Para homens e mulheres solteiros (e o resto de nós)

Nós sabemos, solteiros, que vocês estão aí

Nota do Editor: Este artigo apareceu originalmente como o prefácio de John Piper ao livro Recovering Biblical Manhood and Womanhood [Recuperando a Masculinidade e a Feminilidade Bíblica].

 

Nós sabemos que vocês estão aí — mais de sessenta milhões de solteiros na América. E estamos ouvindo. Uma das coisas mais importantes que aprendemos é que nós não sabemos o que é ser solteiro na América hoje — pelo menos não da forma que vocês sabem. Margaret Clarkson deixou isso bem claro para nós:

Porque as pessoas casadas foram todas solteiras um dia, elas tendem a pensar que sabem tudo que se tem a saber sobre ser solteiro. Eu sugiro que não é assim; que existe uma grande diferença entre ser solteiro com 25 anos ou com o casamento ainda como uma possibilidade viável, e ser solteiro com 45 ou 50 ou 60 anos com pouca ou nenhuma perspectiva de jamais ser outra coisa. A solteirice tem um efeito cumulativo no espírito humano que é inteiramente diferente aos 50 do que aos 30 anos.(1)

 

O que eu gostaria de fazer nesse artigo é tentar deixar as pessoas solteiras fazerem a maior parte da discussão, tanto quanto possível — pessoas como Jesus e o Apóstolo Paulo e alguns homens e mulheres contemporâneos que servem na vida solteira. Dessa forma nós estaremos ouvindo e falando ao mesmo tempo. Eu percebo que vou filtrar tudo isso através das minhas lentes de alegremente casado. É fútil, em certo sentido, que eu escreva esse capítulo, exceto pelo fato de que eu não o pus como algo definitivo sobre a experiência da solteirice hoje, mas como um convite aos casados para ouvirem e uma declaração aos solteiros de que esse livro e esse problema tem a ver com vocês, ainda que muitos de seus capítulos tratem de casamento. Solteiros suficientes já leram esse artigo para me indicar que algumas coisas que eu digo acertam na mosca e outras coisas não se encaixam em sua experiência de forma alguma. Minha esperança é ouvir de perto o bastante e falar realmente o bastante de modo que casados e solteiros sejam ajudados ao longo da conversa.

Também oramos para que no processo haja um tremendo encorajamento e desafio à sua fé e ministério. Cremos em uma visão da masculinidade e da feminilidade bíblica nesse livro que é completamente relevante para os solteiros. A razão para isso ficará clara antes de chegar ao fim do artigo.

Nós ouvimos ao menos oito teses importantes sobre a solteirice quando sintonizamos em Jesus e seus seguidores solteiros contemporâneos.(2)

I. O casamento, da forma que o conhecemos neste século, não é o destino final de nenhum humano.

Minha mãe morreu em uma colisão de ônibus próximo a Belém, em Israel, em 1974. Ela tinha cinquenta e sete anos de idade e estava casada com meu pai há trinta e sete anos. Conforme o luto começou a sarar, Deus deu ao meu pai outra esposa maravilhosa. Eu me alegro com isso. Mas isso me fez tomar muito mais seriamente as palavras de Jesus aos saduceus se referindo ao casamento na ressurreição. Eles falaram a Jesus sobre uma mulher que havia sido viúva sete vezes. “Na ressurreição,” eles perguntaram, “de qual deles será ela a esposa?” Jesus respondeu, “Quando ressuscitarem de entre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento; porém, são como os anjos nos céus” (Mc 12.25).

Isso é importante para mim porque significa que meu pai não será bígamo na era vindoura. Por quê? Porque na ressurreição o casamento como o conhecemos não existirá. Isso tem profunda relevância para a solteirice nessa vida. Isso significa que se duas esposas não serão demais, então nenhuma esposa não será de menos. Se o amor na era vindoura será transposto a um tom acima e além da melodia do casamento nessa vida, então a solteirice aqui provará não ser nenhuma desvantagem na eternidade.

Na realidade, existem algumas justificativas para pensar que as formas de auto negação envolvidas na solteirice poderiam te fazer um candidato para maiores capacidades de amor na era vindoura.

Ninguém deixou qualquer coisa por causa do reino, diz o Senhor Jesus, que não vá receber de volta muito mais (Mt 19.27–30). Muitas pessoas que não se casaram têm fortalecido suas mãos com essa verdade. Por exemplo, Trevor Douglas, um missionário solteiro com a Regions Beyond Missionary Union, trabalhando nas Filipinas em meio ao povo Ifugao, escreveu em 1988:

No fim, porém, os cristãos vão saber que Jesus vai mais do que compensar todo custo sofrido ao ser um missionário solteiro. Aplicando as suas promessas em Mateus 19.27–30 a mim, eu vejo uma tremenda troca ocorrendo na eternidade. O custo social de não se encaixar no mundo dos casais será trocado por socializar com Jesus em volta de seu trono. Eu trocarei o custo emocional da solidão e a saudade da família por companheirismo com novos pais, mães e famílias. Eu vou trocar o custo físico por filhos espirituais. E quando eu sou desprezado, eu amo pensar na eternidade e no privilégio de ir de último dos pregadores do evangelho ao início da fila. As recompensas valem tudo.(3)

 

II. Jesus Cristo, a pessoa mais completamente humana que já viveu, não era casado.

Em 1987, eu escrevi um editorial para o Minneapolis Star–Tribune durante uma controvérsia sobre a publicidade de preservativos na televisão.4 A preocupação das redes era ajudar a diminuir a propagação da AIDS. Meu ponto básico era: “No ato de endossar a proteção da doença, as propagandas estão também endossando sua causa, a saber, a promiscuidade sexual”. Eu disse que a alegação de que preservativos proporcionam sexo “seguro” demonstrava uma incrível ingenuidade sobre a natureza humana.

Meu argumento era assim: “A pessoalidade é mais profunda e mais significativa do que o que é físico. Só uma visão superficial da pessoalidade diz que nós estaremos “seguros” se pudermos evitar uma doença enquanto cometemos atos que a civilização Ocidental chama de imorais e a Bíblia acusa de desonrarem nosso criador. (…) Não só o ensino bíblico mas também o testemunho da consciência humana em diversas culturas ao redor do mundo tem dito há séculos que o sexo extramarital e a atividade homossexual são destrutivos para a pessoalidade, para os relacionamentos e para a honra de Deus, que criou nossa sexualidade para aprofundar e alegrar a união de homem e mulher no casamento”.

Você pode imaginar que isso não passou incontestado. Eu recebi uma carta de um jovem rapaz que falava por um certo grupo de solteiros quando dizia: “Minha namorada e eu temos muito bom sexo juntos. Nós achamos que suas ideias são sobras repressivas da era Vitoriana que tornava as pessoas neuróticas e miseráveis. Nós achamos que nossa sexualidade é parte da nossa pessoalidade, e não aproveitá-la é sermos humanos incompletos. Não temos nenhuma intenção de nos casar para atingir as expectativas de puritanos. E achamos que uma vida de escravidão à virgindade significaria sermos humanos pela metade.”(5)

Quando eu escrevi de volta a esse rapaz, o centro da minha resposta era esse: A pessoa mais completamente humana que já viveu na história é Jesus Cristo, e ele não teve relações sexuais nem sequer uma vez.

Isso pode ser poderosamente libertador para pessoas solteiras que podem pensar às vezes: “Essa é uma coisa eu nunca terei, relações sexuais, e por não tê-la eu nunca serei tudo que deveria ser”. A esse pensamento Jesus, o virgem, responde: “O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem-instruído será como o seu mestre.” (Lc 6.40). Sempre teremos montanhas de verdadeira e humana semelhança com Cristo ainda a escalar, mas relações sexuais não são uma delas. Porque ele nunca as conheceu. E ele é infinitamente inteiro.

O paradoxo que podemos sentir nisso é capturado no título do livro de Luci Swindoll sobre a solteirice: “Extenso o Meu Mundo, Estreita a Minha Cama”. Solteira por escolha aos quarenta e nove anos (quando ela escreveu o livro), ela mostra que o caminho estreito do Filho do Homem que não tinha onde reclinar sua cabeça (nem mesmo no ombro de uma mulher), leva a um extenso mundo de deslumbre e liberdade e alegria e amor.6 Cheryl Forbes ilustra como ela e outras mulheres e homens solteiros têm sido inspirados pela “extensão” da vida solteira de Jesus:

Jesus é o exemplo a ser seguido. Ele era solteiro. Ele nasceu para servir. . . . Ele tinha amizades profundas com todo tipo de pessoas — homens, mulheres, solteiros, casados. Essa era sua obra, uma parte íntima da sua suprema missão de morrer na cruz pelos nossos pecados. . . . Seu relacionamento com Maria, Marta, Pedro e os outros discípulos ajudou a prepará-lo para sua morte. Ninguém pode amar no abstrato. Ele se permitia ser interrompido por crianças necessitadas, pais perturbados, homens famintos e mulheres doentes. . . . Jesus procurava se deixar vulnerável.(7)

III. A Bíblia celebra o celibato porque ele dá oportunidades extraordinárias para investimento dedicado no ministério para Cristo.

Paulo disse que ele gostaria que todos pudessem conhecer a liberdade para o ministério que ele tinha por ser solteiro (1Co 7.7). Ele segue explicando,

O que realmente eu quero é que estejais livres de preocupações. Quem não é casado cuida das coisas do Senhor — de como agradar ao Senhor; mas o que se casou cuida das coisas do mundo — de como agradar à esposa — e assim está dividido. Também a mulher, tanto a viúva como a virgem, cuida das coisas do Senhor, para ser santa, assim no corpo como no espírito; a que se casou, porém, se preocupa com as coisas do mundo — de como agradar ao marido. Digo isto em favor dos vossos próprios interesses; não que eu pretenda enredar-vos, mas somente para o que é decoroso e vos facilite o consagrar-vos, desimpedidamente, ao Senhor. (1Co 7.32–35).

Muitos solteiros dão graças por essa verdade em suas próprias vidas. Parece se manifestar com maior frequência na apreciada liberdade de uma agenda flexível e em assumir riscos. Como uma missionária no Kenya, Rhena Taylor escreveu:

Ser solteira tem significado que eu sou livre para assumir riscos que eu não poderia se eu fosse mãe de uma família dependente de mim. Ser solteira me deu a liberdade de me deslocar no mundo sem ter que empacotar uma casa inteira antes. E essa liberdade me trouxe momentos que eu não trocaria por nada desse lado da eternidade.(8)

 

Trevor Douglas descreve de maneira semelhante a liberdade para riscos que ele tem experienciado:

A primeira vantagem [de ser solteiro] é que é o mais adaptado a situações perigosas. . . . Na vida rústica entre tribos primitivas, em áreas infestadas por guerrilhas ou em doença e fome, o homem solteiro só tem a si mesmo para se preocupar. . . . Paulo alega que ser solteiro e homem é o que melhor se enquadra na “abreviação” do tempo. Fazer a obra de Deus é uma coisa momentânea. Vantagens e oportunidades vêm e vão muito rápido. O estilo de vida solteiro permite que você aproveite o máximo do tempo que Deus dá para sua obra. (…) Um dos meus maiores prazeres é que eu não tenho que encaixar meu ministério em volta de uma agenda familiar. Eu não tenho que estar em casa a uma certa hora toda noite. Meu horário é o horário dos filipinos.(9)

 

Douglas cita um dos seus heróis, outro missionário solteiro radicalmente dedicado, David Brainerd:

Eu não me importava onde ou como eu vivia, ou quais dificuldades eu enfrentava, contanto que eu pudesse ganhar almas para Cristo. Enquanto eu dormia eu sonhava com essas coisas, e quando eu acordava a primeira coisa que eu pensava era nessa grande obra. Todo meu desejo era a conversão dos pagãos, e toda minha esperança estava em Deus.(10)

 

Uma amiga solteira na nossa igreja leu esse terceiro ponto e respondeu assim para equilibrar a balança:

Eu acredito que os solteiros têm flexibilidade na agenda mas não são totalmente livres de preocupações. Enquanto eu sou feliz por estar livre de ter que equilibrar marido e necessidades da família e ministério, eu tenho que encarar outras necessidades “práticas” enquanto o Senhor não retorna — aposentadoria, casa, finanças, etc. A realidade é que mulheres solteiras têm que planejar para o futuro enquanto solteiras. Nós precisamos ser bons administradores dos recursos que temos, mas estudos mostram que mulheres não ganham o mesmo salário que homens para as mesmas tarefas. E no ministério todos ganham menos do que no mundo secular, mas é uma escolha que precisa ser feita, mas isso não significa que eu não sinto a tensão.

Como solteiros equilibram uma carreira que requer mais de quarenta horas semanais mais outros comprometimentos externos (educação continuada, etc) com a “oportunidade extraordinária para investimento dedicado no ministério”? Eu acho que existem alguns solteiros que interpretam isso como dizendo que porque não são casados existe a “expectativa” de que devotem todas as horas fora do trabalho ao ministério — algo não esperado daqueles que são casados. Eu não acho que é isso que você está dizendo.

Infelizmente muitos na igreja reforçam esse erro. Esse raciocínio pode se tornar uma situação abusiva. Solteiros podem ser culpados e envergonhados até trabalharem demais. Eu acredito que deve haver uma precaução para que os solteiros não fiquem “engajados demais”. Os solteiros devem proteger sua saúde espiritual, física e emocional tanto quanto aqueles que são casados. Os solteiros precisam ser encorajados a tomar tempo desenvolvendo relacionamentos saudáveis (“família”).

IV. O apóstolo Paulo e muitos dos grandes missionários após ele renunciaram ao casamento por causa do reino de Deus.

“E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?” (1Co 9.5). Com essas palavras Paulo nos mostra que era normal e permitido a ele, como apóstolo, ter uma esposa. Mas ele escolheu não usar esse direito legítimo (cf. 1Co 9.15). Ele foi o primeiro em uma longa linha de homens e mulheres solteiros que renunciaram ao casamento por causa do evangelho, como Jesus disse que alguns iriam: “Porque há . . . que renunciaram o casamento por causa do reino dos céus” (Mt 19.12).

Essa renúncia requer, na maioria dos casos, uma imensa coragem e devoção a Cristo. Ada Lum, uma mulher solteira trabalhando com a International Fellowship of Evangelical Students [Sociedade Internacional de Estudantes Evangélicos] no sudeste da Ásia, contou essa comovente história de devoção:

Voando de Roma para Munique eu tive uma calorosa comunhão com uma atraente e animada freira. Eu descobri que era a primeira visita à sua casa na Alemanha depois de trinta anos como missionária. Não é de se surpreender que ela estivesse animada! Eu também percebi que ela amava Cristo e tinha servido com alegria mesmo em meio à guerra nas Filipinas, onde ela tinha sido aprisionada em um campo inimigo. Nós conversamos sobre nossa fé em Jesus Cristo e nossa caminhada com ele. Então ela me mostrou seu anel liso de ouro em cujo interior estava escrito: “Casada com Cristo”. Mas certamente não havia nada de neurótico nela. Ela era revigorantemente humana!(11)

Mary Slessor estava fazendo a obra no interior de Calabar, no leste da África, no fim do século XIX e estava profundamente desejosa de um companheiro. Sua esperança se concentrava em Charles Morrison, um homem que estava trabalhando com a missão na costa. Eles estavam noivos, mas a missão não o permitia se transferir para o interior devido à sua saúde. Ela teria que se mudar para Duke Town. Ela escreveu:

Está fora de cogitação. Eu nunca nem consideraria a ideia. Eu não poderia deixar minha obra por uma razão dessas. Abandonar um campo como Okoyong sem nenhum trabalhador e ir para um dos onze ou doze onde as pessoas têm uma bíblia aberta e tantos privilégios! É absurdo. Se Deus não o envia para cá então ele deve fazer a sua obra e eu devo fazer a minha onde fomos colocados. Se ele não vier eu terei que pedir ao Comitê para me dar alguma outra pessoa, porque é impossível trabalhar nessa estação sozinha.(12)

Com uma semelhante dedicação completa ao seu chamado, Lottie Moon quebrou um noivado com um jovem e brilhante acadêmico porque ele “adotou a teoria Darwiniana da evolução”. Anos depois, ela disse: “Deus tem o primeiro direito à minha vida, e visto que os dois entraram em conflito, não podiam haver dúvidas quanto ao resultado.”(13)

Elisabeth Elliot conta uma conversa que ela teve com Gladys Aylward, missionária na China:

Ela tinha sido missionária na China por seis ou sete anos antes de sequer pensar em querer um marido. Quando um casal britânico veio para trabalhar perto dela, ela começou a observar a vida maravilhosa que eles tinham no casamento, e então o desejou para si. Sendo uma mulher de oração, ela orou — um pedido claro para que Deus chamasse um homem da Inglaterra e o enviasse diretamente para a China, para pedi-la em casamento. Ela se inclinou em minha direção no sofá em que estávamos sentadas, arregalou os olhos, chacoalhando o seu dedo magrelo na minha cara. “Elisabeth,” ela disse, “eu creio que Deus responde as orações! Ele o chamou.” Então, num forte sussurro, “mas ele nunca veio.”(14)

 

Uma das razões que fazem a escolha pela solteirice ser corajosa é que para alguns ela é uma escolha por dolorosa solidão. Trevor Douglas ilustra isso com uma história de um de seus amigos:

Talvez a solidão seja a pior das dores. Na criação, Deus sabia que o homem precisava de companhia. O homem solteiro missionário abre mão dessa necessidade legítima e abraça a solidão. Eu lembro bem como um missionário solteiro amigo meu derramou seu coração para mim. “O Natal é especialmente ruim,” ele disse. “Isso é o pior. Uma vez eu fui convidado para passar o Natal com uma família, mas quando eu cheguei lá eu queria nunca ter ido. Eu sentia como se eles só quisessem me fazer um favor. Eu me senti como um intruso. No Natal seguinte, eu dirigi para muito longe, aluguei um quarto de hotel, sentei ali e chorei.”(15)

 

A coragem de ser solteiro (e eu sei que o casamento requer seu tipo próprio de coragem também) não se encontra só entre missionários. Muitos rapazes e moças em circunstâncias mais comuns tomaram decisões incrivelmente difíceis ao evitar um casamento que a princípio eles achavam correto. Elva McAllaster escreveu um capítulo inteiro sobre histórias assim sob o título “A Coragem de Permanecer Solteiro.” Por exemplo:

Mara teve a coragem. Ela já estava usando um anel de diamante quando ela percebeu que o humor do Larry era tão imprevisível que, apesar de todas as qualidades que ela amava nele, ele não seria um bom marido. E nem estava pronto para ser pai. Ela pensou no seu humor — aquele mau humor — e tremeu, e teve a coragem.(16)

Mervin teve coragem, também. Ele já estava noivo quando, na realidade, ele começou a sentir intensidades assombrosas de limitações específicas. Ele sabia que ele ia se sentir como dezesseis variedades de babaca se quebrasse o noivado, mas ele sabia a cada dia mais que Erma era errada para ele. Errada, errada, errada. Quando Erma, muito nervosa, quis que o casamento fosse antes do que eles tinham planejado, a insegurança dela liberou as emoções de Mervin, e as emoções dele liberaram todo o seu futuro — como ele descreveria agora.(17)

O ponto é esse: a solteirice é um caminho nobre e corajoso para o ministério desde que Jesus e o Apóstolo Paulo o escolheram “por causa do reino dos céus”. Não é um sinal de fraqueza querer ser casado. É normal e bom. A coragem vem quando você percebe Deus te chamando para a solteirice (nesse capítulo da sua vida) e você aceita o chamado com zelo e planejamento criativo para a sua glória.

 

V. O apóstolo Paulo chama a solteirice de dom de Deus.

“Quero que todos os homens sejam [solteiros] tais como também eu sou. No entanto, cada um tem de Deus o seu próprio dom; um, na verdade, de um modo; outro, de outro.” (1 Co 7.7). Em essência, Jesus apontou para a mesma coisa em Mateus 19.12 quando ele disse: “Quem é apto para o admitir admita”.

Com o dom vem a graça para ser casto. Margaret Clarkson está certa: “Seus mandamentos são suas capacitações”. Ela lembra o solteiro, depois de lidar com sua própria sexualidade por mais de quarenta anos, que a castidade não só é um mandamento como também é possível, ano após ano, como um dom de Deus. Ela cita o livro Eros Defiled [Eros Maculado] de John White para fazer seu ponto:

Da mesma forma que a pessoa em jejum não deseja mais a comida enquanto a pessoa com fome é torturada por visões mentais dela, assim alguns são capazes de experimentar a paz da abstinência sexual quando eles precisam. Os outros são atormentados. Tudo depende da atitude. O menor grau de ambivalência ou ânimo dobre causa a ruína.

Eu não posso destacar esse princípio o suficiente. Nem a fome por comida nem a fome por sexo cresce automaticamente até explodirmos em um comportamento incontrolável. Antes, é como uma mola que é apertada, posta no lugar, pronta para ser solta quando a ocasião se apresentar. E se essa ocasião não se apresentar (aqui eu me refiro especificamente ao sexo), eu não preciso experimentar nenhum desconforto.”(18)

Solteiros nem sempre descobrem que a solteirice é um dom no começo da jornada. Ada Lum admite que foi um processo para ela chegar a essa conclusão:

Por bastante tempo eu não considerei que minha solteirice era um dom do Senhor. Eu não a ressentia — sendo franca, no meu período idealista inicial eu achava que porque eu escolhi a solteirice eu estava fazendo um favor a Deus! Mas nos anos seguintes eu fui severamente testada de novo e de novo quanto a essa escolha. Então, através das palavras de Paulo e da vida e das minhas experiências subsequentes, gentilmente percebi que Deus tinha me dado um dom excelente!(19)

 

Mas solteiros não são geralmente tratados como portadores de um dom especial e excelente de Deus. Eles são por vezes tratados como anormais na igreja. Talvez o único texto em que as pessoas pensam é Gênesis 2.18, “Não é bom que o homem esteja só”. Conclusão: solteirice não é bom. Trevor Douglas candidamente descreve o custo de ser um homem solteiro nesse tipo de atmosfera:

Jesus admitia que a solteirice é custosa, tanto que nem todos podem suportá-la. O custo óbvio é a atitude de que homens solteiros podem ser gays, ou no mínimo um pouco estranhos, e talvez anti-mulheres. Nossa sociedade Norte Americana é definitivamente estruturada para casais. Mas não é assim na tribo dos Ayangan Ifugaos em que eu trabalho. Ainda que 99 por cento dos homens sejam casados, eles não veem o um por cento como sendo estranho. O custo social só me atinge quando eu volto para a casa — nas igrejas, entre cristãos que, mais do que qualquer um, deveriam compreender.(20)

 

Ora, é bom ou não é bom que o homem esteja só? Se não é bom — não é a vontade de Deus — como pode ser chamado de “dom de Deus”? Como Jesus, que nunca pecou, poderia tê-lo escolhido? Como Paulo poderia dizer que era um grande auxílio para o ministério?

Duas respostas: Primeiro, Gênesis 2.18 foi uma declaração sobre o homem antes da queda. Talvez, se não tivesse ocorrido a queda, não haveria solteirice.21 Todos teriam uma tipo de personalidade perfeitamente compatível para alguém; pessoas e situações se encaixariam perfeitamente; nenhum pecado nos faria cegos ou tolos ou apressados; e nenhuma grande comissão — nenhuma perdição, nenhuma fome, nenhuma doença, nenhuma miséria — nos chamaria a medidas extraordinárias de sacrifícios no casamento e na solteirice. Mas esse não é o nosso mundo. Então algumas vezes — muitas vezes — é bom que uma pessoa esteja só.

Mas, em segundo lugar, quase ninguém tem que estar realmente só. Esse é o ponto da próxima tese. Mas me deixe incluir aqui outra observação de mais um solteiro que leu esse artigo:

Eu acredito que Gênesis 2.18 se estende além do princípio do casamento. Como regra geral, definitivamente não é bom que um homem (ou mulher) esteja só. Deus nos criou para funcionarmos dentro de relacionamentos. Na maior parte do tempo, não é necessário que o solteiro esteja só, mesmo que o relacionamento matrimonial não exista. Muitas pessoas casadas estão praticamente sozinhas emocionalmente. Às vezes o casamento nos previne de estarmos sozinhos, mas nem sempre.

VI. Jesus promete que deixar a família por causa do reino será recompensado com uma nova família, a igreja.

“Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna.” (Mc 10.29–30). Muitos solteiros descobriram esses cêntuplos de familiares no corpo de Cristo. Com frequência não é culpa deles quando não descobrem. Mas muitos descobriram. O afetuoso livro “Então Você é Solteiro”, de Margaret Clarkson, é dedicado “AOS MEUS AMIGOS CASADOS cujo amor e amizade tem enriquecido minha vida”. Ela obviamente encontrou uma “família” nas muitas famílias na sua vida.

Dietrich Bonhoeffer, o pastor alemão enforcado por conspirar para assassinar Hitler, era solteiro. Ele sabia da necessidade dos solteiros por uma família e foi movido, em grande parte por isso, a escrever seu livro “Vida em Comunhão”. Ele disse de forma simples que o solteiro “precisa de outro cristão que fale a palavra de Deus a ele”.22 É para isso que a igreja serve.

Elisabeth Elliot aborda essa necessidade de um outro ponto de vista, e pergunta: “Como uma mulher solteira pode entender o significado da maternidade se ela não pode ter filhos?” Ela responde:

Ela pode ter filhos! Ela pode ser uma mãe espiritual, como foi Amy Carmichael, que pela própria oferta da sua solteirice, transformou o bem de muito mais crianças do que uma mãe natural pode produzir. Tudo é recebido e feito santo por Aquele a quem é oferecido.(23)

 

Esse ideal não é uma realidade para muitos solteiros. Mas Jesus tinha uma grande visão de centenas de relacionamentos maravilhosos crescendo nas vidas de pessoas solteiras que escolheram o caminho do reino de solteirice obediente ao invés de aceitar o casamento com um descrente. Nós que lideramos nas igrejas deveríamos abrir nossos olhos para fazermos a mesma descoberta que Frank Schneider fez:

Pela primeira vez em anos de serviço cristão, nós ficamos cientes de uma afluência de adultos solteiros inteligentes, capazes, leais, energéticos e talentosos que só queriam alguém que se importasse o bastante para reconhecer que eles existem. Alguns estavam solitários, outros muito machucados, outros muito autossuficientes e no controle, mas todos desejos de comunhão em uma atmosfera onde eles pudessem sentir que pertencem.(24)

 

VII. Deus é soberano sobre quem se casa e quem não se casa. E ele pode ser confiável para fazer o que é bom para aqueles que esperam nele.

Jó fala não só por aqueles que tinham e perderam, mas também por aqueles que nunca tiveram, quando diz: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei. o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!” (Jó 1.21). Deus governa essas questões, e seremos mais felizes quando nos curvarmos diante dos seus caminhos inescrutáveis e confessarmos: “(…) nenhum bem sonega aos que andam retamente”. (Sl 84.11). “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8.32).

A declaração pessoal de  submissão de Margaret Clarkson ressoa com a força que vem de se curvar diante da soberania de Deus:

Não devido a qualquer falha ou escolha minha, eu sou incapaz de expressar a minha sexualidade na beleza e intimidade de um casamento cristão, da forma que Deus planejou quando me criou como um ser sexual conforme a sua imagem. Procurar fazer isso fora do casamento é, pelo ensino claro da Escritura, pecar contra Deus e contra minha própria natureza. Como uma cristã comprometida, então, eu não tenho outra alternativa a não ser viver uma vida de celibato voluntário. Devo ser casta não só no corpo, mas na mente e no espírito também. Já que estou agora nos meus sessenta anos, eu acho que minha experiência do que isso significa é válida. Eu quero que fique registrado que provei que para aqueles comprometidos a fazer a vontade de Deus, seus mandamentos são suas capacitações.

 (…) Todo meu ser grita continuamente por algo que eu não posso ter. Toda minha vida deve ser vivida no contexto dessa tensão sem fim. Minha vida profissional, minha vida social, minha vida pessoal, minha vida cristã — tudo está sujeito a esse impulso constante e poderoso. Como cristã, eu não tenho escolha a não ser obedecer a Deus, custe o que custar. Eu tenho que confiar nele para tornar possível a mim honrá-lo na minha solteirice.

Que isso é possível, uma grande nuvem de testemunhas pode se juntar a mim para atestar. Multidões de cristãos solteiros em todo século e circunstância provaram a suficiência de Deus nessa questão. Ele prometeu satisfazer nossas necessidades e ele honra a sua palavra. Se buscarmos realização nele, vamos encontrá-la. Pode não ser fácil, mas quem foi que disse que a vida cristã é fácil? O símbolo do discipulado de Cristo era uma cruz.

Por que eu tenho que viver minha vida sozinha? Eu não sei. Mas Jesus Cristo é o Senhor da minha vida. Eu creio na soberania de Deus, e aceito minha solteirice da sua mão. Ele poderia ter ordenado minha vida de outro modo, mas escolheu não fazê-lo. Como sua filha, eu devo confiar no seu amor e sabedoria.”(25)

 

Ann Kiemel Anderson deu expressão poética ao que milhares de solteiros cristãos descobriram sobre o relacionamento entre o desejo pelo casamento e a devoção a um Deus soberano:

Jesus, se essa é a Tua vontade,

então SIM a ser solteira.

Do fundo do meu coração, eu quero casar,

pertencer a um grande homem; saber que estou ligada à sua vida. . .

e ele à minha. . .

seguir Cristo e nossos sonhos juntos. . .

mas Tu sabes do que preciso.

se eu nunca casar, é SIM para Ti.(26)

VIII. Masculinidade e feminilidade maduros não dependem do casamento.

Esse é o motivo do restante deste livro ser relevante para solteiros, mesmo que esteja lidando com o casamento. A questão que todo homem e mulher deveriam se perguntar honestamente é essa: “O que significa ser mulher e não homem?” ou “O que significa ser homem e não mulher?” “O que é a minha pessoalidade (não apenas anatomia e fisiologia) masculina ou feminina?” Nós estamos convencidos pela Escritura que a masculinidade e a feminilidade estão enraizadas em quem nós somos por natureza. Eles não são só reflexos de um relacionamento matrimonial. O homem não se torna homem por se casar. A mulher não se torna mulher por se casar.

Mas fica claro que a forma que a liderança, provisão e proteção do homem toma varia com o tipo de relacionamento que um homem tem com uma mulher — desde o relacionamento mais íntimo do casamento ao mais casual relacionamento com um estranho na rua. E a forma que a afirmação da mulher a essa liderança toma também varia de acordo com o relacionamento. A feminilidade madura não se expressa da mesma forma a todos os homens. Uma mulher madura que não é casada, por exemplo, não recebe na mesma intensidade a força e liderança de outros homens que ela receberia do seu marido. Mas ela afirmará a força e a liderança dos homens de alguma forma em todos seus relacionamentos com homens dignos. Eu sei que isso precisará de muita explicação. Isso é o que faremos no Capítulo 1.

O ponto aqui é simplesmente destacar que para os solteiros a pessoalidade sexual conta. Ela não surge no casamento. Ninguém está pronto para o casamento se não descobriu de maneiras práticas sobre como viver sua masculinidade ou feminilidade maduras. Paul Jewett está certo:

A sexualidade permeia nosso ser individual até o fundo; ela condiciona todas as facetas da nossas vidas enquanto pessoas. Enquanto o indivíduo está sempre ciente de si como um “eu”, também esse “eu” está sempre ciente de si mesmo como ele ou ela. Nosso autoconhecimento está inseparavelmente ligado não só à nossa humanidade mas também à nossa sexualidade. No nível humano não existe o “eu e tu” em si, mas só o “eu” que é homem ou mulher confrontando o “tu”, o “outro”, que também é homem ou mulher.(27)

 

Isso não depende de casamento. Ada Lum ilustra isso para mulheres solteiras:

Em qualquer idade a mulher solteira precisa respeitar a si mesma como um ser sexual que Deus criou. Ela não é menos sexual por não ser casada. Sexo tem a ver com o impulso biológico para a união com alguém do sexo oposto. A sexualidade tem a ver com toda nossa pessoalidade enquanto mulher ou homem. Tem a ver com as formas que nos expressamos em relação aos outros. Tem a ver com sermos seres sexuais calorosos, compreensivos e receptivos quando nos relacionamos com outra mulher ou com uma criança ou com um homem que não tem a menor perspectiva de ser um marido! . . . Eu tento tratá-lo como trato meus dois irmãos. Eu gosto do Leon e do Dick. Eu os respeito. Eu gosto de ouvi-los falando sobre coisas masculinas de formas masculinas. Eu fico feliz quando eles me tratam com atenção. . . . Com cuidado e discrição uma mulher solteira pode e deveria ser uma mulher de verdade para os homens ao seu redor.(28)

 

Cheryl Forbes dá outra ilustração de um tipo de expressão feminina como solteira:

Ser solteira não é renunciar aos interesses “femininos” tradicionais. Quer você viva sozinha ou com um marido e filhos, uma casa ou apartamento ainda é um lar e precisa de arrumação. E o estado civil não tem nada a ver com o desejo por um lugar caloroso, confortável e esteticamente agradável. Deus deu a cada uma de nós um desejo por beleza; é parte do nosso desejo por ele, que é a amabilidade encarnada. Por que uma mulher solteira deveria rejeitar essa parte da sua imagem enquanto criatura de Deus? . . . Eu sou uma cozinheira melhor e mais imaginativa agora do que eu era cinco anos atrás. Eu sou livre para experimentar sozinha e com meus amigos. Eu tenho o tempo e o dinheiro para entreter pessoas na mesa de jantar, o que eu não gostaria ou não seria capaz de fazer se eu cozinhasse para uma família três vezes por dia todo dia.(29)

 

O ponto é que, casado ou solteiro, sua masculinidade ou sua feminilidade importa. Você desonra a si mesmo e ao seu Criador se você despreza essa dimensão profunda da sua pessoalidade. Nossa cultura está nos pressionando por quase todos os lados para desconsiderarmos essa realidade e pensarmos a nosso respeito meramente em termos de competências impessoais e características de personalidade cegas ao gênero. Parece promover justiça. Mas o fracasso em levar em consideração as profundas e complementares diferenças da pessoalidade masculina e feminina é como indicar a um caminhoneiro a tarefa de escrever a coreografia para duas bailarinas.

Nossa oração é que Deus dê aos milhões de cristãos solteiros de hoje uma profunda compreensão e apreciação das suas distintas pessoalidades sexuais, que Cristo seja magnificado mais e mais em vocês ao oferecerem o dom da solteirice de volta a ele em liberdade radical dos caminhos do mundo, e que vocês cresçam mais e mais profundamente na alegre devoção (na estrada do Calvário) à causa triunfante de Jesus Cristo.

Eu encerro esse artigo com uma última palavra de esperança de uma mulher de profunda sabedoria e longa solteirice. Margaret Clarkson olha para trás em sua vida de solteirice e estende uma mão aos que estão apenas começando:

Quando Cristão estava atravessando o Rio no fim de O Peregrino, seu coração desfaleceu de medo. Ele começou a afundar nas águas frias e escuras. Mas Esperançoso, seu companheiro, o ajudou a permanecer em pé, gritando alto: “Tenha bom ânimo, meu irmão; Eu sinto o fundo, e ele é bom”. Então Cristão recuperou sua fé e passou em segurança pelas águas até a Cidade Celestial. Se existem solteiros que acham as águas da solteirice escuras e profundas, que sentem, “estou afundando em águas profundas; as vagas passam por minha cabeça; todas as suas ondas passam sobre mim”, essa é minha mensagem a respeito da solteirice: “Tenha bom ânimo, meu irmão, minha irmã; eu sinto o fundo, e ele é bom”.(30)

 

Para saber mais sobre o assunto, recomendamos o livro Ainda não casei, de Marshall Segal, da Editora Fiel.

 


1 Margaret Clarkson, So You’re Single [Então Você é Solteiro] (Wheaton, IL: Harold Shaw, 1978), p. a10.

2 Se você se perguntar porquê eu cito mais mulheres solteiras do que homens no que se segue, a resposta é que existem provavelmente seis vezes mais mulheres solteiras ministrando na igreja e em missões do que homens solteiros. Eu baseio isso em uma pesquisa feita no fim dos anos 80 por dezenove grandes agências de missões representando 20,333 missionários. Ela mostrou que 16 por cento (3,320) não eram casados. Desses, 15 por cento eram homens solteiros. As mulheres solteiras superavam os homens solteiros em missões em seis para um. Howard Erickson, “Single Missionary Survey,” [Pesquisa de Missionários Solteiros] Fundamentalist Journal, vol. a8, no. a1 (January 1989), p. 27. As mulheres certamente escreveram mais sobre sua experiência.

3 Trevor Douglas, “Wanted! More Single Men,” [Procurados! Mais Homens Solteiros] Evangelical Missions Quarterly, vol. a24, no. a1 (January 1988), pp. a64–65.

4 John Piper, “Condom Ads Will Promote Promiscuity, Not Good Health,” [Comerciais de Preservativos vão Promover a Promiscuidade, Não a Saúde] Minneapolis Star–Tribune, February 21, 1987.

5 Essa é uma paráfrase simplificada de memória.

6 Luci Swindoll, Wide My World Narrow My Bed [Extenso o Meu Mundo, Estreita a Minha Cama] (Portland, OR: Multnomah Press, 1982).

7 Cheryl Forbes, “Let’s Not Shackle the Single Life” [Não Algememos a Vida Solteira] Christianity Today, vol. 23, no. a10 (February 16, 1979), pp. a18–19.

8 Rhena Taylor, Single and Whole [Solteiro e Inteiro] (Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1984), p. a71.

9 Douglas, “Wanted! More Single Men,” [Procurados! Mais Homens Solteiros] pp. 65–66.

10 Ibid., p. 66.

11 Ada Lum, Single and Human [Solteiro e Humano] (Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1976), p. 34.

12 Ruth Tucker, Guardians of the Great Commission: The Story of Women in Modern Missions [Guardiãs da Grande Comissão: A História das Mulheres nas Missões Modernas] (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1988), p. 84.

13 Ibid., p. 40.

14 Elisabeth Elliot, “Virginity,” [Virgindade] Elisabeth Elliot Newsletter, March/April 1990 (Ann Arbor: Servant Publications), p. 1.

15 Douglas, “Wanted! More Single Men” [Procurados! Mais Homens Solteiros] p. 63.

16 Elva McAllaster, Free to Be Single [Livre para Ser Solteiro] (Chappaqua, NY: Christian Herald Books, 1979), p. 49.

17 Ibid., pp. 50–51.

18 John White, Eros Defiled (Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1977), p. 22.

aCitado em Clarkson, “Singleness: His Share for Me,” [Solteirice: Sua Porção para Mim] Christianity Today, Vol. 23, no. 10, February 16, 1979. ap. 15.

19 Lum, Single and Human, [Solteiro e Humano] p. 22.

20 Douglas, “Wanted! More Single Men,” [Procurados! Mais Homens Solteiros] p. 63.

21 Margaret Clarkson não tem dúvidas em sua mente após seis décadas de solteirice: “Eu não posso culpar Deus pela minha solteirice. aSolteirice, como a homossexualidade, sofrimento, morte, e qualquer outra coisa menos do que perfeita nesse mundo, não era o plano original de Deus para a sua criação. Foi um dos muitos resultados da queda do homem.” Assim, a solteirice de Jesus não teria sido um pecado, mas a participação nas calamidades do mundo caído, como sua mortalidade. “Singleness: His Share for Me,” [Solteirice: Sua Porção para Mim] Christianity Today, vol. 23, no. 10, February 16, 1979, p. aa15.

22 Dietrich Bonhoeffer, Life Together, [Vida em Comunhão] trans. John W. Doberskin (New York: Harper and Row, 1945), p. 23.

23 Elliot, “Virginity,” [Virgindade] p. 3.

24 Edward F. and Gwen Weising, Singleness: An Opportunity for Growth and Fulfillment [Solteirice: Uma Oportunidade para Crescimento e Realização] (Springfield, MO: Gospel Publishing House, 1982), pp. 5–6.

25 Clarkson, “Singleness: His Share for Me,” [Solteirice: Sua Porção para Mim] pp. 14–15.

26 Ann Kiemel Anderson, I Gave God Time [Dei Tempo a Deus] (Wheaton, IL: Tyndale House, 1982), p. 20.

27 Paul King Jewett, Man as Male and Female [Homem enquanto Macho e Fêmea] (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1975), p. 172.

28 Lum, Single and Human, [Solteiro e Humano] pp. 44–45.

29 Forbes, “Let’s Not Shackle the Single Life,” [Não Algememos a Vida Solteira] p. 17.

30 Clarkson, So You’re Single, [Então Você é Solteiro] p. 11.

Por: John Piper. © Desiring God Foundation.Website: desiringGod.org. Traduzido com permissão. Fonte: For Single Men and Women (and the Rest of Us).

© Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados. Tradutor: Pedro H. Lima. Revisor: Renata Gandolfo. Editor: Vinicius Lima.