Como combater a amargura

A tentação da amargura por ter sido injustiçado. Você foi maltratado em maior ou menor medida. Imagine o pior abuso sexual ou apenas uma desfeita no trabalho. Ou pior: alguém que você ama. Seu filho, por exemplo, foi muito maltratado. E você está com raiva. Muita raiva. Você tentou se reconciliar, como a Bíblia manda, mas não deu muito certo. Não parece nada satisfatório. Talvez o ofensor… tenha se arrependido. Talvez não. Talvez ele tenha dito algo, mas também não funcionou. Você está com muita raiva. Você não consegue deixar pra lá. Você pode ser casado com essa pessoa. Pode ser seu pai ou um ex-chefe. Talvez um amigo que te traiu.

O combate à amargura

Com a cabeça no travesseiro, você sabe que é errado sentir toda essa amargura. Você sabe que está te matando. Você é o único prejudicado. Você cerra os punhos e range os dentes toda vez que pensa no que aconteceu. E não consegue deixar pra lá. Talvez você não consegue esquecer simplesmente porque não é justo. A justiça não foi feita. Se compararmos o que estou passando com o que aquela pessoa está passando, não é proporcional. Está errado, errado, errado! Você prega isso para si mesmo repetidas vezes. E é verdade… e é mortal.

Mas o que você faz com isso? Se isso for verdade, o que fazer? Número 1: admita. “Eu não consigo lidar com isso. “Essa amargura é muito profunda e eu não consigo me livrar dela. Isso está me destruindo enquanto aquela pessoa está seguindo feliz com sua vida.” Em segundo lugar, ore: “Deus, eu realmente preciso da tua ajuda. Eu não consigo parar de sentir raiva. Eu peço que tires isso de mim.” E agora, o principal: confie em uma promessa específica feita sob medida, comprada com sangue. Agora, onde está a promessa a que me refiro?

Ao Senhor pertence a retribuição

Romanos 12.19: “Amados, não vos vingueis a vós mesmos, mas dai lugar à ira de Deus, pois está escrito: A vingança é minha; eu retribuirei.” Essa é a promessa. “A vingança é minha; eu retribuirei.” A justiça será feita. Talvez não agora. Essa promessa diz que, se algo que te impede de deixar pra lá é “Está errado, a justiça não foi feita, eles estão se safando”, então isso aqui foi feito sob medida pra você, porque diz que Deus vai tirar de você o fardo suicida da vingança, e levará quem te feriu a um destes dois lugares: ele o levará para a cruz, se a pessoa se arrepender; ou o levará para o inferno, onde ficará para sempre. E você não pode fazer nada em nenhum dos casos. Se estão no inferno, você não precisa aumentar o castigo. Se o fardo deles foi suportado, perdoado e pago na cruz, você desonraria o Senhor se não perdoasse também. É uma promessa enorme: “Eu retribuirei”.

E isso vale para cada pecado que já foi cometido em qualquer lugar do universo a qualquer momento. Esta é a verdade: Deus retribuirá esse pecado, seja na cruz ou no inferno. Esta é uma das razões pelas quais é tão importante conhecer a realidade do inferno. Então, você acredita nisso? Você diz a si mesmo: “Tudo bem. Eu confio que tu és o juiz. Entrego a ti que julgas com justiça. Eu vou descansar”? Então, algumas medidas devem ser tomadas. “Eu vou parar de ler essas cartas. Melhor ainda, vou queimá-las. Vou parar de ir àquele lugar que me traz essas lembranças. Vou parar de saborear um ciclo de pensamento em minha mente. Quando o pensamento surgir, eu direi não e mudarei minha mente para a cruz e para o julgamento.” Você faz sua parte e depois agradece a Deus.

Por: John Piper. © Desiring God Foundation. Website: desiringGod.org. Traduzido com permissão. Fonte: How to Battle Bitterness.

Original: Como combater a amargura. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados. Tradução: Ana Beatriz Ribeiro de Souza. Revisão: Renan A. Monteiro.