Um blog do Ministério Fiel
Amando Jesus, a igreja e seu marido como esposa de pastor
Uma análise do livro A Esposa do Pastor por Gloria Furman[i]
Quando Mez me deu este livro para ler, eu estava em dúvida sobre o quão útil seria. Eu já li livros assim e às vezes eles são realmente adequados para aqueles que pastoreiam nos Estados Unidos. Muitas vezes é difícil ver a relevância para as esposas dos pastores aqui no Reino Unido[ii], apesar do conteúdo bíblico. No entanto, eu realmente gostei deste e fui encorajada ao lê-lo. Gostei do jeito que Gloria usa exemplos de sua vida no exterior e alguns dos diferentes desafios que isso traz. Ela divide o livro em três seções, a primeira das quais é “Amando o Supremo Pastor”. Nestes capítulos, Gloria lembra às leitoras que, como esposas de pastores, precisamos amar principalmente a Cristo, e que “nossa identidade em seu nível mais básico e fundamental, é que estamos ‘em Cristo’” (pág. 29). É claro que isso é verdade, quer você seja ou não esposa de pastor, porém é um lembrete útil, porque muitas vezes podemos perdê-la de vista. Esses capítulos iniciais lançam as bases para o restante do livro.
A seção intermediária do livro concentra-se em nossa responsabilidade para com nossos maridos, com base em Provérbios 31.12: “Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida”. Ao longo desses capítulos, Gloria usa sua própria experiência e compartilha abertamente a respeito de como ela tenta apoiar e encorajar melhor seu próprio marido. Pessoalmente, achei esses capítulos encorajadores e isso me fez pensar em como eu posso apoiar melhor, orar e encorajar Mez. Ela também menciona o grande privilégio que é ser casada com um pastor. Eu tenho que admitir que houve muitas vezes nas quais eu não vi o meu papel dessa forma, então me senti desafiada a lembrar disso, particularmente em períodos de intensa atividade, cansaço ou estresse.
A seção final é toda sobre amar a igreja. Ela gasta algum tempo colocando o fundamento bíblico para a igreja e faz a pergunta “O que é a igreja, afinal”? Ela responde assim: “A igreja não é um clube, uma organização ou uma entidade sem fins lucrativos. A igreja não diz respeito só a um culto no domingo de manhã. A igreja é um povo reunido, que existe pela graça de Deus, para revelar a glória de Jesus e testemunhar de sua bondade e de como é a sua obra de trazer todos os filhos pródigos de Deus para casa”. (pgs. 117,118) Toda vez que leio ou ouço um sermão sobre a igreja, nunca deixo de me surpreender em que seja assim que Deus tenha escolhido mostrar a sua glória. Isso é particularmente verdadeiro quando penso em nossa pequena igreja de desajustados em um conjunto de moradia popular em Edimburgo. Às vezes eu olho em volta em um domingo e penso, “Uau, como, na terra, podem todos esses indivíduos completamente diferentes estar juntos em uma mesma sala”? Só pode ser por causa de Cristo, e isso fala muito para aqueles que ainda estão para ser salvos. Os dois capítulos finais são sobre como usar os dons que Deus lhe deu e lembrar que ele vai sustentá-la quando você se sentir sobrecarregada pela tarefa à frente.
Gloria conclui o livro apontando as leitoras para a eternidade: “Na verdade, cada uma de nós foi dotada para servir como parte da noiva de Cristo, a igreja. Mas não estamos obcecadas com as coisas de Jesus, e sim com o próprio Jesus. Visto que ansiamos pelo nosso noivo celestial, não ficamos no altar admirando o laço de nosso vestido de casamento; observamos as portas com grande expectativa pela chegada de Jesus”. (pg. 154). Eu incentivo fortemente qualquer esposa de pastor que esteja se sentindo sobrecarregada, desencorajada ou que perdeu o amor de servir a Jesus a fazer uma boa leitura deste livro.
[i] N. do T. – Essa tradução cita as referências considerando a versão do livro em Português, lançado pela Editora Fiel.
[ii] N. do T. – Embora esse artigo considere os contextos dos Estados Unidos e do Reino Unido, nós, do Voltemos ao Evangelho, o consideramos relevante também para o contexto Brasileiro.