Jesus restaura a justiça e a honra de mulheres injustiçadas

Muitas vezes, nós mulheres, temos a tendência de buscarmos por respostas práticas, rápidas e eficientes às demandas que temos em nossas vidas.

A demanda social da mulher moderna tem sido por espaço e valor, tanto no ambiente de trabalho, quanto na sociedade em geral e até mesmo na igreja.

E na busca por respostas, uma geração de mulheres cristãs, tem se apoiado em movimentos seculares que dizem lutar pelo espaço e pelos direitos das mulheres. O resultado disso tem sido uma bagunça!

Na nossa sede por autojustificação, olhamos para essa causa e pensamos: “Uau, que bom que tem um grupo lutando pelos meus direitos, lutando pelo meu lugar e pela minha dignidade…”. E assim, muitas mulheres são fisgadas por pensamentos do mundo, não se preocupando com os princípios em jogo por trás desses movimentos.

É necessário dizer que você, mulher, não precisa de nenhum movimento social, político ou de qualquer categoria mundana para encontrar o seu valor e o seu lugar na sociedade. A Bíblia, a Palavra de Deus, é suficiente para todas as respostas de qualquer demanda em sua vida e ela te garante dignidade, honra e amor.

Deus ama as mulheres e desde o início as criou, não para serem acessórios, não para serem marginalizadas, não para serem discriminadas, mas para serem protagonistas da história, assim como os homens.

Criada em Genesis como auxiliadora, a mulher não foi diminuída, mas veio para complementar aquele que precisava de auxílio, para ajudar aquele que precisava de ajuda e que, segundo Deus, não estava bem sozinho. A mulher desde o início é necessária, imprescindível e importante.

Ao longo do Antigo Testamento, temos vários relatos preciosos em que, a mulher foi parte fundamental do contexto. Mulheres de destaque como Débora, que ocupou o lugar de juíza de Israel, e mulheres que não tiveram tanta proeminência, mas tiveram extrema relevância, como a menina serva da mulher de Naamã, que ajudou na cura do comandante.

Ainda no antigo testamento tivemos mulheres que fizeram diferença e foram, por exemplo, protagonistas do direito, como as filhas de Zelofeade (Nm 27) que adquiriram direito à propriedade, antes exclusiva aos filhos homens. Deus conferiu a elas justiça e equidade.

Assim, toda essa época foi marcada por mulheres que trouxeram esperança, que geraram vida, que sustentaram e trouxeram livramento e que fizeram diferença mudando uma história. A mulher era necessária e valorizada por Deus e seu valor era reconhecido pelos homens, uma mulher sábia era mais preciosa que rubis (Pv 31.10).

Mas o que aconteceu para que, quando chegamos ao novo testamento, Jesus precisou resgatar a honra e a dignidade das mulheres? Como esse quadro mudou?

Entre o antigo e o novo, as mulheres perderam tudo

É preciso nos lembrarmos que entre o antigo testamento e o novo testamento, muita coisa aconteceu.

O pensamento greco-helenistico aflorou e muita filosofia foi gerada, muitos pensadores surgiram e muitas coisas aconteceram que fizeram com que a visão sobre a mulher fosse deturpada.

A sociedade foi contaminada por pensamentos mundanos e se desviara completamente dos desígnios de Deus para o feminino. Quando Jesus vem ao mundo fisicamente, Ele encontra as mulheres em uma posição de desonra, de vergonha, como se fossem meros objetos a serem negociados e criados para serviço e desprezo.

É assustador quando lemos, por exemplo, que pensadores de uma geração antes do Senhor Jesus, espalhando pensamentos como: “o homem pode se divorciar de sua esposa caso ela deixe queimar o pão” – pensamentos guiados pela Casa de Hillel (Beit Hillel). Pensamentos esses que classificavam a mulher pela utilidade e não pelo valor.

As mulheres haviam realmente perdido tudo.

Jesus, o resgatador da justiça e da honra das mulheres

Mas temos um Deus amoroso e justo que não deixou as mulheres nessa situação. Quando lemos os evangelhos, podemos ver de forma preciosa, o nosso Senhor Jesus resgatando aquilo que foi perdido e trazendo de volta às mulheres a justiça e a retidão. E ele faz isso de forma gloriosa e poderosa, como só o próprio Deus é capaz de fazer.

E para entendermos um pouquinho de como Jesus traz de volta a mulher ao lugar em que Deus a criou para estar, precisamos entender como o judeu pensa sobre justiça.

A nossa sociedade ocidental, pensa em justiça de uma forma muito diferente da sociedade do oriente médio, especialmente da comunidade judaica.

Para nós do ocidente, a justiça tem a ver com moralidade. É basicamente algo horizontal, em que colocamos de um lado da balança o que é certo e do outro o que é errado. O retrato de uma mulher justa aos nossos olhos seria aquela caridosa que ajuda o necessitado, que fala com voz suave, que se veste com modéstia e que não apresenta nenhum escândalo em sua vida.

Mas para a cultura judaica, a justiça tem a ver com honra e vergonha. É uma visão vertical das coisas. Trazer honra para uma pessoa é tira-la da vergonha, mas não com atos morais, com roupas especiais ou coisas parecidas. A justiça é restaurada, quando um justo desce até aquele que está em situação de vergonha e o restaura, o elevando à posição de dignidade, de honra.

É exatamente esse tipo de restauração que o Senhor Jesus trouxe às mulheres. Todas as vezes nos evangelhos, em que temos encontros do Senhor com mulheres em estado de desonra, ele vai até elas e devolve justiça (mišpāţ) e retidão (tzedakah).

Tudo o que o Jesus fez há 2 mil anos com cada mulher que ele encontrou, ele continua fazendo por cada uma de nós hoje. O que nós precisamos é de um encontro verdadeiro com ele, seja em um poço onde estamos buscando por àgua, seja numa enfermidade que aflige há 12 anos, ou apenas quando nos prostramos aos seus pés com lágrimas e cabelos soltos. O importante é que cada encontro seja verdadeiro e que você possa se permitir ser amada e restaurada por aquele que a criou com amor e que planejou para você uma vida digna.

Jesus é suficiente. Você não precisa da sabedoria do mundo, você precisa dele.