Um blog do Ministério Fiel
Fidelidade na evangelização
“A palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada.” (1 Pe 1.25).
Não há outra entrada para o céu, exceto a estreita passagem do novo nascimento; sem santidade, ninguém jamais verá a Deus (Hb 12.14). Deus uniu a fé e o arrependimento para serem as duas facetas de nossa resposta ao chamado do Salvador, deixando bem claro que vir a Cristo é abandonar o pecado e renegar a impiedade. “Se falharmos em manter unidas estas coisas que Deus juntou, nosso cristianismo será distorcido.”[1] A fé salvadora, o arrependimento, o compromisso e a obediência são todas operações divinas, realizadas pelo Espírito Santo no coração daquele que é salvo. Não há obras humanas no ato da salvação. A salvação vem unicamente pela graça, mediante a fé (Ef 2.8). Sola Gratia e Sola Fide são dois dos pilares da Reforma. Entretanto, a verdadeira salvação não pode nem deixará de produzir obras de justiça na vida do verdadeiro crente. A obra de Deus na salvação inclui uma mudança de intenção, vontade, desejos e atitudes que produz inevitavelmente o fruto do Espírito.
Por que existem atualmente igrejas tão fracas? Por que tantas conversões são anunciadas e tantos membros arrolados às igrejas, e estas têm causado cada vez menos impacto sobre a sociedade? Por que não se pode distinguir muitos crentes dos incrédulos? Não é porque muitos chamam de crentes pessoas que na verdade não são regeneradas? Não será que muitos estão tomando forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder (2 Tm 3.5)?
Nem todo aquele que afirma ser crente o é na verdade. Jesus declarou em solenes palavras: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus (Mt 7.21). Incrédulos fazem falsas profissões de fé em Cristo, e aqueles que não são crentes verdadeiros podem iludir-se, pensando que estão salvos. O diabo tem produzido muitas imitações de conversão, enganando as pessoas, ora com isto, ora com aquilo. Ele possui tamanha habilidade e astúcia que, se possível, enganaria os próprios eleitos.
Este fato teria sido considerado como ponto pacífico, há algumas décadas; hoje, não mais. O barateamento da graça e a fé fácil em um evangelho distorcido estão arruinando a pureza da igreja. O abrandamento da mensagem do Novo Testamento trouxe consigo um inclusivismo putrefato que, com efeito, vê qualquer tipo de resposta positiva a Jesus como um equivalente para a fé salvadora. Os crentes de hoje estão dispostos a aceitar qualquer coisa, que não seja a rejeição aberta, como a autêntica fé em Cristo. O evangelicalismo moderno desenvolveu um território largo e notável, que abriga até aqueles cuja doutrina é suspeita ou cujo comportamento denuncia corações rebeldes contra as coisas de Deus.
O evangelho que Jesus pregou não fomentava esse tipo de credulidade. Desde o início de seu ministério público, nosso Senhor evitou adesões rápidas, fáceis ou superficiais. Sua mensagem resultou em mais rejeição do que em aceitação entre os seus ouvintes, pois recusava-se a proclamar palavras que dessem a qualquer pessoa uma falsa esperança. Suas palavras, voltadas sempre para as necessidades do indivíduo, nunca deixaram de fazer murchar a auto-justiça dos que O procuravam, ou de pôr à mostra segundas intenções, ou de alertar quanto a uma fé falsa ou a um compromisso superficial.[2]
Nas décadas recentes, tem surgido uma geração de cristãos professos cujo comportamento raramente se distingue da rebeldia em que vive o não-regenerado. Um desdobramento do Congresso Internacional de Evangelização Mundial (realizado em 1974, em Lausanne, Suíça) já apontava para esta realidade:
Da parcela de aproximadamente um bilhão de pessoas que compõe a população cristã do mundo, sabe-se que muitos ainda precisam ser evangelizados. São os cristãos nominais, que não se comprometeram com Jesus Cristo e não Lhe reconhecem as reivindicações sobre suas vidas.
Talvez haja centenas de milhões de cristãos nominais entre os protestantes de todo o mundo. É impossível obter dados precisos. Ao examinarmos a nossa tarefa, duas coisas se tornaram claras. Primeiro, estamos tratando de uma importante tarefa na evangelização do mundo. Segundo, estamos sendo desafiados pelo nosso próprio incipiente nominalismo e compelidos a examinar o nível de nosso próprio compromisso cristão.[3]
Este relatório demonstrava que nem tudo estava bem nas igrejas e denominações evangélicas. Por trás das fachadas dos brilhantes relatórios de crescimento e das estatísticas impressionantes, existia uma convicção de que a igreja carecia de poder em seu evangelismo. Ao mesmo tempo, nunca existiram tantas novas igrejas, tantas campanhas evangelísticas e tantos crentes estudando para o trabalho de evangelismo pessoal. Nunca se realizou tantas conferências e seminários em uma tentativa de exame sério das causas e curas no ministério do evangelho. Organizações denominacionais e interdenominacionais também se lançavam em campanhas procurando transcender as barreiras das denominações em esforços evangelísticos. A verdade, porém, é que estes esforços limitavam-se também por outras barreiras:
Tendo aceito a teoria de que unidade é uma máxima para o evangelismo em larga escala, tanto a igreja quanto o indivíduo são forçados a rebaixar o seu conceito do valor da verdade. Não podendo insistir em verdades bíblicas que venham a ofender outro irmão evangélico, temos de procurar o menor denominador comum a todos os crentes. Rotula-se, então, o resto da Bíblia como não essencial à evangelização, pois, afinal de contas, estima-se que a unidade entre os crentes é mais importante do que a exatidão doutrinária.
As sociedades interdenominacionais nunca param a fim de perguntar: O que é na realidade o evangelho de Cristo? Isto poderia trazer respostas incômodas, que feririam a outros; poderia condenar a maior parte de suas próprias mensagens e metodologia e trazer à baila uma gama de opiniões diferentes. Adotar a posição de uma igreja significaria perder o apoio de cinco outras, e então todo o sistema construído sobre a premissa de unidade desmoronaria.
A igreja local também se encontra impedida de especificar bem a verdade. Isto pode afetar a sua harmonia com a denominação ou com a associação. Definir o evangelho cuidadosamente (como apresentado na Bíblia) traria conflito com a organização de mocidade; ou talvez demonstre que as lições de escola dominical presentemente em utilização devam ser descartadas; ou mesmo que aquela campanha tenha de ser abandonada. Dar atenção ao conteúdo do evangelho pode significar atrito com outros evangélicos, e a premissa é que a unidade é chave de sucesso.[4]
Em todas as épocas e lugares, os servos de Cristo estão sob a ordem de evangelizar, ou seja, proclamar o evangelho. Nas páginas da Bíblia, a evangelização é algo que centraliza-se em Deus. A Escritura Sagrada exige que a evangelização seja da parte de Deus, por meio dEle e para Ele. (Rm 11.36). É triste dizer, mas grande parte da evangelização contemporânea é antropocêntrica, centralizada no homem.[5] Com excessiva frequência, as luzes da ribalta focalizam o evangelista, sua personalidade, eloquência, a arte com que ele dispõe os argumentos, a história de sua conversão, as dificuldades pelas quais passou, o número de pessoas que se converteram pelo trabalho dele e, em alguns casos, os milagres que alguns dizem que ele realizou. Às vezes, a atenção é posta nos que estão sendo evangelizados. Ressalta-se o grande número deles, o triste estado em que se encontram, exemplificado na pobreza, doença e imoralidade, sua suposta ansiedade pelo evangelho da salvação e, pior de tudo, fala-se do bem que existe neles e os capacita a exercitarem a fé salvadora, por sua livre vontade, embora não regenerada. E quantas vezes o bem-estar do homem, bem-estar terreno ou eterno é a única finalidade da evangelização!
Uma igreja sadia necessita ter entre suas características uma compreensão bíblica do evangelismo. Para todos os membros da igreja, mais particularmente para os líderes que têm o privilégio e responsabilidade de ensinar, uma compreensão bíblica do evangelismo é crucial. Naturalmente, isso precisa estar intimamente relacionado a outras compreensões bíblicas, como, por exemplo, a do evangelho e a da conversão. É óbvio que a maneira como alguém compartilha o evangelho está intimamente relacionada ao modo como ele o compreende. Quando o evangelho é redefinido como algo que significa pouco mais do que uma mensagem de auto-ajuda espiritual, e a conversão degenera-se de um ato de Deus para uma mera resolução humana, a compreensão e prática da evangelização terão suas conseqüências lógicas. Por outro lado, se a mente for moldada pela Bíblia no que concerne a Deus, ao evangelho, à necessidade humana e à conversão, uma correta compreensão do evangelismo fluirá naturalmente.
Quando alguém herda práticas e ensinamentos que presume serem corretos na prática da evangelização, talvez nunca pense em questionar a metodologia e a mensagem com a qual está acostumado. Entretanto, este assunto é sério e afeta cada um de nós. Essas coisas devem preocuparnos.
Lembro-me bem de quando li Evangelização e Soberania de Deus, de J.I. Packer.[6] Ele foi um instrumento usado por Deus para auxiliar-me no equilíbrio do conceito bíblico de evangelização. Eu havia assumido a Cadeira de Evangelismo em um seminário batista e deparava-me com o desafio de fornecer aos alunos um conceito adequado e, portanto, bíblico de evangelização. À época, eu pensava que os cristãos evangélicos não precisavam gastar tempo em discutir este assunto. Em vista da ênfase que os evangélicos sempre deram à primazia da evangelização, seria natural imaginar que todos fossem perfeitamente unânimes sobre o que ela significa. Eu estava errado! Logo entendi que reinava grande confusão acerca deste ponto. A raiz da confusão pode ser dita numa sentença. “Trata-se de nosso generalizado e persistente hábito de definir a evangelização não em termos de uma mensagem anunciada, mas de um efeito produzido em nossos ouvintes.”[7] Isto significa dizer que a essência da evangelização é produzir convertidos.
Isso, entretanto, não pode ser correto. A evangelização é uma obra do homem, mas a dádiva da fé pertence a Deus. É verdade, realmente, que cada evangelista tem por alvo converter os pecadores e que nossa definição expressa perfeitamente o ideal que ele deseja ver cumprido em seu próprio ministério; porém, a questão de ele estar ou não evangelizando não pode ser resolvida simplesmente pela pergunta: Meu ministério tem produzido conversões? Missionários entre os muçulmanos têm labutado durante a vida inteira sem ver qualquer convertido; deveríamos concluir que não estão evangelizando? Tem havido pregadores não-evangélicos através de cujas palavras (nem sempre compreendidas no sentido pretendido) algumas pessoas foram saudavelmente convertidas; deveríamos concluir que esses pregadores estavam evangelizando? Certamente a resposta é negativa em ambos os casos. Os resultados da pregação dependem não das vontades e intenções dos homens, mas da vontade do Deus todo-poderoso. Essa consideração não quer dizer que devamos ser indiferentes quanto a ver ou não os frutos de nosso testemunho em favor de Cristo; se não estiverem aparecendo os frutos, devemos buscar a face de Deus para descobrir o motivo. Essa consideração, todavia, significa que não devemos definir a evangelização em termos dos resultados obtidos.
Como, pois, deveria ser definida a evangelização? A resposta dada pelo Novo Testamento é muito simples. De acordo com o Novo Testamento, a evangelização consiste apenas na pregação do evangelho, as boas novas. É uma obra de comunicação na qual os crentes se tornam porta-vozes da mensagem sobre a misericórdia de Deus para os pecadores. Todos quantos anunciam fielmente essa mensagem, sob quaisquer circunstâncias, tanto em numerosa como em pequena reunião, em um púlpito ou em conversa particular, estão evangelizando. Visto que a mensagem divina tem por clímax o apelo da parte do Criador a um mundo rebelde, para que este se volte e deposite fé em Cristo, a entrega da mensagem envolve a chamada dos ouvintes à conversão. Se não estamos procurando obter conversões nesse sentido, não estamos evangelizando. Porém, a maneira de saber se alguém está evangelizando de fato não é perguntar se o testemunho está produzindo conversões. Pelo contrário, é perguntar se o pregador está proclamando fielmente a mensagem evangélica.[8]
Assim, pois, de acordo com a Bíblia, evangelismo consiste em apresentar as boas novas livremente, confiando a Deus a conversão das pessoas (At 16.14). Ao SENHOR pertence a salvação (Jn 2.9). Qualquer meio que utilizemos para forçar nascimentos espirituais será tão eficaz quanto Ezequiel tentando costurar os ossos secos ou Nicodemos procurando dar a si próprio um novo nascimento. E o resultado será semelhante. Se o número de membros de nossa igreja é notavelmente maior do que o número de presentes aos cultos, o que se entende por conversão? Que tipo de evangelismo tem sido praticado que resulta em tão grande número de pessoas com baixíssimo nível de envolvimento na vida da igreja e sem qualquer distinção dos incrédulos?
O pragmatismo tem afetado sensivelmente nossos conceitos, metodologias e práticas na evangelização.[9] “Pragmatismo é a noção de que o significado ou valor é determinado pelas conseqüências práticas. É muito similar ao utilitarismo, a crença de que a utilidade estabelece o padrão para aquilo que é bom. Para um pragmatista/utilitarista, se determinada técnica ou curso de ação resulta no efeito desejado, sua utilização é válida. Se parece não produzir resultados, então não tem valor.”[10] Algo é bom desde que funcione. Os pragmáticos, portanto, definem a verdade como aquilo que é útil, significativo e benéfico.
O pragmatismo como filosofia foi desenvolvido e popularizado no final do século passado. Conquistou a alma norte-americana e espalhou-se por toda a cultura ocidental. O mais alarmante, entretanto, é que um surto irresistível de pragmatismo veio a permear o evangelicalismo. E, arrastados na torrente pragmática avassaladora, as igrejas e seus líderes retiram a teologia do seu lugar de honra e, em lugar desta, entronizam a metodologia. Quando o pragmatismo se torna a filosofia norteadora da vida, da teologia e do ministério, acaba, inevitavelmente, colidindo com as Escrituras.
Livros e manuais que falam sobre Crescimento de Igreja hoje são best-sellers. Pastores e líderes estão famintos por livros que, de forma simples e prática, narrem o testemunho de líderes e outras igrejas que têm experimentado assombrosos crescimentos numéricos. Porém, de modo geral, nestes livros (bem como nos modelos e projetos por eles apresentados), sente-se falta de uma avaliação teológica dos modelos de planejamento estratégico empregados por essas igrejas e líderes. Atualmente, estão em voga as técnicas de crescimento de igreja que acriticamente absorvem a perspectiva antropológica moderna. Um exemplo: a antropologia adotada pelas correntes de planejamento estratégico está fundamentada na perspectiva de Rosseau, da bondade intrínseca do homem, levando-nos a acreditar que tudo se resolve com o método; homens bons com um método de desenvolvimento adequado significa sucesso garantido.
É sob essa luz que podemos entender a rejeição e o menosprezo da metodologia tradicional – especialmente, da pregação – em favor de novos métodos. Estes, supostamente, são mais “eficazes”, ou seja, atraem grandes multidões. O pragmatismo encara a pregação (particularmente, a expositiva) como antiquada. Proclamar de modo claro e simples a verdade da Palavra de Deus é visto como ingênuo, ofensivo e ineficaz. Além disso, grandes mudanças revolucionaram o culto de adoração das igrejas. Os cultos agora são planejados no sentido de serem mais “divertidos”, adicionados de grande dose de entretenimento. O entretenimento está rapidamente se tornando a liturgia da igreja pragmática.[12] A aceitação acrítica e a celebração efusiva de psicologia popular, técnicas de aconselhamento, exagerada ênfase em contextualização, receitas de auto-ajuda, princípios de propaganda e marketing, correntes de administração e controle de qualidade, teorias de crescimento de igreja e outras tendências indicam o crescente comprometimento da igreja com o pragmatismo. Sutilmente, em vez de uma vida transformada, a aceitação por parte do mundo e a quantidade de pessoas alcançadas ou presentes aos cultos vêm se tornando o alvo maior da igreja contemporânea.
A nova filosofia é objetiva: a igreja está competindo com o mundo. O mundo é hábil em captar a atenção e os sentimentos das pessoas. A igreja, por outro lado, tende a ser muito pobre na .venda. de seu produto. Portanto, o evangelismo deve ser visto como um desafio de marketing, e a igreja deveria colocar o evangelho no mercado da mesma forma que todas as empresas modernas colocam os seus produtos. Isso requer mudanças fundamentais. O objetivo de todo marketing é deixar o produtor e o consumidor satisfeitos; então, tudo o que tende a deixar o “consumidor” insatisfeito precisa ser jogado fora. A pregação, especialmente a que fala sobre o pecado, a justiça e o juízo, é confrontadora demais para ser verdadeiramente satisfatória. A igreja necessita aprender a .divulgar. a verdade de forma a divertir e entreter.[13]
Em suma, de forma indisfarçada, o que a nova filosofia está dizendo é o seguinte: a igreja tem sido muito antipática. A igreja pode e deve omitir, ou ministrar em doses homeopáticas, os elementos da mensagem bíblica que não se encaixam no plano promocional. O bom senso de marketing exige que o escândalo da cruz seja minimizado.
A filosofia contemporânea de ministério está apaixonada pelos padrões mundanos de sucesso… qualquer um que conhece as Escrituras [sabe que] critérios exteriores tais como afluência, números, dinheiro ou reações positivas jamais foram a medida bíblica de sucesso no ministério. Fidelidade, piedade e compromisso espiritual são as virtudes que Deus estima; e tais qualidades deveriam ser os tijolos com os quais se constrói uma filosofia de ministério. Isto é verdadeiro tanto para as igrejas grandes como para as pequenas. Tamanho não é sinônimo da bênção de Deus; popularidade não é barômetro de sucesso. Nas Escrituras, o sucesso exterior jamais é um objetivo digno de ser perseguido.
[Sucesso] não decorre de obtermos resultados a qualquer preço. O verdadeiro sucesso não é prosperidade, poder, proeminência, popularidade ou qualquer outro conceito mundano de sucesso. Sucesso genuíno é fazer a vontade de Deus apesar das conseqüências.[14]
Precisamos retornar à ênfase sobre a necessidade de sermos fiéis. Isso é de importância vital em nossos dias. Acima do sucesso, devemos almejar a fidelidade. Lembremo-nos de Noé. Ele é descrito no Novo Testamento como “pregoeiro da justiça”. Que tipo de sucesso ele teve? Se o avaliarmos pelos critérios das correntes pragmatistas contemporâneas, concluiremos que ele foi um evangelista antipático, repetitivo e fracassado. Quanto às conversões, exceto os de sua própria casa, ele não obteve qualquer sucesso. Porém, quando o Senhor voltar, não dirá: “Muito bem, servo bom e bem-sucedido”. Ele dirá: “Muito bem, servo bom e fiel”. Como alguém muito acertadamente já afirmou, no final, o que realmente será levado em conta não é o nosso sucesso, e sim a nossa fidelidade.
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- J.I. Packer, na apresentação do livro O Evangelho Segundo Jesus, John F. MacArthur, Jr., Editora Fiel, 1991, São José dos Campos (SP), p. 5.
- John F. MacArthur, Jr., O Evangelho Segundo Jesus, p. 41.
- Chamam-se Cristãos, a evangelização dos povos tracionalmente cristãos – relatório da consulta sobre a evangelização mundial (Miniconsulta sobre a Evangelização de Cristãos Nominais entre Católicos e Protestantes), realizado em Pattaya, Tailândia, em junho de 1980, sob o patrocínio da Comissão de Lausanne para a Evangelização Mundial. ABU Editora e Visão Mundial, 1984, pp. 9 e 53.
- Walter J. Chantry, O Evangelho de Hoje: Autêntico ou Sintético?, Editora Fiel, 1986, São José dos Campos (SP), pp. 10, 11.
- R.B. Kuiper, Evangelização Teocêntrica, Shedd Publicacoes, 1976, São Paulo (SP), p. 221.
- J.I. Packer, Evangelização e a Soberania de Deus, Cultura Cristã, 1990, São Paulo (SP), p. 85.
- Idem, p. 28.
- Ibid., pp. 30, 31.
- Recomendo a leitura de Com Vergonha do Evangelho, Quando a Igreja se torna como o Mundo, John F. MacArthur, Jr., Editora Fiel, 1997, São José dos Campos (SP), p. 287.
- John F. MacArthur, Jr., Com Vergonha do Evangelho, pp. 6, 7.
- Ibid., p. 7.
- Ibid., p. 13.
- Ibid., pp. 19, 20.
- Ibid., p. 26.