Um blog do Ministério Fiel
Pastoreando sabiamente as mulheres em sua igreja
Geralmente, há dois extremos que acompanham essa pergunta. O primeiro é o de um pastor que de modo descuidado vê o seu papel de pastor de mulheres como nada diferente do seu papel de pastor de homens. Esse é um pastor que pensa que as mesmas conversas diretas que ele tem com os homens na igreja podem ocorrer com as mulheres da mesma maneira. Essa mentalidade levou muitos pastores, vários que conheci pessoalmente, a perderem seus casamentos e ministérios porque eles se colocaram de modo insensato em posições comprometedoras com mulheres em sua igreja… com a pretensão de cuidar delas.
Há, no entanto, um outro lado, que é um extremo crescente especialmente entre pastores mais jovens. É o pastor que teme tanto a insensatez do primeiro extremo que ele negligencia completamente o cuidado pastoral das mulheres em geral em sua igreja. Motivados pelo medo ou não querendo fazer um esforço a mais para entenderem um certo tipo de mulher diferente de suas esposas, com a pretensão de serem “irrepreensíveis”, alguns pastores se enganam pensando que Deus não os responsabilizará pelas almas dessas mulheres confiadas ao seu cuidado.
Por causa desses dois extremos, a primeira coisa a estabelecer em um pastor que está pensando sabiamente em cuidar de mulheres na igreja é a necessidade de equilíbrio. Os parâmetros sábios, atentos, exigentes e equilibrados precisam estar no centro da abordagem de cada pastor. Então, aqui estão quatro sugestões que eu descobri serem úteis ao longo dos anos em evitar esses extremos, quando eu pessoalmente tento cuidar de mulheres na igreja, mas sendo muito sábio e ciente da chamada bíblica para ser irrepreensível:
1) A regra “idosa o bastante para ser sua avó”.
Eu me sinto livre para visitar sozinho uma viúva idosa em sua casa ou no hospital, se houver uma diferença grande de idade, mas não para visitar uma mulher necessitada, elegante e recém divorciada que tem a minha idade, o que eu JAMAIS faço sozinho! Seja sábio em não comprometer essa regra. Lembre-se, a regra é “avó”, não “mãe”.
2) Copie o marido da mulher e a sua esposa nos e-mails.
Acho que é perfeitamente aceitável se comunicar através de e-mails com mulheres na igreja. Muitas trocas de e-mail são somente questões administrativas (por favor, coloque o evento das nossas mulheres nos e-mails do tipo boletim). Ainda assim, se você pretende enviar qualquer e-mail para uma mulher na igreja, ou receber um que envolva qualquer assunto de natureza pessoal, a esposa do pastor e o marido da mulher podem ser copiados nele. Pode ser na seção (cc), assim todos os correspondentes podem ver o envolvimento dos cônjuges. Existem alguns assuntos de aconselhamento privado que impediriam que outra pessoa fosse copiada no e-mail, mas essa é uma boa prática em geral. Isso pode parecer tedioso, mas pode ser uma prestação de contas útil quando adequado.
3) Aconselhe com o marido da mulher ou alguém presente.
NUNCA aconselho sozinho uma mulher. Eu sei, isso soa extremo para alguns de vocês. Mesmo que haja uma janela de vidro entre nós e o secretário da igreja, não me encontrarei sozinho com outra mulher. Mas me encontrarei para aconselhar uma mulher com o seu marido presente. Isso tem dado bons frutos enquanto o marido aprende a cuidar melhor de sua esposa ao sentar-se e escutar. Além disso, muitas vezes o marido é parte do problema! Eu aprendi isso no meu próprio casamento. Algo que também aprendi é que, às vezes, uma esposa não fica confortável compartilhando algumas coisas com o seu marido na sala, razão pela qual outra mulher ou até mesmo outro pastor de confiança pode ser essa pessoa a mais na sala. Isso até se torna essencial para as lutas matrimoniais onde um marido é controlador e dominador e uma esposa tem medo de se expressar abertamente. Se eu estou tentando cuidar de uma mulher solteira, minha esposa é a minha escolha preferida como companheira de aconselhamento, mas estou aberto a permitir que outro líder ou amigo de confiança da mulher solteira esteja presente. Sou flexível, mas não aconselharei sozinho.
4) Encarregue o discipulado e aconselhamento de longo prazo a outras mulheres capazes.
Os pastores precisam lidar com assuntos pastorais com todos na igreja. No entanto, questões de longo prazo que exigirão anos de cuidado e discipulado deveriam ser repassadas a mulheres maduras, piedosas e capazes na igreja, que depois relatariam aos pastores o seu progresso, o que ainda permite algum tipo de supervisão pastoral e cuidado espiritual.
Bem, esta é a minha tentativa de equilíbrio.
Pastores, há algum conselho sábio que vocês têm a acrescentar para ajudar a alcançarmos esse equilíbrio?