Salmo 32: A Misericórdia que nos assiste (Parte 3)

As riquezas da graça e misericórdia de Deus

Este post faz parte da série Salmo 32.

Como temos enfatizado, a graça de Deus não é barata.[1] Muitas vezes nos comportamos como filhos que, amados e agraciados com presentes de seus pais, se esquecem de que se aquilo que ganhamos tão “fácil” e “generoso”, sem mérito algum de nossa parte, custou, por vezes, um alto preço para os pais: privação de adquirir outro bem para si, planejamento, filas, crediários, juros, economias, trabalhos extras, etc.

A graça de Deus tem outro lado, que com frequência nos esquecemos: a obra sacrificial de Cristo.

É um erro lamentável julgar toda a verdade considerando apenas a parte que nos compete do todo. A nossa visão é bastante seletiva. Quando nos acostumamos analisar a vida apenas a partir de nossa silhueta, geralmente somos injustos e levianos em nossas avaliações, tendo uma visão egorreferente da realidade. Com frequência, o todo nos ajuda a situar, e por isso mesmo, a compreender significativamente as partes.

A graça de Deus se evidencia nas obras da Trindade. A manifestação da graça é resultado da graça eterna de Deus que se historiciza em obras. O Pacto da Graça,[2] por meio do qual somos salvos, foi Pacto de Obras para Cristo.[3] A nossa salvação, portanto, é caríssima; de um preço incalculável para nós. Custou o precioso sangue de Cristo (1Pe 1.18-20/At 20.28; 1Co 6.20).[4]

Como bem expressou Calvino: “Nós dizemos que [a Redenção] é gratuita para nós, mas não para Cristo, a quem custou altíssimo preço, uma vez que Ele pagou o resgate com o seu santo e precioso sangue, porque não existe nenhum outro preço que possa satisfazer à justiça de Deus”.[5]

Isso longe de apontar para o suposto valor inerente de nossas almas, revela o amor gracioso e incondicional de Deus que confere valor a nós.

Deus não quebra a sua justiça por amor, antes, cumpre a justiça em amor. A graça reina pela justiça (Rm 5.21).[6] O amor de Deus não desconsidera o pecado, antes o penaliza em Cristo, o Amado (Ef 1.6-7),[7] em quem temos a plenitude da graça do Deus Triúno. “De fato a graça reina, mas uma graça reinante à parte da justiça não é apenas inverossímil, mas também inconcebível”, sumaria Murray (1898-1974).[8]

Jesus Cristo não se entregou por um povo valoroso, antes, se entregou por nós a fim de constituir seu povo peculiar, a sua Igreja, na qual Ele opera eficazmente nos conduzindo à santidade até à gloriosa consumação de sua obra em poder e graça (Jd 24).

Booth (1734-1806) escrevendo sobre este assunto, assim se expressou:

A graça de Deus está fundamentada na obediência perfeita e meritória de Cristo.[9]

Ainda que este perdão seja gratuito para os pecadores, nunca devemos nos esquecer de que Cristo pagou um alto preço por ele. Perdão para a menor das nossas ofensas só se tornou possível porque Cristo cumpriu as mais aflitivas condições – sua encarnação, sua perfeita obediência à lei divina e sua morte na cruz. O perdão que é absolutamente gratuito ao pecador teve um alto custo para o Salvador.[10]

A graça de Deus vem a nós não porque Deus revela o fato da sua lei ser quebrada por nós, mas porque a sua lei foi plenamente satisfeita pelos atos de justiça que Cristo fez a nosso favor. (…) Ele cumpriu perfeitamente a lei de Deus.[11]

A doçura da graça de Deus

“A doçura da graça”[12] de Deus é a tônica da sua relação com o seu povo.[13] Tudo que temos, somos e seremos, é pela graça (1Co 15.10).[14] A riqueza da graça de Deus se manifesta de modo superabundante em nós (2Co 9.14; Ef 1.7; 2.7). Todavia, ela não foi revelada em toda a sua plenitude, por isso, aguardamos o regresso triunfante de Jesus Cristo, quando Ele mesmo revelará a graça de forma mais completa (1Pe 1.13),[15] concluindo a nossa salvação (Fp 1.6/1Pe 1.3-5).

O Evangelho é uma mensagem da Graça de Deus (At 20.24). Esta é uma proclamação fundamentalmente distintiva da Igreja.

A Igreja como beneficiária e proclamadora da graça

Deus confiou à Igreja o privilégio responsabilizador de testemunhar o Evangelho da graça (1Co 9.16; 2Tm 4.2). A graça de Deus age por meio da verdade (Cl 1.6). Ele mesmo confirma a sua Palavra (At 14.3). Deus não nos chamou a pregar as nossas opiniões ou hipóteses, mas sim a sua Palavra visto que, Ele age por intermédio dela (Jo 17.17; Rm 10.17; Cl 1.5, 6).

A Igreja é proclamadora da graça de Deus, tendo em sua existência histórica a concretude da graça: a Igreja é o monumento que evidencia a riqueza da graça de Deus. A Igreja é a prova material da estupenda graça divina (1Pe 2.9, 10).

A Igreja é o resultado concreto da rica sabedoria e graça de Deus. Somos o testemunho para todo o sempre desta graça. A igreja em sua própria constituição reflete a glória de Deus e de sua graça. A igreja em sua vida e testemunho deve apontar e vivenciar a glória de Deus.[16]

Paulo tinha perfeita consciência disso. Por isso anunciou intensa e perseverantemente o Evangelho da graça de Deus por meio da Palavra da graça.

Paulo diz que Deus é rico em sua bondade, tolerância e longanimidade visando conduzir os homens ao arrependimento: “Ou desprezas a riqueza (πλοῦτος – ploutos) da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Rm 2.4).

Na salvação do seu povo Deus demonstra a riqueza de sua glória em manifestação de misericórdia. A sua misericórdia revela também o seu amor eterno que envolve o decreto salvador materializando-se na encarnação de Cristo.

Nesse sentido, exulta Paulo:

Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas(πλοῦτος – ploutos) da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão. (Rm 9.22-23).

Em Cristo temos de forma superabundante a riqueza da graça de Deus manifestada sobre o povo de Deus:

5 Nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, 6 para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, 7no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza (πλοῦτος – ploutos) da sua graça, 8que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência. (Ef 1.5-8).

A misericórdia de Deus é um dos atributos mais evidentes em sua relação conosco, homens pecadores.

Deus propõe aos seus filhos, ainda que em sua finitude, uma semelhança com Ele. Portanto, o desafio de conhecer a Deus para, a partir daí, em nossa limitação, termos uma dimensão mais clara do que Ele deseja que sejamos. A vida cristã não é um manual de atitudes desejáveis, antes, consiste em aprender a viver conforme a nossa nova natureza, gerada pelo Espírito (Tt 3.5);[17] somos novas criaturas (2Co 5.17):[18] “O evangelho cristão põe toda a sua ênfase sobre a questão do ser, e não sobre a questão do fazer”, resume Lloyd-Jones (1899-1981).[19]

Calvino (1509-1564) está certo ao afirmar em lugares diferentes:

Os homens se acham num deplorável estado a menos que Deus os trate misericordiosamente, não debitando seus pecados em sua conta.[20]

Imaginamos que Deus nos é favorável porque nos tem considerado dignos de seu respeito. A Escritura, porém, por toda parte enaltece sua misericórdia, que pura e simplesmente abole todo e qualquer mérito.[21]

É unicamente a misericórdia que nos reconcilia com Deus e ao mesmo tempo nos restaura à vida.[22]

Misericórdia em ação

No grego, a misericórdia é um sentimento provocado pela percepção da dor dos demais, manifestando-se em atos de bondade.

Misericórdia é um sentimento que se concretiza em atos condizentes com a sua percepção. É a sensibilidade divina generosamente em ação. “Misericórdia é atender as necessidades, não apenas senti-las”, interpreta MacArthur.[23]

“Misericórdia é amor demonstrado em favor de quem vive em desgraça, e um espírito perdoador para com o pecador. Ela abrange tanto um sentimento de bondade quanto um ato bondoso”, comenta Hendriksen (1900-1982).[24]

O amor independe da misericórdia, contudo esta pressupõe aquele. As relações de amor não necessitam se expressar em misericórdia, mas, a misericórdia é uma expressão do amor que se revela quando há alguma necessidade de socorro. “O amor é constante; a misericórdia está reservada para os momentos de dificuldade. Não há misericórdia sem amor”, enfatiza MacArthur.[25]

João saúda os seus destinatários relacionando a misericórdia à verdade e ao amor: “A graça, a misericórdia (ἔλεος – eleos) e a paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor” (2Jo 3). Em Deus, a graça sempre vem antes da misericórdia.[26]

A misericórdia de Deus consiste em que seu Filho nos imputou a sua glória, levando sobre si a nossa desonrosa vergonha. Ele efetuou uma troca magnífica para nós, jamais imaginada por homem algum: Ele assumiu a nossa humanidade pecaminosa, pagou as nossas dívidas, garantiu definitivamente o nosso perdão e nos comunicou a glória de sua herança. Essa troca que nos soa totalmente injusta, é a manifestação da justiça de Deus por meio de seu Filho, revelando a sua eterna misericórdia.

Nas palavras de Bonhoeffer (1906-1945), “O misericordioso [Jesus Cristo] empresta a honra própria ao decaído e toma sobre si a sua vergonha”.[27]

A misericórdia de Deus não se digladia com a sua justiça. Deus é perfeito em tudo.[28]   Deus é o Deus da paz, havendo nele sempre a harmonia de todas as suas perfeições revestida pela sua santidade.

Na misericórdia vemos estampada a sua justiça. Deus não se esquece de sua justiça como se fosse uma “perfeição imperfeita” do seu caráter, antes, Ele a cumpre, pagando o preço de nossos pecados em amor e misericórdia, nos imputando a justiça obtida por Cristo.

Deus é perfeitamente justo, santo e misericordioso

Este tipo de raciocínio é-nos naturalmente estranho porque temos, costumeiramente, nossa hierarquia de valores com as suas prioridades próprias que tendem a ser voláteis conforme determinadas circunstâncias.

Assim sendo, ao mesmo tempo em que sustentamos com razão a necessidade de justiça, em outras circunstâncias, quando, por exemplo, nosso filho ou amigo esteja envolvido, é possível, que com a mesma sinceridade anterior sustentemos a necessidade de sermos misericordiosos e acusarmos uma postura diferente de “legalista”. Somos pecadores e finitos.

Finitude não é pecado, no entanto, revela a nossa limitação como criaturas. Esta limitação agravada pelo nosso pecado se expressa em nossas contradições e incoerências.

No entanto, somente Deus é perfeito e, por isso, o seu agir se harmoniza de forma perfeita com todos os seus atributos. Deus é perfeito em suas perfeições não havendo hierarquia em seu ser. Obviamente a compreensão adequada dessa realidade escapa à nossa compreensão, no entanto, podemos ter a certeza de que Deus é perfeitamente santo e que a santidade permeia todas as suas ações e obras.

Na manifestação da justiça de Deus vemos a sua gloriosa misericórdia, que provê a salvação do seu povo, enviando o seu Filho para morrer pelos nossos pecados, tornando-se o justo e o justificador dos que nele creem.

Visto que o pecado é voluntário e universal, Deus continuaria sendo perfeito em sua justiça – como de fato é –, se não salvasse a ninguém. A morte é o justo salário do pecado. (Mt 20.14, 15; Rm 6.23; 9.14, 15). “Se todos recebessem a punição, a punição não seria injusta”, conclui Agostinho (354-430).[29]

Conforme já vimos, Ele não é obrigado a ser misericordioso: Deus olha para a nossa miséria e nos ajuda, porque assim decidiu fazer. Os salvos não se constituem em vasos de merecimentos resultantes de sua suposta fé ou boas obras, antes, em vasos de misericórdia (Rm 9.23).[30]

A sua misericórdia também é soberanamente livre. Da mesma forma, a nossa eleição e consequente salvação é resultado do amor misericordioso de Deus, o qual não pode ser reivindicado, visto não termos direito a nada. O que todos poderíamos reivindicar é a morte. Afinal, trabalhamos contínua e intensamente para isso.

“Não devemos ignorar a antítese entre o nome de Deus e os méritos dos homens, visto que Deus, levando em conta sua própria glória, não pode achar em nós nenhuma causa pela qual ele fosse movido a salvar-nos”, insiste Calvino.[31]

Cristo satisfez as exigências de modo perfeito

Desse modo, somente Jesus Cristo – o Deus encarnando –por meio da sua justiça obtida na sua encarnação, morte e ressurreição, poderia satisfazer as exigências de Deus para a nossa salvação.

Paulo escreve: “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção (ἀπολυτρώσεως – apolytrōseōs) que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24).

Portanto, “Quando Deus justifica pecadores à base da obediência e da morte de Cristo, está agindo com toda equidade. Dessa maneira, longe de comprometer Sua retidão judicial, esse método de justificação em realidade a exibe” enfatiza Packer (1926-2020).[32]


[1]Posteriormente li MacArthur comentando a respeito da expressão “graça barata” (Veja-se: John MacArthur, O Evangelho Segundo os Apóstolos, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2011, p. 68-90). Dentro de uma perspectiva complementar, escreveu Bonhoeffer (1906-1945): “A graça barata é inimiga mortal de nossa igreja. A nossa luta trava-se hoje em torno da graça preciosa. Graça barata é graça como refugo, perdão malbaratado, consolo malbaratado, sacramento malbaratado; é graça como inesgotável tesouro da Igreja, distribuído diariamente com mãos prontas, sem pensar e sem limites; a graça sem preço, sem custo. (…) A graça barata é, por isso, uma negação da Palavra viva de Deus, negação da encarnação do Verbo de Deus. (…) A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, é o batismo sem a disciplina de uma congregação, é a Ceia do Senhor sem confissão dos pecados, é absolvição sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, a graça sem a cruz, a graça sem Jesus vivo, encarnado” (D. Bonhoeffer, Discipulado, 2. ed. São Leopoldo, RS.: Sinodal, 1984, p. 9-10). Do mesmo modo: “A graça de Deus não é graça barata; ela custa tudo que somos e que temos” (Helmut Thielicke, Mosaico de Deus, São Leopoldo, RS.: Sinodal, 1968, p. 72). “Onde o pecado não é encarado como pecado, a graça não pode ser graça. Que necessidade de expiação poderiam ter homens e mulheres quando lhes é dito que o seu problema mais profundo é algo menos do que aquilo que a Bíblia ensina explicitamente? O ensino fraco sobre o pecado leva à graça barata e não conduz ao evangelho” (Albert Mohler Jr., O Desaparecimento de Deus, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 32).

[2]“Cristo amou a esta linhagem desde antes da fundação do mundo. É um pensamento nobre e glorioso – o mesmo lirismo da doutrina calvinista, a qual nós ensinamos – que antes que a estrela matutina conhecesse seu lugar, antes que do nada Deus criasse o universo, antes que a asa do anjo agitasse os virgens espaços etéreos, e antes que um solitário cântico perturbasse o silêncio no qual Deus reinava supremamente. Ele já havia entrado em conselho consigo mesmo, com Seu Filho e com Seu Espírito, e havia determinado, proposto e predestinado a salvação de Seu povo” (C.H. Spurgeon,  Sermões no Ano do Avivamento,  São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1994, p. 47-48).

[3]“Em última análise a justificação é por obras no sentido que somos justificados pelas obras de Cristo” (R.C. Sproul, O Que é teologia Reformada, São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 61).

[4]18Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, 19 mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, 20 conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós” (1Pe 1.18-20).

[5]João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v. 2, (II.6), p. 237.

[6]“A fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 5.21). (Grifos meus).

[7]6Para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, 7no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.6-7).

[8]John Murray, Redenção: Consumada e Aplicada, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1993, p. 19. Veja-se: Herman Bavinck, Dogmática Reformada, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 4, p. 180-181.

[9]A. Booth, Somente pela Graça, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1986, p. 15.

[10]A. Booth, Somente pela Graça, p. 31. Veja-se: J.I. Packer, O Conhecimento de Deus, São Paulo: Mundo Cristão, 1980, p. 121.

[11]A. Booth, Somente pela Graça, p. 56-57. Calvino, de modo semelhante já enfatizara: “…. Nós dizemos que [a Redenção] é gratuita para nós, mas não para Cristo, a quem custou altíssimo preço, uma vez que Ele pagou o resgate com o seu santo e precioso sangue, porque não existe nenhum outro preço que possa satisfazer à justiça de Deus” (João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v. 2, (II.6), p. 237).

[12]Cf. João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 1, (Sl 6.1), p. 125.

[13]Packer diz que “graça” é “a palavra-chave do cristianismo” (J.I. Packer, Vocábulos de Deus, São José dos Campos, SP. Fiel, 1994, p. 85).

[14]“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo” (1Co 15.10).

[15]“Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1.13).

[16]“Ainda que Deus seja suficiente a si mesmo e se satisfaça exclusivamente consigo mesmo, não obstante quer que sua glória se manifeste na Igreja” (João Calvino, O Evangelho segundo João, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2015, v. 1, (Jo 2.17), p. 100).

[17]“… segundo sua misericórdia (e)/leoj), ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tt 3.5).

[18]E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas(2Co 5.17).

[19]David M. Lloyd-Jones, Estudos no Sermão do Monte, São Paulo: Editora Fiel, 1984, p. 88.

[20]João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 2, (Sl 32.1), p. 39. “A benevolência divina se estende a todos os homens. E se não há um sequer sem a experiência de participar da benevolência divina, quanto mais aquela benevolência que os piedosos experimentarão e que esperam nela!” (João Calvino, As Pastorais, São Paulo: Paracletos, 1998, (1Tm 4.10), p. 120-121).

[21]João Calvino, O Evangelho segundo João, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2015, v. 1, (Jo 3.16), p. 131.

[22]João Calvino, O Evangelho segundo João, v. 1, (Jo 3.16), p. 132.

[23]John MacArthur Jr., O Caminho da Felicidade, São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p. 120.

[24]William Hendriksen, Mateus, São Paulo: Cultura Cristã, 2001, v. 1, (Mt 5.7), p. 385.

[25]John MacArthur Jr., O Caminho da Felicidade, São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p. 122.

[26]Cf. R.C.H. Lenski, Commentary on the New Testament: The Interpretation of St. Matthew’s Gospel, [s. cidade]: Hendrickson Publishers, 1998, (Mt 5.7), p. 191

[27]Dietrich Bonhoeffer, Discipulado, 2. ed. São Leopoldo, RS.: Sinodal, 1984, p. 61. “Misericórdia é o princípio eterno da natureza de Deus que o leva a buscar o bem temporal e a salvação eterna dos que se opuseram à vontade dele, mesmo a custo do sacrifício próprio” (Augustus H. Strong, Teologia Sistemática, São Paulo: Hagnos, 2003, v. 1, p. 431).

[28]“A justiça de Deus nunca está separada de sua retidão. (…) Sua justiça é perfeita” (R.C. Sproul, A Santidade de Deus, São Paulo: Cultura Cristã, 1997, p. 121).

[29]S. Agostinho, A Graça (I), 2. ed. São Paulo: Paulus, 1999, p. 115.

[30]Veja-se: S. Agostinho, A Graça (I), 2. ed. São Paulo: Paulus, 1999, p. 115-116.

[31] João Calvino, O Livro dos Salmos, v. 3, (Sl 106.8), p. 674. Veja-se: L. Berkhof, Teologia Sistemática, Campinas, SP.: Luz para o Caminho, 1990, p. 116.

[32]J.I. Packer, Justificação: In: J.D. Douglas, ed. org. O Novo Dicionário da Bíblia, São Paulo: Junta Editorial Cristã, 1966, v. 2, p. 899b.