Chegou a hora de valorizarmos o culto público

Com a pandemia do COVID-19 e as medidas de precauções adotadas para evitar-se a proliferação do contágio, temos visto o dilema das igrejas que estão suspendendo seus cultos. A suspensão divide opiniões: Uns acham falta de fé. Outros prudência. A Escritura condena a falta de fé, mas louva a prudência. Não é uma decisão das mais fáceis, e isso tem preocupado diversos pastores e conselhos.

Acredito que a suspenção é o caminho da prudência e o texto que me salta aos olhos é Provérbios 27.12: “O prudente percebe o perigo e busca refúgio; o inexperiente segue adiante e sofre as consequências”. Precisamos pensar no outro e buscar amar na prática. O COVID-19 não tem uma taxa de mortalidade muito alta. Ele gera problemas respiratórios e sintomas gripais que passam em poucos dias para boa parte dos infectados. Mas lembre-se: há grupos de risco, como idosos e pessoas com baixa imunidade. E como o contágio está se proliferando ligeiro, tais grupos podem ser atingidos de forma letal. Assim sendo, tomar as medidas de higiene, evitar aglomerações, usar máscaras e etc, podem ser coisas que fazemos pensando no outro. Você pode não ser público vulnerável, mas isso não deve fazer com que você se descuide. E daí, a suspensão dos cultos pensando no nosso próximo se enquadra nesse raciocínio.

Mas, se a igreja fecha as portas o que fazer? Há muito estímulo para transmissão on-line. Hoje nós temos esse recurso das mídias sociais e de um simples aparelho celular dá para transmitir louvores e uma palavra bíblica para que os membros da igreja possam ser edificados. Agora uma coisa seja dita: Transmissão de mensagem bíblica pela internet não é o culto público. Logo, a expressão tão disseminada “culto online” deveria ser evitada.

O culto público requer a congregação junta no nome e na presença de Cristo. Os remidos reunidos em adoração ao Trino Deus é o que faz do culto um meio de graça que o próprio SENHOR usa para moldar nossa vida. A adoração comunitária é aquela que tem por objetivo formar a nossa adoração individual. Por isso, não pode haver um culto online.

Acredito que o que estamos vivenciando é uma oportunidade para darmos valor ao culto público, isto é, o ato de congregarmos, de caminharmos juntos como um corpo. As transmissões online podem ser feitas e sugiro que o tema das mesmas sejam a necessidade que cada cristão tem de cultuar uns com os outros. Imagine se uma perseguição religiosa determinasse que as igrejas não poderiam mais ter suas reuniões de adoração? Pense no imenso grupo de cristãos que vivenciam isso em países onde tal perseguição não é hipotética. Agora pense que domingo após domingo nós temos a liberdade de congregar e muitas vezes o negligenciamos. Meus irmãos, chegou a hora de valorizarmos o culto público.

Oremos para que essa pandemia passe de uma vez. Que as igrejas possam orar com maior intensidade. E passado todo esse alvoroço, não esqueçamos de como seria ruim um ambiente cristão furtada a liberdade de cultuarmos publicamente. Nosso país carece de um avivamento. Na verdade, o mundo inteiro precisa. Ambientes de crise já foram usados por Deus para despertar a igreja e avivar a Sua obra. Não vamos desperdiçar essa crise promovendo a histeria e a paranoia. Vamos tirar bom proveito, intensificando a nossa adoração pública e, também, privada.

Por: Thiago Oliveira. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados. Original: Chegou a hora de valorizarmos o culto público.