Um blog do Ministério Fiel
A data do nosso casamento está marcada, por que não fazer sexo agora?
Transcrição do áudio
Bem-vindo de volta ao podcast John Piper Responde, com o autor e pastor de longa data John Piper. O próximo e-mail chega de uma ouvinte perguntando o seguinte. “Olá, pastor John, você casaria um casal que já mora juntos? Como você reagiria a um grupo de líderes cristãos professos que ensinam ou sugerem que não há problema em casais morarem juntos e praticarem sexo, já que a data do casamento está definida”?
Não é bom que os casais façam sexo fora da aliança do casamento – já tendo se comprometidos ou não. Não está tudo certo – estando a data do casamento marcada ou não.
Planos não são votos
Não está tudo certo em fingir que definir a data do casamento é o mesmo, aos olhos de Deus, que fazer os votos de casamento na presença do povo de Deus com as sanções culturais simbólicas – anéis, votos, pronunciamentos e certidões. É mero pragmatismo carnal tratar a intenção de se casar da mesma forma que se casar. Deixe-me dizer isso de novo. É apenas um pragmatismo carnal e mundano tratar a intenção de se casar da mesma forma que se casar. Eles não são a mesma coisa.
As relações sexuais são uma consumação sagrada física, mental e espiritual, dos maravilhosos votos sagrados feitos diante de Deus, em um momento em que o próprio Deus realmente une duas pessoas em uma só carne. Ele não realiza isso em momentos aleatórios durante o noivado. As pessoas precisam aceitar o que Deus uniu. Quando isso acontece? “O que Deus ajuntou não separe o homem” (Mc 10.9).
Isso acontece na constituição de um voto resoluto de aliança, que é permanente – “para o melhor ou para o pior” e “até que a morte nos separe”. Essas não são palavras vazias, sem sentido, firmadas para dormir juntos por seis meses. Deixe-me dar algumas razões bíblicas para eu dizer isso.
O sagrado leito do Casamento
Em Mateus 1.18-22, Maria e José estão noivos. Quando Maria descobre que está grávida, José não tem dúvidas sobre o que aconteceu. Ela esteve com outro homem, e ele vai romper com ela. Você vê o que isso implica: nunca lhe ocorreu que a criança pudesse ser dele. Eles não estavam dormindo juntos.
Vocês não dormem juntos quando estão noivos e tentando viver à maneira de Deus no o Antigo e no Novo Testamentos. Maria e José eram virgens. Eles não estavam fazendo sexo. Isso fazia parte do que significava ser José um homem justo. Você não é um homem justo se você se apegar ao pragmatismo mundano de economizar dinheiro em aluguel e pularem para uma cama juntos. Isso não é ser um homem justo. É ser um homem fraco, com poucos princípios bíblicos.
Essa era a expectativa da comunidade judaica enraizada na palavra de Deus no Antigo Testamento, onde as relações sexuais estavam vinculadas ao casamento, como o sétimo mandamento deixa claro. Essa é a primeira coisa – o exemplo de José e Maria.
Sexo é para o casamento
Aqui está a segunda observação. Primeira Coríntios 7 é crucial. Especialmente, 1 Coríntios 7.2 é essencial, juntamente com o versículo 36. Paulo disse: “por causa da impureza” – você pode traduzir isso como fornicação – cada um tenha a sua própria esposa” – e não uma parceira prometida – “e cada uma, o seu próprio marido” (1Co 7.2).
Em outras palavras, o remédio de Paulo para o desejo sexual de um casal não é o noivado, onde vocês dormem juntos por alguns meses antes do casamento. O remédio dele é o casamento. Ele é ainda mais claro em 1 Coríntios 7:36, que diz: “Entretanto, se alguém julga que trata sem decoro a sua filha, estando já a passar-lhe a flor da idade” – literalmente virgem – “e as circunstâncias o exigem, faça o que quiser. Não peca; que se casem”.
Agora, isso é extremamente relevante para os nossos dias. Paulo está lidando, aqui, com casais que estão tentando ser sexualmente adequados e castos sem se casarem. Então, ele reconhece que, em alguns casos, esse desejo sexual torna isso altamente improvável. Ele admite e diz: “Vão em frente, casem-se. Não comprometam sua conduta. Não durmam juntos; casem-se. Não é pecado se casar”.
A suposição por trás de todo o capítulo é que a relação sexual durante o noivado é pecado. Essa é a proposição do capítulo. Casamento não é noivado. A entrada sagrada que Deus estabeleceu para a união em uma só carne, é o casamento. As relações sexuais são a consumação desse compromisso matrimonial. Foi assim que Deus planejou que fosse.
O sexo não é uma válvula de alívio para o desejo ou um mero prazer para um amante dedicado. O sexo é – e eu vou dizer isso tão enfaticamente quanto eu puder (esse é o significado, esta é a definição, essa é a realidade das relações sexuais humanas) – o sexo é, por desígnio de Deus, a consumação da aliança sagrada, de Deus, no casamento. Qualquer outra forma de sexo é uma prostituição da criação de Deus.
Deus une-se ao casal, e une- se a eles no casamento. Parte dessa união é o voto sagrado de estabelecer o relacionamento da aliança. Parte disso é a consumação subsequente na união sexual.
A Bíblia não reconhece o uso legítimo das relações sexuais, exceto como uma expressão da aliança do casamento – não importa o quão louco nosso mundo moderno tenha se tornado e o que quase toda a mídia e entretenimento tenham mostrado.
O casamento deve ser público
Eu apenas acrescentaria, muito brevemente, que o casamento é uma realidade pública. Ou seja, um homem casado deve ser conhecido como homem casado e uma mulher casada deve ser conhecida como mulher casada. Isso é verdade porque o casamento muda para sempre como o homem se relaciona com outras mulheres e como a mulher se relaciona com outros homens. Portanto, ele precisa ser conhecido.
Isso é verdade porque em todas as culturas há implicações legais inevitáveis do casamento – por exemplo, direitos dos pais, direitos de propriedade, heranças. Portanto, o ato de entrar em um estado civil é um ato público. Ou seja, precisa de reconhecimento legal e público.
Diferentes culturas lidam com isso de maneiras diferentes. Não estou discutindo a respeito de como as diferentes culturas fazem isso. Um casal cristão humilde (isso é relevante para a nossa cultura) que quer ser bíblico deve estar ansioso para usar as formas culturais e legalmente designadas de realizar as solenidades e legalizar sua união de aliança. A essência deste evento é a promessa, os votos, diante de Deus, de ser uma esposa fiel e um marido fiel “até que a morte nos separe”.
Em vista de tudo isso, a última coisa que um casal cristão desejaria fazer é isolar o sexo de seu belo lugar e significado da aliança no centro da aliança do casamento. Eles não vão querer fazer isso. Eles não vão querer tirar e isolar o sexo desse contexto. Eles levarão todo ato de autocontrole sexual antes do casamento como uma exaltação da preciosidade, da beleza e do significado desse ato como a consumação do compromisso da aliança no casamento.
Eles despertarão ciúmes, ao dar um belo exemplo para seus colegas, para as crianças que estão assistindo e para os adolescentes ao redor, que estão presenciando a cerimônia, saberem que o que eles fazem mostra que as relações sexuais pertencem ao casamento. Eles vão querer testemunhar, com suas vidas, que Deus criou esse belo presente e o colocou exatamente onde ele sabia que deveria estar. O lugar mais gratificante, mais frutífero, mais bonito e que mais honra a Deus é o casamento. Portanto, cristãos não dormem juntos antes da noite de núpcias.