Um blog do Ministério Fiel
Pornografia e a resistência ao poder da tentação
Transcrição do áudio
Em 1º de abril de 2001, o pastor John Piper pregou um sermão na Bethlehem Baptist Church em Romanos 7. A mensagem foi intitulada “A Importância de Conhecer Nosso Pecado”. Se Paulo argumenta que precisamos conhecer o poder do pecado, logicamente fazemos a seguinte pergunta: Isso significa que precisamos experimentar o pecado para nos familiarizarmos com o poder do pecado? Nesse sermão em 2001, o pastor John Piper respondeu à pergunta de forma negativa, e ele fez isso com uma parábola sobre resistir à tentação. Aqui está o que ele disse.
Parábola da pornografia
Não experimente o pecado para conhecer o pecado. Existe uma maneira melhor. Deixe-me usar uma parábola para mostrá-la. O que estou fazendo aqui é responder à pergunta: “Você não precisa ser pecador – quero dizer, pecar – para conhecer o pecado como deveria?” Bem, isso não é um problema.
Era uma vez três homens, diante de um poço. O poço é o poço da luxúria. (Vou falar sobre homens.) Amarrado à cintura deles, há um cordão, um cordão que resiste a até cem quilos. O cordão desce no poço. O poço parece muito atrativo e é mortal. Existem cobras no fundo do poço. É o poço da luxúria, o poço da pornografia, o poço da nudez na internet. Está a um click do mouse de distância. O primeiro homem começa a sentir o cordão puxando-o em direção ao poço, e ele resiste.
Dez quilos, quinze quilos, vinte quilos. Ele crava seus calcanhares no solo.
Trinta quilos. Ele diz: “Não!”
Trinta e cinco quilos. Ele estica o cordão, mas desiste de resistir, pula na cova.
Click.
O segundo homem começa a sentir o cordão puxando-o pela cintura.
Cinco, dez, quinze, vinte, vinte e cinco, trinta quilos. Ele crava seus calcanhares no solo, resiste. “Não!” ele diz.
Quarenta, quarenta e cinco, cinquenta quilos. “Não!” Ele se inclina para trás, começa a esticar, o cordão prende sua respiração.
Cinquenta, cinquenta e cinco quilos. “Não!”
Sessenta quilos. Ele para de resistir, pula para dentro do poço.
Click.
O terceiro homem começa a ser puxado.
Cinco, dez, quinze, vinte e cinco, trinta quilos. Ele crava seus calcanhares no solo, resiste. “Não!”. Ele grita. “Não!”
Quarenta, quarenta e cinco, cinquenta quilos. O cordão começa a apertar, sua respiração está sendo cortada. “Não” Ele se recosta, grita por socorro. “Socorro!”
Ele vê um galho e o agarra. O ramo tem a forma de uma cruz.
Sessenta e cinco, setenta quilos.
E do outro lado do campo – em sua mente, como através de uma névoa – ele vê sua esposa em suas ocupações, ela confia nele. Do outro lado, ele vê seus filhos brincando alegremente e, em seus corações, admirando-o.
Então ele levanta os olhos para o horizonte, e vê Jesus com um grande corte no lado, e suas mãos são levantadas, seus punhos firmes e há um grande sorriso em seu rosto.
Oitenta e cinco, noventa quilos, e o cordão começa a cortar o seu lado. “Não!” E ele olha para cima.
Noventa e cinco, cem quilos. Ouve se o estalo do cordão se rompendo!
Sem click.
Resistir significa derramar sangue
Agora, aqui está minha pergunta: qual desses três homens conhece o poder do pecado? Se este fosse um sermão sobre luxúria, eu levantaria minha voz neste momento daria uma olhada geral para esta congregação e gritaria:
Há algum soldado aqui? Alguém tem sangue na camisa? Mostre-me algumas cicatrizes antes de falar sobre o poder do pecado. Não me mostre seus tornozelos quebrados no fundo do poço. Eu quero ver sangue
Mas não é um sermão sobre luxúria, então vou pular isso e voltar ao ponto.
Tudo o que estou fazendo com essa pequena parábola é responder à pergunta: “Você precisa pecar mais para saber como é realmente pecador?” E a resposta é: “Não, você não precisa.” De fato, os fracos que cederam com trinta e cinco e sessenta quilos, eles não sabem. Eles acham que sabem. Eles chamam de “escravidão”. Eles até usam palavras como “cair”. Você notará que eu não usei a palavra “cair”. Eu disse “pulou”. Você não caiu, você pulou. Você pulou com trinta e cinco quilos e não tem uma cicatriz no corpo.