Um blog do Ministério Fiel
A deficiência não é acidente
Existem incontáveis pastores, mestres e leigos que não suportam o que esse texto parece dizer, a saber, que Deus quis que esse bebê nascesse cego tendo em vista demonstrar as obras de Deus através dessa criança décadas mais tarde. Não suportam. Para eles é abominação crer que Deus faria isso. E, para escapar da conclusão de que é isso que o texto diz, eles chamam a atenção para o fato de que Jesus talvez não esteja falando de um propósito, mas apenas de um resultado. Esta é a objeção.
Resposta insatisfatória
Quando ele diz: “Nem ele pecou, nem seus pais, mas…”, em vez de ler a próxima frase como um propósito, eles a leem como um resultado. “Mas…” o resultado da cegueira será usado por Deus para mostrar sua obra. Deus não fez nada para provocar a cegueira para um propósito; ele apenas achou a cegueira e manifestou sua obra; ele apenas usou a cegueira; ele não a gerou, apenas a usou ao encontrá-la.
Eles dizem isso pois vai contra suas preferências de que um Deus bondoso e amoroso não ordenaria que um bebê nascesse cego. Eu tenho três respostas a essa objeção. Espero que nos aprofundemos no que Jesus está dizendo. Isso não vai funcionar. Essa é a minha resposta. Essa forma de interpretar o verso 3 não funcionará. Por três razões.
Número 1: Os discípulos pediram uma explicação sobre a cegueira. Eles pediram uma explicação com relação à cegueira. Mas se você disser que Deus não tinha nenhum propósito, nenhum desígnio, nenhum plano, no fato daquele bebê nascer cego, mas que apenas se deparou com isso e resolveu usar para sua glória, você ainda não respondeu à pergunta. Não é uma explicação. Isso é evitar a explicação, algo que esse texto não faz. O texto dá uma explicação. É minha primeira resposta.
Número 2: Deus conhece tudo o que está acontecendo na formação de um óvulo fertilizado. Ele conhece tudo. Ele conhece a formação genética dos cromossomos de cada espermatozoide e óvulo. Ele comanda quais óvulos são fecundados e quais não; ele comanda qual espermatozoide fecundará com sucesso o óvulo; ele pode ver tudo isso. E ele pode ver se há alguma falha nessa espiral de DNA que, se adentrar em tal óvulo, resultará na produção da cegueira. Ele sabe disso. Nós estamos falando sobre Deus aqui. Ele conhece a condição genética de espermatozoides e óvulos. E ele pode simplesmente dizer: “Não vá por aí. O bebê não será concebido dessa vez, pois ele nasceria cego.” Ele pode dizer isso. Se ele não diz isso, então podemos usar palavras como “permissão”. Ele permitiu que essa tristeza e deficiência naturais acontecessem.
A deficiência não é um acidente
Mas considere um pouco a palavra “permissão”. Se Deus vê e sabe que a cegueira acontecerá, e ele diz que poderia detê-la, mas decide não fazer isso, ele está decidindo por uma razão? Ou não há razão alguma? Será que ele não sabe o que faz? Faz por fazer? É Deus! Este é Deus! Deus não joga cara ou coroa. Se Deus permite essa união, sabendo que ocorrerá cegueira, quer você use “permissão” ou “causa”, é algo com propósito. Há um propósito. “Eu permitirei que aconteça, pois tenho meus desígnios, eu tenho planos, propósitos para essa vida.” É a segunda resposta.
Ele conhece. Sim, conhece. Você não pode torná-lo um “descobridor de cegueira”. Como se ele achasse um cego, não soubesse de onde veio, não há desígnio para ela. Não é possível. Não funcionará na Bíblia nem nesse texto. E aqui está minha terceira resposta. Se você tentar negar o soberano, sábio e intencional controle de Deus sobre a concepção e o nascimento, você baterá de frente com Êxodo 4.11 e com Salmos 139.13. Vou ler os textos.
Respondeu-lhe o Senhor: Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor? (Êxodo 4.11)
Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. (Salmos 139.13)
Eu jamais direi a essas crianças que Deus não as planejou. Você pode me matar, e eu não falo. Ele planejou cada um; ele ama cada um; ele tem um propósito para cada um.
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