precisamos confiar mais nos planos deles do que nos nossos planos falíveis. O plano de Deus é salvar a Igreja, judeus e gentios, por intermédio de Jesus Cristo.

2) A sabedoria de Deus é revelada pela igreja (7-13)

Deus exibe sua sabedoria diante do diabo e de seus demônios através da sua obra de redenção na igreja. A sabedoria de Deus é revelada na eleição, ao Deus escolher o indigno. É revelada na salvação, na qual Deus é tanto justo como gracioso. E é revelada quando Deus vira a mesa e mostra que o povo dele não estava minguando definitivamente (um povo cada vez menor: Adão > Abraão > Davi > Jesus), mas através da aparente derrota da morte de Cristo, pessoas de todas as nações, agora, farão parte do povo de Deus.
Sendo assim, você precisa participar de uma igreja local, pois é nela que Deus está mostrando sua sabedoria (v. 10). Você precisa alinhar a sua vida com o plano de Deus para o mundo, e o plano divino é a igreja. Não estou falando de uma instituição, mas de um corpo de crentes que possuem Cristo em comum.

3) O poder de Deus cumpre os propósitos de Deus para a glória de Deus (14-21)

Primeiro, é um poder que fortalece a igreja para que Cristo possa habitar neles (o templo espiritual que é a igreja). Segundo, é um poder que enraíza e fundamenta no amor de Deus. Terceiro, é um poder para conhecer as dimensões e a imensidão incompreensível do amor de Deus: largo o suficiente para incluir todas as tribos, povos, línguas e nações; comprido o suficiente para durar por toda eternidade; profundo o suficiente para alcançar o pior dos pecadores; e alto o suficiente para nós levar para o próprio céu. Quarto, é um poder que nos enche com a plenitude de Deus, assim como a glória de Deus encheu o templo de Salomão (não uma “segunda bênção”, mas a presença de Deus em seu reino vitorioso e soberano).

Então, Paulo conclui com uma explosão de louvor a Deus, cujo poder é imensurável maior daquilo que podemos pedir e imaginar. Então, seja encorajado. Tudo está saindo conforme planejado, porque é o poder de Deus que está cumprindo o plano de Deus para a glória de Deus.

Michael Lawrence 3 - A Igreja: onde o reino de Cristo é demonstrado - Efésios 4

A igreja é chamada para revelar quem Deus é para o mundo. Isso, no dia a dia, é retratado por vivermos de modo digno da vocação que fomos chamados. Fazemos isso

(1) mantendo a unidade na diversidade para nutrir maturidade (v. 2-16) e (2) não vivendo em futilidade, mas em conformidade com a identidade que leva à pureza (v. 17-32).

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A Igreja: onde o reino de Cristo é demonstrado – Efésios 4

De Efésios 4 em diante, Paulo passa a mostrar que por causa do nosso chamado, por causa de tudo que Deus fez para nos vivificar em Cristo, devemos andar de forma digna dessa vocação. Assim, (1) devemos manter a unidade na diversidade para nutrir maturidade (v. 2-16) e (2) não devemos viver em futilidade, mas em conformidade com a identidade que leva à pureza (v. 17-32).

Diferente de outras religiões, o Cristianismo não pode ser identificado exclusivamente com uma cultura ou etnicidade. A unidade cristã advém de uma identidade fundada em um compromisso compartilhado. Se a unidade vem de uma identidade compartilhada, então a igreja é unida em Cristo.

Como Efésios 3 mostra, um dos propósitos da igreja local é tornar Deus visível para o mundo. Então como isso se parece no dia a dia? De Efésios 4 em diante, Paulo passa a mostrar que por causa do nosso chamado, por causa de tudo que Deus fez para nos vivificar em Cristo, devemos andar de forma digna dessa vocação. Assim, (1) devemos manter a unidade na diversidade para nutrir maturidade (v. 2-16) e (2) não devemos viver em futilidade, mas em conformidade com a identidade que leva à pureza (v. 17-32).

1) manter a unidade na diversidade para nutrir maturidade (v. 2-16)

Demanda gentileza, humildade e paciência, manter a unidade que Cristo já criou ao nos tornar um novo homem. Podemos ser um no Espírito, mas nossa unidade não é automática ou sentimental. Ela deve estar fundamentada na realidade de quem Deus é e fez (é isso que Paulo expõe na lista de “há um só”).

Mas como crescemos nessa unidade mesmo em nossa diversidade? Paulo celebra nossa diversidade, pois unidade não significa conformidade. Deus deu vários dons e habilidades a toda igreja para sua edificação. Um dos dons que Cristo deu à igreja foram “apóstolos, profetas, evangelistas e pastores/mestres” (ministérios de ensino da Palavra). Através do ensino da Palavra, o corpo é equipado para realizar seu próprio ministério. Você não precisa de um teste de dons para saber onde servir. Sirva onde você vê uma necessidade. O próprio corpo edifica a si mesmo e é através desse serviço, através da verdade dita em amor que a unidade cresce.

2) não viver em futilidade, mas segundo a identidade que leva à pureza (17-32)

Paulo fala sobre como era nossa vida de futilidade antes da conversão. Nosso coração era endurecido e nosso entendimento, escurecido. Paulo os lembra da mudança que o evangelho realizou na vida deles e eles devem viver de acordo com isso revestindo-se do novo homem, criado à imagem de Deus em justiça e santidade.

Muitas vezes, somos tentados a voltar a velha vida e nos sentimos impuros e é por isso que Paulo fala que precisamos renovar “o espírito do nosso entendimento”, para nos vermos e sermos como Deus nos vê, até o dia que Cristo voltar para o dia da nossa redenção.

Até lá precisamos viver uma unidade marcada pela verdade e pelo amor que mostrará ao mundo nossa verdadeira identidade: cristãos criados para serem à imagem de Deus.

Wilson Porte: a missão da igreja

Wilson Porte 1 - Um mendigo dizendo a outro onde encontrar pão: O Evangelismo na Igreja de Cristo - Efésios 2.1-3

Quando você está evangelizando, não é um método que deve estar na sua cabeça, mas o amor por aquele que lhe deu vida, aquele que o livrou das garras do Maligno. Esteja apaixonado por Cristo e pelo evangelho e a evangelização será um prazer e não um fardo. Conforme disse Daniel T. Niles: “Evangelismo é um mendigo contando a outro mendigo onde ele pode encontrar pão”.

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Um mendigo dizendo a outro onde encontrar pão: O Evangelismo na Igreja de Cristo – Efésios 2.1-3

Muitas pessoas pensam no evangelismo como um método. Mas quando falar de alguém que você ama se torna um método, ele se torna um fardo. Porém, falar de quem amamos é sempre um prazer, e nunca um fardo. Assim, conforme disse Daniel T. Niles: “Evangelismo é um mendigo contando a outro mendigo onde ele pode encontrar pão”.

Pare de ficar pensando só em métodos e mergulhe no evangelho. Em Efésios 2.1-3 podemos ver um belo retrato de nossa salvação.

Ele vos deu vida: A pessoa que não se converteu é considerada morta pela Palavra de Deus. Embora viva para o pecado, permanece morta para todo prazer e interesse pela pessoa de Deus. A palavra em grego que Paulo usa é nekrous, da qual temos a palavra necrotério, mostrando a total incapacidade e morte espiritual dessas pessoas.

Nos quais andastes outrora: Se sua vida gira em torno de si mesmo, se você anda conforme bem entende, então talvez você esteja morto espiritualmente. Esse caminhar necrótico, esse curso deste mundo é criado por demônios; é o próprio diabo que dá o rumo do mundo. O mundo inteiro jaz no Maligno.Contudo, Deus nos salvou!DE ONDE o Senhor nos salvou: O curso desse mundo cujo fim deságua no inferno.

DE QUÊ o Senhor nos salvou: Do poder do diabo que ainda agora opera sobre a vida dos que permanecem mortos para Deus.

Sendo assim, quando você está evangelizando, não é um método que deve estar na sua cabeça, mas o amor por aquele que lhe deu vida, aquele que o livrou das garras do Maligno. Esteja apaixonado por Cristo e pelo evangelho e evangelismo será um prazer e não um fardo.

Wilson Porte 2 - Indo com os pés ou com o joelhos: As Missões na Igreja de Cristo - Efésios 1.15-23

“Muitos crentes consagrados jamais atingirão os campos missionários com os seus próprios pés, mas poderão alcançá-los com os seus joelhos” (Adoniram Judson). Boa parte das Missões na Igreja de Jesus é feita pelas orações do povo de Deus. Você tem sido negligente em suas orações?

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“Muitos crentes consagrados jamais atingirão os campos missionários com os seus próprios pés, mas poderão alcançá-los com os seus joelhos” – Adoniram Judson

A igreja foi tirada do mundo e será levada para a Nova Jerusalém, mas até lá é chamada para ser uma igreja intercessora. Paulo, na epístola que mais enfatiza a igreja (Efésios), ele passa um bom tempo em oração pela igreja. Paulo foi alguém que se envolveu com missões tanto com seus pés quanto com seus joelhos.

Cuidado para não viver uma vida focada em seus próprios interesses. A nossa alegria não está nas coisas deste mundo, mas no Senhor. Deus já nos desarraigou deste mundo e qualquer coisa que nos prenda a este século nos afastará de desenvolver uma intimidade maior com o Senhor.

Ef 1.15-16: Por isso também eu, tendo ouvido falar da fé que entre vós há no Senhor Jesus e do vosso amor para com todos os santos, não cesso de dar graças por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações,

No grego, a fé o amor dos quais Paulo fala são fé e amor postos em prática. Deus nos chama para vivermos agora, para buscarmos o seu Reino hoje, porque o amanhã pode o matar, e será tarde demais.

A vida de oração de Paulo era de persistência e gratidão (Rm 1.9; 2Co 11.28; Fp 1.3-4; Cl 1.3,9; 1Ts 1.2-3; 2Tm 1.3; Fm 4).

2Tm 1.3: “Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com consciência pura, porque, sem cessar, me lembro de ti nas minhas orações, noite e dia.”

Quem você tem lembrado em suas orações? Suas orações são só focadas em si mesmo ou você se lembra de dia e de noite de interceder por missões? Boa parte das Missões na Igreja de Jesus é feita pelas orações do povo de Deus.

A oração reflete o amor que há no coração. Se você ora pouco, você ama pouco Deus e seu povo. Para quem ama, orar nunca é um fardo, mas um prazer.

Heber Campos Jr.: o amor da igreja

Heber Campos Jr. 1 - Amando a igreja: expectativas e realidades - I Pedro 2.4-10

Muitas pessoas se interessam pela igreja à medida em que ela servem os seus próprios interesses: “A igreja tem sido uma benção para mim”. Porém, o foco do nosso amor deve ser este: nós amamos a igreja porque Cristo amou a igreja. Precisamos amar a igreja: (1) Pelo que ela é:  Raça eleita, Sacerdócio real, Nação santa, Povo exclusivo de Deus; (2) Pelo que ela faz: anunciar as grandezas daquele que os chamou ; e (3) Pelo que ela recebeu:  Misericórdia; outrora rejeitados, agora úteis.

Leia o resumo

“Uma cabeça ainda é uma cabeça se não tiver um corpo? Um alicerce continua sendo um alicerce se não houver uma casa em cima dele? Um amigo é realmente seu amigo se você não suportar a esposa dele?” (Por que amamos a igreja Kevin – DeYoung e Ted Kluck)

Implicação: Desprezo com a igreja é rejeitar a função de Cristo como cabeça, como fundamento, como amigo. Rejeitar a igreja é rejeitar a Cristo, é roubar-lhe a glória. O texto de 1 Pedro 2 fala que Cristo é a pedra viva que vivificou pessoas para serem casa espiritual (v. 4-5). Desprezar a casa espiritual é desprezar a Pedra Viva.

Hoje muitos, no Brasil, se intitulam de “desviado” e afirmam ser desviados por causa de problemas na igreja.

Razões para o “desencanto” em relação à igreja:
Razão missiológica: “a igreja perdeu sua relevância na sociedade e fica fechada em quatro paredes”. O problema desta visão é que ela distorce o foco da missão da igreja (proclamar o evangelho e fazer discípulos) e não entende que as limitações das mudanças que podemos realizar em um mundo caído – Gente que quer mudar o mundo, tem uma escatologia repleta de “já” e carente de “ainda não”.

Razão pessoal: pessoas feridas; pessoas que dizem que a igreja está cheia de hipócritas; pessoas que acham a igreja careta, que estão preocupadas com imagem, tentando ser “legais”, mas que esquecem

Razão histórica: “a igreja depois de Constatino se desviou”. Pessoas que só veem os erros do Cristianismo, mas não percebem os efeitos positivos do Cristianismo, como direito humanos, desenvolvimento científico e outras.

Razão teológica: “toda hierarquia é ruim; igreja mesmo são duas ou três pessoas que se reúnem informalmente em uma casa.” Contudo, o que muitos não sabem é como heresias das mais malucas possíveis facilmente se propagam em ambientes assim. As igrejas nas casas da China são um exemplo disso. Vários missionários que foram lá relataram situações assim.

Qual é o erro que todas essas opiniões tem em comum?
Elas demonstram amor à medida em que a igreja lhes serviu, ou serviu os seus interesses, o seu povo, etc. “A igreja tem sido uma benção para mim”.
O foco do nosso amor deve ser este: nós amamos a igreja porque Cristo amou a igreja. Deus é zeloso para com a sua igreja: “povo de propriedade exclusiva de Deus” (1 Pe 2.9). Se Deus teve misericórdia para com ela  (1 Pe 2.10), nós também devemos tê-lo.

Para amar a igreja, precisamos entendê-la
Pedro antes de dar inúmeros mandamentos para os leitores de sua carta, ele descreve belamente o povo de Deus.Definição católica-romana de igreja: mãe dos fiéis

• Visão segmentada: clero vs. leigos

• Visão passiva: preocupo-me com o que a igreja me dá

Definição protestante de igreja: comunhão dos santos

• Sacerdócio universal dos crentes: somos as pedras do santuário (v. 5), os sacerdotes (v. 9); todos somos ‘santos’, separados (v. 5)

• Serviço mútuo com vistas ao aperfeiçoamento: ênfase na comunhão

Igreja visível x Igreja invisível

• Distinção histórica

• Invisível para nós: Igreja como Deus a vê

• Visível: a igreja como nós a vemos

• Imperfeita, cheia de máculas

• Cristo foi rejeitado pela igreja visível (1 Pe 2.4, 7-8)

• Não devemos desprezar a visibilidade da igreja: seus privilégios, seu testemunho (1 Pe 2.9).

• À igreja visível devemos dirigir o nosso amor.

Amando a Igreja: Com base no presente e no passado
Pelo que ela é:

• Raça eleita: judeus e gentios com o mesmo ancestral

• Sacerdócio real: reúnem os mesmos ofícios de Cristo (Zc 6.13)

• Nação santa: separados como que politicamente; mas forasteiros

• Povo exclusivo de Deus: objetos do zelo e ciúme de Deus

Pelo que ela faz:

• “para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”

Pelo que ela recebeu:

• Misericórdia (história de Oséias); outrora rejeitados, agora úteis

Organismo x Instituição

• Não devemos nem superestimar nem subestimar a instituição.

• Superestimando: achar que a vida do organismo depende inteiramente da saúde da instituição

• Subestimando: esquecer que o organismo precisa se manifestar como instituição

• Organização de Deus: de “raça” a “povo” (1 Pe 2.9)

• Deus não faz objeção nenhuma a institucionalizarmos o funcionamento da igreja

A Igreja ainda é uma obra em construção

Visitamos a construção com o arquiteto: em meio à sujeira e ao aspecto de inacabada, precisamos do olhar de quem sabe o que ela há de se tornar.

Um noivado ímpar: Cristo não se compromete com uma virgem. Ele a purifica para o casamento (Ef 5.25-27; Ap 21.2).

Portanto, ame a igreja, gaste-se por ela. Não pelo que ela é em si mesma, mas pelo que Cristo faz nela e por ela.

Heber Campos Jr. 2 - Unidade sem perder a pureza - João 17.15-26

Cristo ora tanto por nossa unidade quanto nossa santidade. Nós já somos um, pois temos todos vida em Cristo e já somos santos, pois somos separados para Deus. Porém devemos buscar crescer em ambos, não em uma santidade divisiva ou um ecumenismo impuro moral e teologicamente.

Leia o resumo

Unidade sem perder a pureza – Jo 17.15-26 – Heber

Se você pedir para Deus lhe dar o que você merece, você receberá coisas muito ruins. Só Cristo tem o direito de receber bênçãos de Deus e na oração sacerdotal ele ora pela nossa unidade e santidade.

A fim de que todos sejam um. “O pedido de Jesus por unidade foi atendido? Será que Jesus é um intercessor eficaz? Como é que essa unidade existe, já que muitas vezes ela não parece óbvia?

Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Jesus também ora por santidade.

Porém na história da igreja, santidade e unidade raramente estão juntas. Várias divisões aconteceram por ênfase na santidade, assim como vários movimentos ecumênicos abandoaram pureza moral e teológica. Mesmo assim, Jesus ora por essas duas coisas na mesma frase: “Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um”. Ele ora por dois atributos da igreja: santa e una; a comunhão (unidade) dos santos (santidade)

Unidade

A unidade é algo que Deus faz, mas que devemos nos esforçar para preservar. Essa unidade também é tanto presente (v. 22) quanto futura (v. 23). A Bíblia constantemente fala sobre coisas que já são, mas que ainda serão mais reais.

O padrão de nossa unidade é a unidade do Pai com o Filho. Porém, não podemos ser um da forma como Deus na sua natureza é um (Trindade ontológica), mas somos chamados para ser um assim como o Pai e o Filho agem em unidade (Trindade econômica).

A forma pela qual somos unidos é que a nossa vida vem de Cristo, a seiva que vem da videira e vai para todos os ramos. Nossa unidade é Cristo. Também somos chamados a crescermos em unidade. Mas não devemos confundir unidade com uniformidade. A beleza da unidade é que ela faz pessoas diferentes estarem em sintonia. Então, não tente conformar seus irmãos nos seus moldes. Há diversos dons na igreja.

Santidade

A igreja já é atualmente santa (santidade posicional), pois ela foi separada por Cristo para Deus, mas ela também está sendo santificada (santificação progressiva). Muitas vezes olhamos para nossas vidas e não enxergamos que estamos crescendo em santidade; e é por isso que precisamos de outros irmãos para nos ajudarem a ter uma visão mais realista sobre nós mesmos e a observarem os frutos da graça de Deus em nossas vidas. Precisamos ver nossas vidas sob a perspectiva de Deus, que vê a obra da salvação concluída em nossas vidas. Isso vai nos encorajar, pois sabemos onde chegaremos, assim como o corredor que vê a linha de chegada persevera em seu esforço.

Amor

Sendo assim, busque crescer em santidade e unidade na igreja pelo amor. O seu amor gerará amor. E pense em amor não só em sentimentos, mas em atitudes. Amor é sacrifício: Cristo amou tanto a igreja que se “entregou” por ela. A demonstração do amor de Cristo é a sua entrega. A demonstração do seu amor pela igreja será a sua entrega pelo bem dela.

Alexandre “Sacha” Mendes: a adoração da igreja

Alexandre "Sacha" Mendes 1 - Os fundamentos da adoração cristã - Êxodo 19

Hoje a adoração de muitos ou cai em uma rigidez fria ou uma forma casualidade desrespeitosa. O problema é uma visão deturpada de quem Deus é, de quem somos e de como ele se relaciona conosco. Êxodo 19 nos ensina para uma adoração correta nós precisamos conhecer (1) o CARÁTER santo de Deus; (2) a CONDIÇÃO do homem; (3) a COMUNICAÇÃO do mediador; e (4) as CARACTERÍSTICAS da aliança.

Leia o resumo

Adoração hoje: confusão de dois extremos

Conservadorismo “deísta”

• Ênfase na transcendência de Deus

• Busca por uma forma reverente e de rigidez litúrgica

• Relacionamento distante (quase nulo)

“Contemporaneísmo” pagão

• Ênfase na proximidade de Deus

• Busca por uma forma casual e “liturgic-free”

• Relacionamento superficial (quase nulo)

Onde está o problema?

Muitos possuem uma visão deturpada de quem Deus é, de quem somos e de como ele se relaciona conosco. Essa deturpação levará a uma adoração também deturpada.

A SOLUÇÃO: Voltemos às bases da revelação de Deus sobre Ele mesmo, sobre quem somos e como Ele se relaciona conosco. Romanos 15.4) nos diz que tudo que foi escrito foi para nosso ensino.

Êxodo

O livro do Êxodo estabelece os antecedentes teológicos de nossa adoração, ou seja, os fundamentos de nossa adoração.

O livro de Êxodo revela a pessoa de Deus, desde Sua santa presença na sarça ardente até Sua glória sobre o Tabernáculo.

Relata como Deus libertou Seu povo, estabeleceu uma aliança e habitou no meio dele.

Responde de forma bem elaborada uma pergunta específica: “Quem é o SENHOR…?”

“Respondeu Faraó: Quem é o SENHOR para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir a Israel.” (Êx 5.2)

Êxodo 1-15

Embora Faraó não conhecesse o Senhor, isso iria mudar:

Êxodo 6.7; 7.5, 17; 8.10, 22; 9.14, 16, 29; 10.2; 14.4, 18.

Havia um propósito claro para a destruição de Faraó e seu exército: “e os Egípcios saberão que Eu sou o Senhor.”

Por que Deus não libertou o povo de Israel de uma vez?

Cada milagre se tornou um pedaço de informação importante na auto-revelação divina;

Deus está Se revelando como Deus Soberano sobre todas as coisas! Portanto, o livramento é um processo porque cada etapa é uma faceta nova do conhecimento de Deus;

Êxodo 16-17

Mostra que o SENHOR cuida do povo: Maná e Codornizes (Êx 16); Água (Êx 17); Contra os inimigos (Êx 17).

Êxodo 19

O SENHOR se revela ao povo em uma aparição épica no Sinai (Ex 19.1-40.38; Levítico 1.1-27.34; Números 1.1-10.10)

 

Quais são os fundamentos da adoração ao Senhor?

1) O CARÁTER santo de Deus: Salvador (v. 4), Protetor (v. 4; cf. Dt 32.9-12), Santo, Fogo consumidor, Terror & Fascinação, Condescendente. Deus não é como você. Deus não é seu amiguinho invisível, seu terapeuta particular.

2) A CONDIÇÃO do homem: Frágeis, Pecadores.

No Sinai vemos o Deus transcende e santo no alto do monte e o povo no pé do monte, separado, alienado de Deus (vv. 13, 21 e 24) .

3) A COMUNICAÇÃO do mediador: Não é possível manter um relacionamento com Deus sem um mediador e é importante que o povo escutasse Deus falando a Moisés (v. 9), pois o papel do mediador é anunciar as Palavras de Deus e purificar o povo (vv. 9, 10).

• 3 – “Subiu Moisés a Deus… O SENHOR lhe chamou e disse:”

• 7 – “Veio Moisés… e expôs diante deles”

• 8: “…E Moisés relatou ao Senhor as palavras do povo.”

4) As CARACTERÍSTICAS da aliança

“Uma aliança é o meio pelo qual duas “entidades” entram num novo relacionamento um com o outro, ou de forma mais frequente, uma aliança eleva para algo mais íntimo e dinâmico um relacionamento que já existia” (Victor P. Hamilton).

Êxodo 19.4-8 traz os elementos abreviados de uma aliança completa:

• Prólogo histórico (v. 4)

• Estipulações gerais (v. 5)

• Bênção da obediência (vv. 5b-6)

• Aceite do povo (v. 8)

A aliança envolve um privilégio (propriedade de Deus), um chamado (reino e sacerdote) e um caráter (nação santa).

E você? Esses padrões ecoam por toda história do povo de Deus. Veja que tanto Êxodo 19.5, 6

quanto 1 Pedro 2.9 falam que o povo de Deus é sacerdócio real e nação santa.

Adoração Cristã: mesmo DEUS – Para a construção de uma visão adequada de adoração, você precisa entender quem Deus é!

Adoração Cristã: alienados de DEUS – “Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo”(Hebreus 3.12, 15)

Adoração Cristã: mediada por Jesus – Moisés nos apontava para alguém maior: “e a Jesus, o Mediador da nova aliança” (Hebreus 12.24). Não existe adoração verdadeira a Deus se não for mediada por Cristo Jesus!

Adoração Cristã: regida pela Nova Aliança – “Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.” (Hebreus 9.15)

Não existe adoração verdadeira a Deus se não for mediada por Cristo Jesus! Então, tudo que acontece no culto cristão deve nos levar a contemplar a face de Cristo, o qual nos leva ao Pai.

Assim adoramos: “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura. Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.” (Hebreus 10.19-25)

Alexandre "Sacha" Mendes 2 - “Em amor, luz e sabedoria” - Efésios 5.1-21

O adorar se torna semelhante aquilo que adora. Assim, o adorador cristão deve ser imitador de Deus e imitamos a Deus andando, como igreja, em amor, luz e sabedoria, e assim tornando o evangelho visível.

Leia o resumo

v.1 – O Salmo 115 mostra que nos tornamos semelhante aquilo que adoramos. Assim, o adorador deve ser também imitador de Deus. Como, então, imitamos a Deus? Andando em amor, luz e sabedoria.

Andando em amor (1-7)

O que está por trás do conceito de “andar”? O conceito hebraico de “andar”, que Paulo bem conhecia, é que sua essência toma a sua forma (Gn 2.14 – “rio corre”; 3.14 – “cobra rasteja”; 7.18 – “arca voga”; Ex 19.19 – “trombeta clangora”). Ou seja, o fato de você fazer parte da igreja pela qual Cristo morreu se manifestará pela forma que você ama.

O contrário de andar em amor é andar em impureza. A essência do amor cristão é abnegação, enquanto o da impureza a busca desenfreada pelo prazer próprio. Ninguém ama o próximo isolado em si mesmo, procurando seus próprios interesses. Precisamos ser uma comunidade onde impera o falar a verdade em amor e não conversas imorais.

Cabe ressaltar, que não somos salmos pelo modo como vivemos, mas o modo como vivemos mostra a nossa identidade. Se você está vivendo confortavelmente no pecado, então talvez sua identidade não esteja em Jesus Cristo. Mas se há luta contra o pecado, então há vida.

Andando em luz (8-14)

O nosso Deus é luz, então devemos andar na luz. Não devemos ser participantes com aqueles que estão nas trevas. Quem são os seus amigos? Não confunda mostrar a luz com estar associado com as trevas. A luz incomoda as trevas. Então se aqueles que andam em trevas estão confortavelmente ao seu lado, será que você tem sido luz ou cúmplice das trevas? As pessoas odiaram a Jesus pois amavam as trevas (Jo 3.19).

Andando em sabedoria (15-21)

A sabedoria não é resultado dos cabelos brancos, mas tempo de caminhada com o Senhor. Nossa vida passa muito rápida e somos chamados para remir o tempo e parar de desperdiçar o nosso tempo, pois isso não reflete o caráter diligente do nosso Deus. Não seja um jovem infantilizado. A recomendação de Paulo para Timóteo a fim de que ninguém desprezasse a sua mocidade era que ele fosse exemplar em amor, gentileza, fé e pureza.

A igreja torna o evangelho visível quando anda em amor, luz e sabedoria.

Mesa Redonda

Mesa Redonda 1

Perguntas:

• Existem várias denominações e doutrinas diferentes. A igreja é realmente uma?

• Permanecer na igreja ou lutar por mudanças? Quando sair de uma igreja?

• Qual a importância de ser membro de uma igreja?

• Grupos pequenos são algo bom?

• Quais são alguns exemplos práticos de como podemos amar a igreja?

• Precisamos participar de todas as atividades da igreja?

Mesa Redonda 2

• Se as mulheres não podem assumir o ministério pastoral, quais as atividades que ela pode exercer dentro da igreja?

• Se somos uma unidade de corpo e alma, qual a opinião de vocês sobre a frase “adoração que é adoração envolve expressão”?

• Qual a importância da liturgia em um culto? Quais os limites dos formatos de culto?

Citações

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