Um blog do Ministério Fiel
20 citações de Aconselhando uns aos outros, de Edward T. Welch
Aconselhando uns aos outros, de Edwart T. Welch, é um livro de aconselhamento pequeno no tamanho mas grande em sua preciosidade para a igreja de Cristo. Posso afirmar que foi uma das melhores leituras que já fiz na vida por conta de sua clareza e praticidade acerca de como lidar com o aconselhamento mútuo, algo difícil e negligenciado muitas vezes em nossas igrejas locais. O pequeno e grande livro é dividido em oito lições, e foi elaborado de tal forma que fosse lido em voz alta e em grupo, não precisando que todos os presentes tenham lido de antemão. Os estudos em grupo deste livro com certeza ajudarão, de acordo com as palavras do próprio autor, “a moldar a cultura de sua igreja de modo que o aconselhamento e o cuidado mútuo da alma se tornem características naturais da vida diária do corpo.” Faça um favor a si mesmo e a igreja local que congrega e indique este livro aos seus pastores para que ele seja lido e estudado por toda a igreja.
Deixo aqui 20 citações:
1. “Como temos uma longa lista de nossos próprios problemas, podemos facilmente achar que é melhor deixar o cuidado com os outros a cargo daqueles que são mais qualificados. Mas o reino de Deus opera de maneiras algumas vezes inesperadas para nós. Aqui, os fracos e humildes são aqueles que fazem o trabalho pesado do cuidado pastoral” (9)
2. “Esta é uma maneira de pôr a humildade em ação: peça a alguém para orar por você. Deus estabeleceu seu reino na terra de tal modo que nós temos de pedir ajuda. Nós pedimos ajuda ao Senhor e também a outras pessoas. Até que o vejamos face a face, Deus opera por meio de seu Espírito e de seu povo.” (13)
3. “ “Se não sabe como orar, peça a outros que ajudem você a estabelecer conexão entre suas necessidades e a Palavra de Deus. A vontade de Deus é que peçamos ajuda tanto a ele como a outras pessoas. Quando agimos assim, damos um passo importante para nos tornar aptos a ajudar os outros, pois os melhores auxiliadores são os necessitados e humildes. E, ao longo do caminho, abençoamos nossa comunidade e influenciamos os outros para que também sejam necessitados, francos e vulneráveis.” (15)
4. “Os reis recebem pessoas. Eles consentem em dar a você uma audiência de cinco minutos, ao fim dos quais você deve retirar-se. Os reis não aparecem na sua casa nem alteram sua rota para ajudar você. Mas tudo muda quando o rei Jesus vem. Esse rei deixa os aposentos do palácio e vai encontrá-lo.” (18)
5. “Com muita frequência, silenciamos diante dos problemas dos outros. Silenciar é o mesmo que virar as costas.” (19)
6. “O coração pode ser encoberto e difícil de conhecer. Preferimos esconder os pensamentos menos atraentes que há nele, assim como algumas de suas feridas. Mas, quando nos dispomos a ser um pouco mais vulneráveis e outras pessoas tratam nosso coração com cuidado, descobrimos que o fato de conhecermos e de sermos conhecidos faz parte do que foi planejado para nós.” (24)
7. “O Senhor nos ouve no pleno sentido do termo. Ele ouve e age. Ele nos convida a falar e responde com compaixão, com lembretes de sua fidelidade no passado e com a certeza de suas promessas.” (25)
8. “As pessoas exercem o impacto mais óbvio em nossa vida. Podemos ser paupérrimos, mas julgamos a vida por nossos relacionamentos. Quando temos a riqueza de bons amigos e família, a vida é bela. Quando estamos isolados e solitários, não há dinheiro que possa compensar tamanho sofrimento. Quando somos rejeitados ou abusados, parece que as consequências desses abalos não têm fim. Nossos relacionamentos nos abençoam, e também nos amaldiçoam.” (35)
9. “ “Não negamos os sofrimentos da vida. Em vez disso, desejamos falar a esse respeito ao Deus que ouve, lembrar suas promessas e seu amor fiel e crescer em confiança nele.” (42)
10. “Talvez pensemos que o verdadeiro auxílio vem por meio de novos e dramáticos insights; apesar disso, na maioria das vezes, tende a vir das maneiras mais comuns. O auxílio vem por meio de nosso envolvimento pessoal uns com os outros, de nosso foco em Cristo e da oração.” (43)
11. “Nos alegramos com os que se alegram e choramos com os que choram (Rm 12.15) porque, quando assim agimos, refletimos o caráter de Deus.” (46)
12. “Uma das revelações mais chocantes do caráter de Deus ocorre quando, em resposta às afeições oscilantes de Israel, o Senhor diz: “Meu coração está comovido dentro de mim, as minhas compaixões, à uma, se acendem” (Os 11.8). Um coração “comovido” não é um coração que abandona. Isso significa que o coração de Deus é poderosamente movido e despertado em favor de seu povo. Deus é movido por seu povo; nós também desejamos ser movidos pelas alegrias e sofrimentos daqueles a quem amamos. Quando pensamos no fato de que Deus é movido por nós, esperamos nos tornar ainda mais sensíveis em relação às outras pessoas.” (50)
13. “Sofrimento e aflições estão por toda parte e, em contrapartida, a Escritura fala às nossas tribulações em praticamente cada página.” (51)
14. “As coisas não são exatamente o que parecem. Embora nossos sentidos nos digam que estamos sozinhos, o Senhor está lá e, por ser ele a fonte da vida, vida brotará até mesmo de uma terra morta. É nesse deserto que a água sai da rocha e o maná aparece a cada manhã.” (53)
15. “Uma vez que nosso Rei foi conduzido a lugares desolados, podemos estar certos de que também nós, que seguimos o Rei, seremos levados a aflições.” (55)
16. “A Escritura — a comunicação pessoal de Deus conosco — fala conosco em nossa miséria. Embora ela possa não identificar a exata natureza de nosso deserto, uma vez que tenhamos identificado nossas batalhas específicas como sofrimento, a Palavra de Deus tem muito a dizer.” (56)
17.“Seja qual for o pecado que veja nos outros, uma breve investigação geralmente revelará que você também está vulnerável ao mesmo tipo de pecado. Sua versão pode parecer diferente, mas procede dos mesmos desejos transgressores.” (65)
18. “O pecado sempre diz respeito a Deus, quer estejamos cônscios disso, quer não. Ele está inclinado à independência. Quando ficamos irados, nossa ira não é conscientemente sobre Deus, mas é sobre Deus (Tg 4.1-4). Mesmo nossas reclamações e murmúrios são sobre Deus, pois dizem: “O que fizeste por mim recentemente?”. Isso é fazer pouco-caso de Deus (Nm 14.11).” (66)
19. “Nosso Pai é simplesmente inclinado a perdoar. Isso o distingue de todos os deuses inventados de toda a humanidade. Ele está ávido para nos perdoar diante do menor sinal de que reconhecemos nosso pecado e culpa (Jr 3.3).” (67)
20. “Como seus filhos, abrimos nosso coração ao nosso Pai e permanecemos no firme fundamento de Jesus, o qual é nossa paz, aceitação e poder. Isso nos reconduz ao princípio. Para edificar sua igreja, Deus usa pessoas comuns, com suas conversas cada vez mais sábias, espontâneas e dependentes de Deus. Essas conversas não dependem de nosso brilhantismo para se revelar úteis; elas dependem de Jesus, de seu poder, de nossa fraqueza e de nossa humilde resposta a ele.” (73)